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grupo escolar solon de lucena - Centro de Educação - Universidade ...

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das vezes, <strong>de</strong> confusões que aconteciam entre a professora e seu esposo, aos<br />

ouvidos dos alunos. Sendo assim, o aluno que se formava nesse tipo <strong>de</strong> escola<br />

era obrigado a conviver com tais situações que podiam pesar negativamente<br />

na sua formação.<br />

Diferentemente, as escolas seriadas, reportando-nos exclusivamente<br />

aos <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es, apresentavam outras características físicas que,<br />

consequentemente possibilitavam outra formação aos alunos, em comparação<br />

à das ca<strong>de</strong>iras isoladas. Os <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es, imbuídos <strong>de</strong> toda uma<br />

simbologia do novo regime político, <strong>de</strong>marcavam novos espaços e nova<br />

disposição <strong>escolar</strong> para, assim, condizer com os objetivos republicanos, a<br />

saber, educar, civilizar e moralizar o povo brasileiro.<br />

Para Souza (1998), os <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es foram as edificações que<br />

melhor expressaram a escola como lugar. Observemos o dizer <strong>de</strong>sta autora:<br />

80<br />

[...] os <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es foram os estabelecimentos <strong>de</strong> ensino mais<br />

representativos <strong>de</strong>ssa conformação da escola como lugar. [...] Dessa<br />

forma, os edifícios dos primeiros <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es pu<strong>de</strong>ram sintetizar<br />

todo o projeto político atribuído à educação popular: convencer,<br />

educar, dar-se a ver! O edifício escola torna-se portador <strong>de</strong> uma<br />

i<strong>de</strong>ntificação arquitetônica que o diferencia dos <strong>de</strong>mais edifícios<br />

públicos e civis ao mesmo tempo em que o i<strong>de</strong>ntifica como um<br />

espaço próprio - lugar específico para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino e do<br />

trabalho docente (SOUZA, 1998, p. 123)<br />

É crucial ainda <strong>de</strong>stacarmos que, como lugar específico com<br />

características próprias, a instituição <strong>escolar</strong> “leva consigo sua convivência<br />

como território por aqueles que com ele se relacionam” (FRAGO, 2005, p.17).<br />

Esse território está relacionado às <strong>de</strong>marcações que compõem o lugar <strong>escolar</strong>,<br />

ou seja, a sala <strong>de</strong> aula <strong>de</strong> um <strong>grupo</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados alunos e seu professor, o<br />

pátio, a sala da direção e outras <strong>de</strong>pendências físicas.<br />

Então, é respaldada nesses pressupostos explicitados acima que<br />

tomamos o espaço-lugar do GESL como um ambiente que educa, moraliza,<br />

incute valores, civiliza, enfim, como lugar <strong>de</strong> formação do cidadão republicano.<br />

Iniciemos, portanto, sabendo que esse <strong>grupo</strong> foi criado com o objetivo <strong>de</strong><br />

incorporar as ca<strong>de</strong>iras do ensino primário existentes na época em Campina<br />

Gran<strong>de</strong>. Então, como já observado em outro momento <strong>de</strong> nosso estudo, pela

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