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ecologia comparada e conservação da onça-pintada - Pró-Carnívoros

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probabili<strong>da</strong>de de <strong>conservação</strong> <strong>da</strong> <strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong> e com populações em decréscimo (Sanderson<br />

et al., 2002).<br />

CORREDORES DE DISPERSÃO PARA AS ONÇAS NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO<br />

BRASIL<br />

Dependendo <strong>da</strong> espécie, o termo “corredor ecológico” descreve uma faixa de<br />

vegetação natural preserva<strong>da</strong>, que difere <strong>da</strong> de seus arredores e que conecta pelo menos duas<br />

manchas que já foram uni<strong>da</strong>s em um passado histórico; ou é definido como hábitats envoltos<br />

em uma matriz dissimilar, que conectam duas ou mais áreas de vegetação nativa (Hobbs,<br />

1992; Lindenmayer & Nix, 1992; Newmark, 1993; Spackman & Hughes 1995; Naiman &<br />

Rogers, 1997; Skagen et al., 1998). Vários estudos discutem a eficiência dos corredores<br />

como áreas de <strong>conservação</strong>, sugerindo que atuariam aumentando ou mantendo a viabili<strong>da</strong>de<br />

de populações nativas permitindo um fluxo de indivíduos entre populações anteriormente<br />

conecta<strong>da</strong>s (Rosenberg et al., 1997; Beier & Noss, 1998). Sendo assim, corredores seriam<br />

fun<strong>da</strong>mentais na manutenção do fluxo gênico entre populações isola<strong>da</strong>s.<br />

Neste estudo, foi utilizado o termo corredor de dispersão ao invés de corredor<br />

ecológico por melhor caracterizar sua funcionali<strong>da</strong>de para as <strong>onça</strong>s-pinta<strong>da</strong>s e <strong>onça</strong>s-par<strong>da</strong>s.<br />

Ou seja, para estas espécies essas conexões são eficientes, basicamente para a dispersão ou<br />

movimentação de indivíduos e que, por questões de baixa extensão de área, raramente<br />

poderão hospe<strong>da</strong>r populações (ou sub-populações) residentes. Os rios Jacuba e Formoso,<br />

antes de se unirem para a formação do Rio Corrente, por exemplo, percorrem<br />

individualmente uma extensão aproxima<strong>da</strong> de 40 quilômetros lineares fora dos limites do<br />

PNE, formando os únicos corredores naturais contínuos caracterizados por hábitat<br />

ribeirinho, que ligam o Parque a outras áreas ao sudeste. Em alguns trechos a largura desses<br />

corredores ultrapassa a 5.000 metros e, após se unirem, formam um corredor de vegetação<br />

com uma média de 2.500 metros de largura. Dados de movimentação de indivíduos de<br />

<strong>onça</strong>s-pinta<strong>da</strong>s, analisados neste estudo, mostraram que a vegetação nativa às margens do<br />

rio Jacuba foi a única rota utiliza<strong>da</strong> pelos animais monitorados ao saírem dos limites do<br />

Parque. Ou seja, de fato, essa conectivi<strong>da</strong>de natural foi seleciona<strong>da</strong> para a movimentação de<br />

indivíduos na paisagem antropiza<strong>da</strong>, funcionando como um corredor de dispersão e não<br />

como área de residência.<br />

Como observado também em outros estudos, as <strong>onça</strong>s-pinta<strong>da</strong>s na região do Parque<br />

Nacional <strong>da</strong>s Emas e Pantanal do Rio Negro, concentraram seus deslocamentos às margens

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