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ecologia comparada e conservação da onça-pintada - Pró-Carnívoros

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leo) e do guepardo (Acinonyx jubatus). O método de contagem baseado na identificação e<br />

individualização de rastros encontrados a campo tem sido utilizado para <strong>onça</strong>s em algumas<br />

áreas (Aran<strong>da</strong>, 1994; Smallwood & Fitzhugh, 1995; Grigione et al., 1999). No entanto, é mais<br />

tradicionalmente utilizado para censos de tigres (Panthera tigris) (Smirnov & Miquelle,<br />

1998). Os requisitos para este método envolvem a capaci<strong>da</strong>de do pesquisador de identificar<br />

rastros <strong>da</strong>s espécies alvo e um bom conhecimento e acesso <strong>da</strong> área de estudo. No entanto, o<br />

terreno e solo <strong>da</strong> área de estudo devem ser ideais para encontrar rastros. Ou seja, deve ser<br />

arenoso, plano e com solo exposto, de forma a permitir a impressão de rastros. Em<br />

decorrência desses requisitos, esse método não foi utilizado nas análises de abundâncias de<br />

<strong>onça</strong>s no Parque. O método de estimativa populacional através <strong>da</strong> radio-telemetria tem sido<br />

amplamente utilizado em espécies de felinos desde o desenvolvimento desta técnica de<br />

monitoramento (Schaller & Crawshaw, 1980; Jackson & Ahlborn, 1988; Logan & Sweanor,<br />

2001). Considerando que a <strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong> e a <strong>onça</strong>-par<strong>da</strong> são espécies territoriais, seria,<br />

teoricamente, possível ao final de um estudo de área de vi<strong>da</strong> estimar o número de animais que<br />

o total <strong>da</strong> área de estudo suportaria. Para isso, utiliza-se a média de área de vi<strong>da</strong> dos animais<br />

marcados como uma amostra <strong>da</strong> população estu<strong>da</strong><strong>da</strong>, extrapolando as informações para sua<br />

área total (White & Garrott, 1990). Certamente, assume-se que as áreas de vi<strong>da</strong> se manterão<br />

na média e que o restante <strong>da</strong> área de estudo se encontra habita<strong>da</strong> pela espécie. No entanto,<br />

como as sobreposições de área de vi<strong>da</strong> entre indivíduos variam de acordo com sexo, faixa<br />

etária e densi<strong>da</strong>de de presas, estas análises devem ser realiza<strong>da</strong>s com cautela.<br />

Os métodos de amostragem utilizados para estimar a abundância de pre<strong>da</strong>dor (<strong>onça</strong>s)<br />

nas áreas de estudo foram armadilhas fotográficas e radio-telemetria. No Parque <strong>da</strong>s Emas os<br />

dois métodos foram utilizados em associação.<br />

DIETA DE ONÇA-PINTADA E ONÇA-PARDA NO PARQUE NACIONAL DAS EMAS<br />

As dietas <strong>da</strong>s <strong>onça</strong>s-pinta<strong>da</strong>s e par<strong>da</strong>s foram descritas através <strong>da</strong> análise de fezes e<br />

carcaças de presas abati<strong>da</strong>s (Silveira & Jácomo, 1998; Taber et al., 1997). Fezes de <strong>onça</strong>spinta<strong>da</strong>s<br />

e par<strong>da</strong>s foram identifica<strong>da</strong>s através de rastros associados (Schaller & Crawshaw<br />

1980; Aran<strong>da</strong> 1993 e 1994; Rabinowitz & Nottingham, 1986; Aran<strong>da</strong> & Sánchez-Cordero,<br />

1996; Taber et al., 1997). As fezes coleta<strong>da</strong>s foram analisa<strong>da</strong>s macroscopicamente através <strong>da</strong><br />

identificação de partes não digeri<strong>da</strong>s como pêlos e ossos (Ackerman et al., 1984; Emmons,<br />

1987; Aran<strong>da</strong>, 1993; Karanth & Sunquist, 1995). Foram calcula<strong>da</strong>s a porcentagem de<br />

ocorrência e a biomassa de ca<strong>da</strong> presa consumi<strong>da</strong> (Ackerman et al., 1984; Crawshaw, 1995).

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