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grupo escolar solon de lucena - Centro de Educação - Universidade ...

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Ergamos até a elle os corações – sursum-corda – e prossigamos.<br />

UMA EVOCAÇÃO<br />

133<br />

Filhos <strong>de</strong> minha terra natal, que experimentais, commigo o enlevo <strong>de</strong>sta<br />

raríssima opportunida<strong>de</strong>, a cujos influxos sentimos dilatar-se-nos a alma; meus<br />

irmãos em i<strong>de</strong>al; dilectos companheiros na viagem das illusões, que nos<br />

renascem, mais promissoras e auspiciosas, das cinzas da própria <strong>de</strong>cepção;<br />

campinenses! Estão comnosco, em espírito, no infinito <strong>de</strong>ste momento, todos<br />

aquelles varões que formaram nosso caracter e infundiram, benemeritamente,<br />

em nossa vonta<strong>de</strong>, quando adolescentes ainda éramos, o amor ao<br />

esclarecimento <strong>de</strong> nossas então juvenis inteligências.<br />

Eu sinto, eu vejo, ou sonho, <strong>de</strong>slisarem por entre nós as sombras queridas<br />

dos nossos queridos mortos... É João da Silva Pimentel, é Alfredo Espinola, é<br />

Beto Vianna, é Lindolpho Montenegro, é José Martins, é José Ribeiro, é<br />

Christiano Lauritzen – Pafinuros do que nos trazem<br />

dos mysterios <strong>de</strong> além-tumulo, guiados talvez pelo precursor do optimismo<br />

local (Irineu Joffily, senior) a communhão <strong>de</strong> sua presença subjectiva neste<br />

quase ruidoso comício <strong>de</strong> todas nossas classes. Parece que estou a ouvir-lhes<br />

a palavra inflammada. E vem <strong>de</strong> longe essa voz; vem, grave e solenne, como<br />

versículos <strong>de</strong> um novo sermão da montanha, daquelle entusiasmo com que<br />

elles, intemeratos e abnegados, abriram por entre urzes e cardos vencendo o<br />

indifferentismo popular e os preconceitos do meio, a estrada recta que ora<br />

palmilham, <strong>de</strong> triumpho em triumpho, os que formam a radiosa mocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste<br />

bem amado rincão da Parahyba .<br />

Conjuremo-nos, meus amigos, para queimar-lhes, no altar <strong>de</strong> nossa<br />

commoção, o incenso e a myrrha do nosso reconhecimento. E que possa esta<br />

casa, hoje inaugurar-se prestar a infância regional idênticos serviços aos que a<br />

elles fundaram nos prestou.<br />

Evoco-lhes a lembrança para proclamal-os, comvosco, clavicularios <strong>de</strong> um<br />

templo que já não abriga fieis; mas cujos benéficos resultados se objectivam na<br />

cultura polymatica <strong>de</strong> Hortencio Ribeiro, no honesto phenomenismo <strong>de</strong><br />

Li<strong>de</strong>fonso Ayres, na sonora e encantadora poesia <strong>de</strong> Severino Pimentel, no<br />

envolver seguro <strong>de</strong> Virgiliu Ribeiro, no aprumo intellectual <strong>de</strong> Joaquim<br />

Me<strong>de</strong>iros, no humorismo sadiamente bairrista <strong>de</strong> Christino Montenegro e no<br />

aproveitamento <strong>de</strong> tantos outros, a cujo numero <strong>de</strong>sgraçadamente não<br />

pertenço e que brilham entre nós e a estranhos recommendam, egualmente, o<br />

nome Campina como o núcleo mais illustre no hinterland parahybano.<br />

Daquelles, que se foram, sempre <strong>de</strong>vemos venerar os feitos, que nos<br />

inspiram sauda<strong>de</strong>, edificando-nos a consciência. E <strong>de</strong>ntre os vivos,<br />

encannecidos e justo – Salles Chauteaubriand e Belmiro Rebeiro Lemos, neste<br />

ajuste <strong>de</strong> conpreterito o opostolo três méritos – professor <strong>de</strong> nosso professor e<br />

professor <strong>de</strong> nosos filhos <strong>de</strong>stingamos a Clementino Procópio, tão gran<strong>de</strong> em<br />

sua aureolada humilda<strong>de</strong> <strong>de</strong> mestre-escola que nem lhe falta á fronte<br />

veneranda o martyrio.<br />

Numa festa <strong>de</strong> instrucção, como esta, fora ignominia olvidarmos seu labor<br />

meritório <strong>de</strong> meio século <strong>de</strong> magistério. Sua missão, entre nós, refulge e<br />

fulgura. Ninguém maior do que elle em nosso scenario. Nós somos a<br />

borburema; Clemetino é a Cordilheira dos An<strong>de</strong>s avançando para os céus;<br />

Campina, permettido o tropo singelo, é a Parahyba do Norte, que serpeia

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