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grupo escolar solon de lucena - Centro de Educação - Universidade ...

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3.4 – Grupo Escolar Solon <strong>de</strong> Lucena: espaço <strong>de</strong> educar e civilizar as<br />

crianças?<br />

É possível pensar a estrutura física <strong>de</strong> um lugar como espaço que educa<br />

e civiliza? Um espaço físico <strong>de</strong> um <strong>grupo</strong> <strong>escolar</strong> po<strong>de</strong> influenciar na educação<br />

dos alunos matriculados? Teria alguma diferença ensinar e apren<strong>de</strong>r em um<br />

espaço como um galpão ou em um lugar com salas <strong>de</strong> aulas, pátio para<br />

recreio, banheiros?<br />

Essas perguntas nos levaram à seguinte discussão. Primeiramente,<br />

pensar a ativida<strong>de</strong> humana, especificamente a ação educativa como<br />

requerente <strong>de</strong> um espaço próprio para acontecer.<br />

Segundo Frago (1998), o ato <strong>de</strong> ensinar e o <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r, ou seja, a<br />

educação institucionalizada necessita <strong>de</strong> um espaço para se realizar e esse<br />

espaço enquanto ocupado e utilizado supõe a sua constituição enquanto lugar,<br />

uma vez que<br />

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o espaço se projeta ou se imagina; o lugar se constrói. Constrói-se ‘<br />

a partir do fluir da vida’ e a partir do espaço como suporte; o espaço,<br />

portanto, está sempre disponível e disposto para converter-se em<br />

lugar, para ser construído. (FRAGO, 1998, p.61)<br />

Reportando-nos à epígrafe que selecionamos para iniciar este capítulo e<br />

pensando na escola enquanto lugar, colocamo-nos como enten<strong>de</strong>dores <strong>de</strong>sse<br />

lugar como uma construção social, revestido <strong>de</strong> símbolos, signos e vestígios da<br />

condição e das relações sociais <strong>de</strong> e entre aqueles que o<br />

constituem/constituíram e o ocupam/ocuparam. Isso significa dizer, segundo<br />

Frago (1998), que o espaço <strong>escolar</strong>, como qualquer outro, jamais é neutro, pois<br />

o mesmo<br />

foi historicamente o resultado da confluência <strong>de</strong> diversas forças ou<br />

tendências. Algumas mais amplas <strong>de</strong> caráter social, como a<br />

especialização ou segmentação das diversas tarefas ou funções<br />

sociais e a autonomia das mesmas, umas em relação às <strong>de</strong>mais. E<br />

outras mais específicas em relação ao âmbito educativo, como a<br />

profissionalização do trabalho docente. Da mesma maneira que para<br />

ser professor ou mestre não servia qualquer pessoa, tampouco<br />

qualquer edifício ou local servia para ser uma escola. O edifício<br />

<strong>escolar</strong> <strong>de</strong>via ser configurado <strong>de</strong> um modo <strong>de</strong>finido e próprio,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> qualquer outro, em um espaço também a<strong>de</strong>quado<br />

para tal fim. Isso implicava seu isolamento ou separação. Também<br />

sua i<strong>de</strong>ntificação arquitetônica enquanto tal. Alguns signos próprios.

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