ecologia comparada e conservação da onça-pintada - Pró-Carnívoros
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nome <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de foi escolhido levando em consideração o mais significativo acidente<br />
geográfico <strong>da</strong> região, a Ilha Grande ou de Sete Que<strong>da</strong>s. Está localizado na divisa dos estados<br />
do Paraná e Mato Grosso do Sul. A uni<strong>da</strong>de possui um relevo plano, formado por um<br />
arquipélago com centenas de ilhas e ilhotas que se associam às regiões pantanosas, de<br />
várzeas e planícies de inun<strong>da</strong>ção. A uni<strong>da</strong>de constitui-se num ecótono (zona de transição)<br />
entre a Floresta Estacional Semi-decícua, o Cerrado e o Pantanal. Possui várias espécies<br />
endêmicas e/ou ameaça<strong>da</strong>s de extinção. Da fauna terrestre foram registra<strong>da</strong>s espécies como<br />
o cervo-do-pantanal, anta, <strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong> e <strong>onça</strong>-par<strong>da</strong>. É administrado pelo Ibama, em<br />
cooperação com os estados. Ain<strong>da</strong> não está totalmente implantado e já sofre problemas<br />
graves com a queima<strong>da</strong> anual de sua vegetação. Estudos científicos <strong>da</strong> Associação Pro-<br />
<strong>Carnívoros</strong> vem revelando que a área é um importante refúgio regional para as <strong>onça</strong>spinta<strong>da</strong>s<br />
e <strong>onça</strong>s-par<strong>da</strong>s, porém nem to<strong>da</strong> sua extensão possui hábitats ideais para ambas as<br />
espécies. O Parque se encontra no limite centro-sul <strong>da</strong> distribuição atual de <strong>onça</strong>s-pinta<strong>da</strong>s,<br />
região considera<strong>da</strong> com baixa probabili<strong>da</strong>de de sobrevivência <strong>da</strong> espécie em longo prazo<br />
(Sanderson et al., 2002). No entanto, dentro de um modelo paisagístico de “trampolim<br />
ecológico” este parque pode desempenhar papel fun<strong>da</strong>mental na <strong>conservação</strong> <strong>da</strong> espécie a<br />
nível regional, inclusive mantendo indivíduos de populações residuais como a do Parque de<br />
Mata Atlântica e Morro do Diabo.<br />
PARQUE ESTADUAL DAS VÁRZEAS DO RIO IVINHEMA<br />
Criado em 1998, localizado na Bacia do Rio Paraná foi criado em Mato Grosso do<br />
Sul, como medi<strong>da</strong> compensatória <strong>da</strong> Usina Hidrelétrica Engenheiro Sérgio Motta/CESP, o<br />
Parque possui 73.300 hectares. Localizados nos municípios de Naviraí, Taquarussu e Jateí.<br />
Os varjões do Parque do Ivinhema compreendem o último trecho livre, sem represamento,<br />
do rio Paraná. É uma área de inun<strong>da</strong>ções periódicas, protegendo refúgios de espécies<br />
animais e vegetais do cerrado e <strong>da</strong> floresta estacional. Os principais objetivos de<br />
<strong>conservação</strong> do Parque são: conservar os fragmentos de florestas, os remanescentes de<br />
várzea e ecossistemas associados dos rios Ivinhema e Paraná; manter mecanismos de<br />
regulação natural <strong>da</strong>s bacias hidrográficas locais e promover a preservação <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de<br />
genética <strong>da</strong>s espécies que habitam o Parque, principalmente, aquelas ameaça<strong>da</strong>s de<br />
extinção, como a <strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong>. O Parque é um dos locais de pesquisa <strong>da</strong> Associação Pro-<br />
<strong>Carnívoros</strong> sobre <strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong> desde 1999. Este refúgio é estratégico para a <strong>conservação</strong> <strong>da</strong>s<br />
<strong>onça</strong>s em escala regional, já que permite contato com indivíduos <strong>da</strong>s populações do Parque