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grupo escolar solon de lucena - Centro de Educação - Universidade ...

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De acordo com Ozouf (1976, p. 216-217), o tema festa pouco foi<br />

consi<strong>de</strong>rado nos estudos dos historiadores em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes terem “se<br />

preocupado conscientemente mais com os trabalhos e os esforços dos homens<br />

do que com os seus divertimentos ou, como se queira, com as suas diversões”.<br />

Para essa historiadora, “a história da festa será a história <strong>de</strong> um fenômeno em<br />

gran<strong>de</strong> parte cego para a história”.<br />

Todavia, po<strong>de</strong>mos dizer que estamos avançando no sentido <strong>de</strong> surgirem<br />

estudos sobre a história das festas. E focando, particularmente, a história da<br />

educação, digamos que a escassez <strong>de</strong>sses estudos po<strong>de</strong> estar sendo<br />

superada com a iniciativa <strong>de</strong> alguns pesquisadores, como Souza (1998) no<br />

livro “Templo <strong>de</strong> civilização: a implantação da escola primária graduada no<br />

estado <strong>de</strong> São Paulo (1890-1910)”, especificamente no capítulo intitulado como<br />

“Templos <strong>de</strong> espetáculos e ritos” e a iniciativa <strong>de</strong> muitos outros, conforme<br />

po<strong>de</strong>mos averiguar a partir <strong>de</strong> trabalhos publicados em anais <strong>de</strong> eventos 12 .<br />

<strong>escolar</strong>es<br />

Souza (1998, p.241) no referido estudo evi<strong>de</strong>ncia que as festas<br />

87<br />

[...] constituíram momentos especiais na vida da escola pelos quais<br />

ela ganhava ainda maior visibilida<strong>de</strong> social e reforçava sentidos<br />

culturais compartilhados. [Elas] po<strong>de</strong>m ser [vistas] como práticas<br />

simbólicas que, no universo <strong>escolar</strong>, tornaram-se uma expressão do<br />

imaginário sociopolítico da República.<br />

Um outro exemplo <strong>de</strong>ssa iniciativa <strong>de</strong> estudo sobre festa <strong>escolar</strong><br />

importante <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>stacado é o texto <strong>de</strong> Lopes (2006b) que trata das<br />

festivida<strong>de</strong>s <strong>escolar</strong>es na primeira República no Piauí. Esse estudioso explicita<br />

como as festas no âmbito <strong>escolar</strong> caracterizavam-se diversamente e com<br />

ritualida<strong>de</strong>s variadas. Além disso, o referido autor ressalta que, no mencionado<br />

período, as festas <strong>escolar</strong>es eram momentos da escola se abrir para a cida<strong>de</strong><br />

“ocupando seus espaços ou sendo ocupada pela população” (LOPES, 2006b,<br />

p. 4366).<br />

12 Conferir anais do VI Congresso Luso-brasileiro <strong>de</strong> História da <strong>Educação</strong>, dos 18º e 19º<br />

Encontro <strong>de</strong> Pesquisadores da <strong>Educação</strong> do Norte e Nor<strong>de</strong>ste (EPENN) e do V Congresso<br />

Brasileiro <strong>de</strong> História da <strong>Educação</strong>.

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