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grupo escolar solon de lucena - Centro de Educação - Universidade ...

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CAPÍTULO 3 – URBANIZAÇÃO E ARQUITETURA ESCOLAR, ELEMENTOS<br />

DA MODERNIZAÇÃO: O CASO DO GRUPO ESCOLAR SOLON DE LUCENA<br />

[...] O espaço comunica; mostra a quem sabe ler, o emprego que o ser<br />

humano faz <strong>de</strong>le mesmo. Um emprego que varia em cada cultura; que é<br />

um produto cultural específico, que diz respeito não às relações<br />

interpessoais – distâncias, território pessoal, contatos, comunicação,<br />

conflitos <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r –, mas também a liturgia e ritos sociais, à simbologia das<br />

disposições dos objetos e dos corpos – localização e posturas –, à sua<br />

hierarquia e relações.<br />

Todas essas questões po<strong>de</strong>m ser referidas ao âmbito da escola como lugar, à<br />

sua configuração arquitetônica e à or<strong>de</strong>nação espacial <strong>de</strong> pessoas e objetos,<br />

<strong>de</strong> usos e funções que têm lugar em tal âmbito.<br />

56<br />

Antônio Viñao Frago (1998)<br />

Nesse capítulo, buscamos analisar aspectos da arquitetura <strong>escolar</strong> do<br />

GESL e relacioná-los com o processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização e urbanização da<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>, assim como observar o investimento arquitetônico<br />

que esse <strong>grupo</strong> teve, tendo em vista os <strong>de</strong>mais espaços <strong>de</strong>stinados a serem<br />

<strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es na Paraíba.<br />

Nesse sentido, procuramos respon<strong>de</strong>r, principalmente, as seguintes<br />

perguntas: O que representou a arquitetura do prédio <strong>de</strong>sse <strong>grupo</strong> para a<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>? Até que ponto a construção do mesmo <strong>grupo</strong><br />

coincidiu com o avanço urbano <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>? E como foi organizado o<br />

espaço interno <strong>de</strong>ssa instituição?<br />

3.1 – A cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong> e o Grupo Escolar Solon <strong>de</strong> Lucena<br />

Indica a historiografia paraibana que o primeiro indício <strong>de</strong> povoamento<br />

no local on<strong>de</strong> hoje se situa a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong> foi o al<strong>de</strong>amento dos<br />

índios Ariús, fixados por Teodósio <strong>de</strong> Oliveira Ledo 8 . De acordo com Uchõa<br />

(1964), esse lugar tinha na época o nome <strong>de</strong> sítio das Barrocas que,<br />

8 Teodósio <strong>de</strong> Oliveira Lêdo veio da Bahia com sua família no ano <strong>de</strong> 1664 para explorar uma<br />

sesmaria que lhe havia sido concedida ao longo do Rio Paraíba. Era sobrinho <strong>de</strong> Antônio <strong>de</strong><br />

Oliveira Lêdo, primeiro Capitão-mor da Infantaria <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>nanças a Pé do Sertão da Paraíba. A<br />

Teodósio suce<strong>de</strong>u o irmão, Constantino <strong>de</strong> Oliveira Lêdo, na missão <strong>de</strong> continuar a exploração<br />

na Paraíba.

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