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ecologia comparada e conservação da onça-pintada - Pró-Carnívoros

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O INVAL é denominado indicador simétrico tendo em vista a possibili<strong>da</strong>de que fornece<br />

de avaliar se a presença de uma determina<strong>da</strong> espécie indica especifici<strong>da</strong>de ao habitat e se a<br />

ocorrência dessa espécie pode ser predita em locais que são característicos de um determinado<br />

habitat. Um indicador assimétrico só contribuiria na análise <strong>da</strong> especifici<strong>da</strong>de <strong>da</strong> espécie em<br />

relação ao habitat.<br />

Uma característica importante <strong>da</strong> análise de espécies indicadoras é que os valores de<br />

INVAL podem ser testados estatisticamente através de alocações aleatórias de Monte Carlo.<br />

Neste estudo, 1.000 alocações aleatórias foram realiza<strong>da</strong>s utilizando-se o programa PC-ORD<br />

(McCune & Mefford, 1997). A hipótese nula testa<strong>da</strong> é de que o maior valor indicador<br />

(INVAL) encontrado, comparando-se as quatro regiões, para uma <strong>da</strong><strong>da</strong> espécie, poderia ser<br />

obtido simplesmente ao acaso, ou seja, a espécie não é indicadora <strong>da</strong>quele ambiente.<br />

RELAÇÃO PRESA-PREDADOR<br />

Para testar a relação entre abundâncias de presas e suas biomassas, com as<br />

abundâncias de pre<strong>da</strong>dores (<strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong> e <strong>onça</strong>-par<strong>da</strong>), foi utilizado o coeficiente de<br />

correlação de Pearson (Krebs, 1999). Essa medi<strong>da</strong>, que varia de 0 a 1, indica o quanto as<br />

variáveis testa<strong>da</strong>s estão correlaciona<strong>da</strong>s (quanto mais próximo de 1, maior a relação). Para<br />

aumentar o grau de liber<strong>da</strong>de e, por conseguinte, melhorar o ajuste do modelo testado, as<br />

quatro regiões de estudo foram dividi<strong>da</strong>s em 17 sub-regiões. Essas divisões seguiram critérios<br />

fisiograficos <strong>da</strong> paisagem como relevo, vegetação, e hidrografia. A correlação <strong>da</strong>s<br />

abundâncias (taxas fotográficas) de <strong>onça</strong>s-pinta<strong>da</strong>s e <strong>onça</strong>s-par<strong>da</strong>s nas diferentes sub-regiões<br />

amostra<strong>da</strong>s foram medi<strong>da</strong>s com as taxas de abundâncias e de biomassa (taxa fotográfica x<br />

peso médio <strong>da</strong> espécie) <strong>da</strong>s presas.<br />

RESULTADOS<br />

COMPOSIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA FAUNA DO CERRADO E PANTANAL<br />

Segundo Fonseca et al. (1996) 53 espécies de mamíferos com biomassa superior a<br />

500g ocorrem nos biomas Pantanal e Cerrado. Destas, 43 (73%) foram registra<strong>da</strong>s neste<br />

estudo. A Tabela 1 apresenta os esforços de campo empreendidos nas quatro regiões e a<br />

Tabela 2 apresenta a lista de espécies de mamíferos em ca<strong>da</strong> região amostra<strong>da</strong>, elabora<strong>da</strong><br />

através de armadilha fotográfica, observação direta, captura e entrevista com moradores<br />

locais.

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