Todavia, é relevante <strong>de</strong>stacar que a criação <strong>de</strong>sse <strong>grupo</strong> <strong>escolar</strong> não fez extinguir as ca<strong>de</strong>iras isoladas em Campina Gran<strong>de</strong>, pois, conforme Pinheiro (2002), no ano <strong>de</strong> 1926 este município apresentava um número <strong>de</strong> 16 ca<strong>de</strong>iras isoladas e/ou escolas rudimentares e elementares. Portanto, como especifica o autor citado, esses mo<strong>de</strong>los do ensino primário, ca<strong>de</strong>iras isoladas e <strong>grupo</strong>s <strong>escolar</strong>es, passaram a coexistirem na Paraíba, e, nesse caso, em Campina Gran<strong>de</strong>, especificamente a partir <strong>de</strong> 1924. Com relação à possibilida<strong>de</strong> da implantação do GESL ter sido motivada também pelo o crescimento populacional e urbano <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>, consi<strong>de</strong>ramos importante <strong>de</strong>stacar que nesse período essa cida<strong>de</strong> já era consi<strong>de</strong>rada um importante centro urbano e comercial do agreste paraibano, como po<strong>de</strong>remos observar mais <strong>de</strong>talhadamente no próximo capítulo. Nessa cida<strong>de</strong>, conforme Almeida (1978), em 1925, a população contabilizava aproximadamente 9.000 habitantes e cerca <strong>de</strong> 2.500 casas. Portanto, po<strong>de</strong>mos dizer que era uma cida<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rada urbanizada que <strong>de</strong>manda uma instituição <strong>de</strong> ensino primário a<strong>de</strong>quada ao seu <strong>de</strong>senvolvimento sócio- econômico. Concernente à possível reivindicação da elite campinense na implantação <strong>de</strong>sse novo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>escolar</strong>ização primária para Campina Gran<strong>de</strong>, é pertinente explicitar que, segundo Sousa (2007), na década <strong>de</strong> 1920 um <strong>grupo</strong> <strong>de</strong> letrados, formados pelos filhos da elite campinense que estudavam na capital ou em Recife, reivindicavam para essa cida<strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> e urbanida<strong>de</strong>. Esses campinenses, conforme o autor citado, tinha a percepção <strong>de</strong> que 54 [...] Campina estava assumindo ares <strong>de</strong> cida<strong>de</strong> progressista, que necessitava crescer também em estética, com ruas calçadas e alinhadas, casas e edificações mo<strong>de</strong>rnas, praças e logradouros agradáveis e o fim dos sinuosos e anti-higiênicos becos. (SOUSA, 2007, p.127) Além <strong>de</strong>ssa reivindicação, <strong>de</strong> acordo com o autor mencionado, os letrados buscavam <strong>de</strong>stacar “a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus habitantes aparecerem na cena pública com comportamentos e atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> civilida<strong>de</strong> e urbanida<strong>de</strong>” (SOUSA, 2007, p.127). Portanto, a implantação <strong>de</strong> um <strong>grupo</strong> <strong>escolar</strong> po<strong>de</strong>ria
ter sido uma das reivindicações conclamadas por esses campinenses para suprir essa necessida<strong>de</strong>, uma vez que o <strong>grupo</strong> <strong>escolar</strong> além <strong>de</strong> fazer parte do projeto <strong>de</strong> embelezamento das cida<strong>de</strong>s, como po<strong>de</strong>remos observar no próximo capítulo, propunha a formação do cidadão civilizado. 55
- Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CE
