grupo escolar solon de lucena - Centro de Educação - Universidade ...
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Quanto à aceitabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o prédio do <strong>grupo</strong> <strong>escolar</strong> ter sido construído<br />
naquela localização, Barbosa (1999), citando um trecho <strong>de</strong> um documento da<br />
Câmara Municipal <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>, explicita que, para alguns vereadores,<br />
a construção do prédio <strong>escolar</strong> naquele local foi um erro, pois alegam que os<br />
responsáveis na época <strong>de</strong>veriam ter aproveitado terrenos mais amplos para ter<br />
um melhor funcionamento da instituição, longe <strong>de</strong> barulhos. Além disso, ainda<br />
conforme o referido autor, o objetivo dos vereadores em apresentar como<br />
incorreta essa construção era <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a ampliação <strong>de</strong> uma rua que era<br />
transversal à Rua Floriano Peixoto, <strong>de</strong>nominada Maciel Pinheiro, local <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />
foi tirada a Foto 2 apresentada anteriormente.<br />
3.3 – Os <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es na Paraíba: um projeto <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização para<br />
as cida<strong>de</strong>s<br />
Rompendo com a estrutura arquitetônica e espacial das escolas<br />
isoladas, as construções dos <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es acompanhavam todo um<br />
requinte que as <strong>de</strong>ixavam em <strong>de</strong>staque nas cida<strong>de</strong>s, uma vez que a escola<br />
além <strong>de</strong> ter sido <strong>de</strong>fendida como símbolo do saber, dada à importância<br />
estabelecida à educação <strong>escolar</strong>izada na época, seguia o processo <strong>de</strong><br />
mo<strong>de</strong>rnização e urbanização das cida<strong>de</strong>s. Sobre essa questão, Nunes (1994,<br />
p.180), em um estudo sobre a relação escola e cida<strong>de</strong> no Rio <strong>de</strong> Janeiro, faz a<br />
seguinte colocação:<br />
66<br />
O paradigma ‘mo<strong>de</strong>rno’ esboçado na socieda<strong>de</strong> brasileira na<br />
passagem do século XIX para o XX configurou-se, com clareza, nas<br />
décadas <strong>de</strong> 1920 e 1930. Coube aos educadores brasileiros, nesse<br />
momento, gran<strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> pela discussão do tema da<br />
mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> e dos projetos políticos que lhe diziam respeito, a partir<br />
<strong>de</strong> certa visão <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> povo brasileiros. Ao trabalhar nos<br />
maiores e mais importantes centros urbanos do país, li<strong>de</strong>rando as<br />
famosas reformas <strong>de</strong> instrução pública, eles criaram não só a<br />
possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estruturar um campo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação dos<br />
educadores, mas, sobretudo, interferiram na or<strong>de</strong>nação simbólica<br />
das cida<strong>de</strong>s, armando novas representações do urbano e do seu<br />
papel profissional <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>le.