ecologia comparada e conservação da onça-pintada - Pró-Carnívoros
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CONCLUSÕES<br />
• Onças-par<strong>da</strong>s fêmeas no PNE apresentaram peso correspondente a aproxima<strong>da</strong>mente<br />
57,5% do peso dos machos adultos <strong>da</strong> mesma espécie;<br />
• A média <strong>da</strong> área de vi<strong>da</strong> de machos adultos de <strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong> no PNE foi de 161 km 2 ,<br />
enquanto que <strong>onça</strong>s-par<strong>da</strong>s tiveram uma média de 31,77 km 2 ;<br />
• Onças-par<strong>da</strong>s monitora<strong>da</strong>s neste estudo apresentaram relativamente baixa sobreposição<br />
de suas áreas de vi<strong>da</strong> onde, quando considerado 100% <strong>da</strong>s localizações o máximo de<br />
sobreposição observa<strong>da</strong> foi de 58%. Entre <strong>onça</strong>s-pinta<strong>da</strong>s a sobreposição chegou até 99%;<br />
• A abundância populacional de <strong>onça</strong>s-pinta<strong>da</strong>s no PNE foi estima<strong>da</strong> entre 8-10 indivíduos,<br />
numa densi<strong>da</strong>de de 0,02 indivíduos/km 2 ;<br />
• Onças-pinta<strong>da</strong>s e <strong>onça</strong>s-par<strong>da</strong>s exibiram diferenças significativas entre as medi<strong>da</strong>s de<br />
suas áreas de vi<strong>da</strong>. Por exemplo, as áreas médias entre dois machos de <strong>onça</strong>s-pinta<strong>da</strong>s<br />
chegaram a ser mais de 3 ½ maior do que a média de três machos de <strong>onça</strong>s-par<strong>da</strong>s. A<br />
medi<strong>da</strong> de uma área de vi<strong>da</strong> de uma fêmea de <strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong> (estima<strong>da</strong> através <strong>da</strong><br />
movimentação de seus filhotes) foi o equivalente a quatro vezes a média de área de vi<strong>da</strong><br />
de duas fêmeas de <strong>onça</strong>-par<strong>da</strong>;<br />
• As áreas de vi<strong>da</strong> de <strong>onça</strong>s-pinta<strong>da</strong>s e <strong>onça</strong>s-par<strong>da</strong>s na região do Parque Nacional <strong>da</strong>s<br />
Emas devem estar sendo mol<strong>da</strong><strong>da</strong>s conforme a oferta de recursos alimentares<br />
(distribuição e abundância de presas), habitats e comportamentos inter-específicos<br />
(sociali<strong>da</strong>de). Em decorrência do isolamento geográfico em que o Parque <strong>da</strong>s Emas se<br />
encontra, é possível que a falta de ambientes para a dispersão de indivíduos novos<br />
acarrete uma dinâmica de áreas de vi<strong>da</strong> atípica para a espécie;<br />
• Se compararmos a densi<strong>da</strong>de de <strong>onça</strong>s-pinta<strong>da</strong>s utilizando o menor número de indivíduos<br />
identificados (n=10) com outras locali<strong>da</strong>des, os resultados obtidos no Parque <strong>da</strong>s Emas<br />
estariam bem abaixo dos valores esperados para ambientes abertos como o Pantanal. No<br />
entanto, utilizando o número total de animais “potencialmente” diferentes (n=22) a<br />
densi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> espécie apresentaria valores próximos aos obtidos para o Pantanal e<br />
florestas secas do México. Já, para a <strong>onça</strong>-par<strong>da</strong>, a densi<strong>da</strong>de geral observa<strong>da</strong> se aproxima<br />
<strong>da</strong> média espera<strong>da</strong> para a espécie, principalmente considerando que, devido ao método<br />
utilizado, este representa uma sub-estimativa;<br />
• Comparativamente, no Parque <strong>da</strong>s Emas, a <strong>onça</strong>-par<strong>da</strong> é três vezes mais abun<strong>da</strong>nte do que<br />
a <strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong>;