- Page 3 and 4: S586g SILVA, Vívia de Melo. Grupo
- Page 5 and 6: DEDICATÓRIA Aos meus pais, Vilma e
- Page 7 and 8: Aos funcionários dos arquivos, ond
- Page 9 and 10: RÉSUMÉ Présente étude il s'insc
- Page 11 and 12: LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Distrib
- Page 13 and 14: 3.2 - A breve construção do prime
- Page 15 and 16: ligados a este campo de investigaç
- Page 17 and 18: município de Fagundes-PB. O motivo
- Page 19 and 20: Desse modo, é perceptível que o e
- Page 21 and 22: instituição? Que representativida
- Page 23 and 24: epresentam um sinal, uma pista, uma
- Page 25 and 26: É dessa nova perspectiva que emerg
- Page 27 and 28: Ainda consideramos oportuno explici
- Page 29 and 30: CAPÍTULO 2 - GRUPO ESCOLAR: UM NOV
- Page 31 and 32: evolução e modernização do paí
- Page 33 and 34: Desse modo, observamos certa omiss
- Page 35 and 36: estado a partir de uma modernizaç
- Page 37 and 38: 2.2 - A regulamentação dos grupos
- Page 39 and 40: para segundo plano, os administrado
- Page 41 and 42: XX não só motivou o presidente de
- Page 43 and 44: Ademais, esse ensino apresentava a
- Page 45 and 46: grupos escolares compor-se-á de um
- Page 47 and 48: 2.3 - O governo Solon de Lucena e a
- Page 49 and 50: administrador enérgico e de grande
- Page 51 and 52: Tabela 1 - Distribuição dos dez p
- Page 53: No anuário de Campina Grande de 19
- Page 57 and 58: posteriormente, recebeu o nome de R
- Page 59 and 60: esponsável pelo progresso” (ARRU
- Page 61 and 62: Dali nasceu o povoado Com inspiraç
- Page 63 and 64: Foto 2: Grupo Escolar Solon de Luce
- Page 65 and 66: A edificação do prédio destinado
- Page 67 and 68: Confirmando essa proposta moderniza
- Page 69 and 70: Sobre os elementos formais da arqui
- Page 71 and 72: Foto 5: Fachada Grupo Escolar Isabe
- Page 73 and 74: Foto 6: Fachada Grupo Escolar Soló
- Page 75 and 76: Foto 9:Elemento decorativo da parte
- Page 77 and 78: aos arredores do mesmo, evidencia j
- Page 79 and 80: E, no fundo, recolocar as relaçõe
- Page 81 and 82: incorporação das cadeiras do sexo
- Page 83 and 84: Podemos visualizar nessa planta bai
- Page 85 and 86: e principalmente a primeira, demons
- Page 87 and 88: De acordo com Ozouf (1976, p. 216-2
- Page 89 and 90: 89 construir naquella florescente c
- Page 91 and 92: • Declaração da inauguração p
- Page 93 and 94: Foto 16: Evoluções dos alunos do
- Page 95 and 96: objetivo era mesmo impressionar a p
- Page 97 and 98: se refere à atitude de Leonel Coel
- Page 99 and 100: 99 pelas fulgurações do ensino b
- Page 101 and 102: 101 O convívio de professores elev
- Page 103 and 104: criança. Na matéria intitulada co
- Page 105 and 106:
Apolo, já que o espaço era maior
- Page 107 and 108:
107 Conforme a matéria “Cinema e
- Page 109 and 110:
109 De acordo com a matéria do jor
- Page 111 and 112:
111 A partir dessa descrição fica
- Page 113 and 114:
CONSIDERAÇÕES FINAIS 113 Para Cer
- Page 115 and 116:
Portanto, podemos dizer que a cria
- Page 117 and 118:
REFERÊNCIAS ALMEIDA, Elpídio de.
- Page 119 and 120:
perspectivas. 3. ed. Campinas, SP:
- Page 121 and 122:
121 NOGUEIRA, M.G.;LIMA, J.M. O ide
- Page 123 and 124:
123 __________. Espaço da educaç
- Page 125 and 126:
Jornal A VOZ DA BORBOREMA, anno I,
- Page 127 and 128:
Anexo 2 - JORNAL A UNIÃO João Pe
- Page 129 and 130:
129 seis amplas e em illuminadas sa
- Page 131 and 132:
131 sympathias com que appellidavam
- Page 133 and 134:
Ergamos até a elle os corações -
- Page 135 and 136:
135 espectáculo. Recordo, porém,
- Page 137 and 138:
137 Commemorou o dia da bandeira e
- Page 139 and 140:
Exposição de trabalhos, desenhos