ecologia comparada e conservação da onça-pintada - Pró-Carnívoros
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ABUNDÂNCIA DA FAUNA DO CERRADO E PANTANAL<br />
ANÁLISE DE COVARIÂNCIA<br />
Os resultados <strong>da</strong> ANCOVA indicam que existe uma forte relação significativa entre o<br />
número de fotografias e o tempo de exposição <strong>da</strong>s câmaras (F = 127,1; P < 0,001). A hipótese<br />
do paralelismo, ou seja, homogenei<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s relações entre o esforço e número de fotos entre<br />
as diferentes regiões, foi aceita (F = 0,211; P = 0,889). Considerando que os dois principais<br />
pressupostos <strong>da</strong> ANCOVA foram observados (relação esforço/número de detecções e<br />
homogenei<strong>da</strong>de dos coeficientes angulares), as médias ajusta<strong>da</strong>s (número médio de detecções<br />
para um determinado tempo de exposição) podem ser considera<strong>da</strong>s índices de abundância e,<br />
deste modo, foram utiliza<strong>da</strong>s para comparar as regiões. Os resultados demonstraram que<br />
existem diferenças significativas entre as regiões estu<strong>da</strong><strong>da</strong>s (F = 26,9; P < 0,000). O maior<br />
índice médio de abundância (i.e. média ajusta<strong>da</strong>) foi encontrado no Pantanal, enquanto os<br />
menores índices foram estimados, em ordem decrescente, para as regiões do PNE, Corredor<br />
Cerrado-Pantanal e Parque Estadual do Cantão.<br />
As taxas fotográficas totais e estimativas de abundância dos mamíferos terrestres<br />
>500g registra<strong>da</strong>s nas quatro regiões de estudo, PNE, CCP, PRN e PEC, para ca<strong>da</strong> espécie,<br />
são apresenta<strong>da</strong>s na Tabela 3 . Na Tabela 4 as taxas fotográficas e estimativas de abundância<br />
destes mesmos animais são apresenta<strong>da</strong>s para ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s áreas individualmente.<br />
Os oito mamíferos mais abun<strong>da</strong>ntes no Cerrado e Pantanal, conforme resultados <strong>da</strong>s<br />
taxas fotográficas, foram o queixa<strong>da</strong> (Tayassu pecari), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous),<br />
cateto (Tayassu tajacu), anta (Tapirus terrestris), porco-monteiro (Sus scrofa), capivara<br />
(Hydrochaeris hydrochaeris), tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tri<strong>da</strong>ctyla) e <strong>onça</strong>-par<strong>da</strong><br />
(Figura 3). No entanto, quando as abundâncias são analisa<strong>da</strong>s em relação à abundância de<br />
biomassa (taxa fotográfica x biomassa <strong>da</strong> espécie), a ordem <strong>da</strong>s espécies é altera<strong>da</strong>. O<br />
queixa<strong>da</strong> e a anta são destaca<strong>da</strong>mente as maiores biomassas disponíveis, sendo que a<br />
biomassa <strong>da</strong> primeira espécie representa 13 vezes mais do que a <strong>da</strong> terceira (porco-monteiro).<br />
Em segui<strong>da</strong>, por ordem decrescente de biomassa, as espécies foram: capivara, cateto, <strong>onça</strong>par<strong>da</strong>,<br />
<strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong> e tamanduá-bandeira (Figura 4).