ecologia comparada e conservação da onça-pintada - Pró-Carnívoros
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APA tem características especiais. Como em to<strong>da</strong>s APAs, em seu interior podem existir<br />
populações e ativi<strong>da</strong>des produtivas, mas sujeitas ao licenciamento prévio de qualquer obra<br />
ou ação que cause impacto ambiental, sob fiscalização direta do Ibama. Esta APA visa<br />
proteger a fauna e flora, e garantir a <strong>conservação</strong> dos remanescentes <strong>da</strong> Floresta Estacional<br />
Semidecidual Aluvial·e Sub-montana, Cerrado Típico, Cerradão e Campos de Inun<strong>da</strong>ção,<br />
dos ecossistemas fluviais, lagunares e lacustres e dos recursos hídricos. <strong>Pró</strong>ximo do centro<br />
de distribuição geográfica <strong>da</strong> <strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong>, esta APA engloba uma Uni<strong>da</strong>de de Conservação<br />
<strong>da</strong> espécie (JCU). A APA Meandros do Araguaia engloba o Parque Estadual do Cantão, e<br />
está incluí<strong>da</strong> numa região considera<strong>da</strong> como área de média probabili<strong>da</strong>de de sobrevivência<br />
<strong>da</strong> espécie em longo prazo, com população estável e de média priori<strong>da</strong>de de investimentos<br />
para a <strong>conservação</strong> (Sanderson et al., 2002). Indivíduos <strong>da</strong>s populações de <strong>onça</strong>s desta APA<br />
podem se dispersar ao sul, para a região do Parque Nacional do Araguaia e Parque Nacional<br />
<strong>da</strong>s Emas. Portanto, a conectivi<strong>da</strong>de natural com outras populações de <strong>onça</strong>s faz com que<br />
este também seja um refúgio importante para as <strong>onça</strong>s no centro-oeste brasileiro.<br />
PARQUE NACIONAL DO ARAGUAIA<br />
Localizado no Estado do Tocantins, no médio Araguaia, no extremo norte <strong>da</strong> Ilha do<br />
Bananal, confluência do rio Araguaia com seu braço menor, o rio Javaés, o Parque Nacional<br />
do Araguaia protege uma área de 131.868 hectares de vegetação de campos de várzea<br />
inundáveis e uma zona de transição entre os cerrados e a floresta amazônica. O Parque faz<br />
parte <strong>da</strong> maior ilha fluvial do mundo, com aproxima<strong>da</strong>mente 2 milhões de hectares, e tem<br />
como principal característica sua ampla rede de drenagem, forma<strong>da</strong> por rios de médio e<br />
grande porte. Nessa área ocorre a formação de ipucas, ou seja, furos no igapó, que na época<br />
<strong>da</strong>s cheias fazem a ligação entre os vários rios e córregos. Formado pela deposição de<br />
sedimentos trazidos pelos rios, o relevo <strong>da</strong> ilha do Bananal é baixo e plano, com altitudes<br />
entre 171 e 239 metros. Refúgio ideal para a <strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong> e <strong>onça</strong>-par<strong>da</strong>, o Parque está<br />
localizado ao sul <strong>da</strong> APA Meandros do Araguaia e é vizinho <strong>da</strong> reserva indígena dos<br />
Karajás, que soma 1.358 milhões de ha. Desta foram, o Parque envolve um extenso<br />
complexo de Uni<strong>da</strong>des de Conservação que somam mais de 2 milhões de hectares, sendo<br />
um importante e estratégico refúgio regional para as <strong>onça</strong>s na região central do Brasil. O<br />
Parque envolve uma Uni<strong>da</strong>de de Conservação <strong>da</strong> espécie (JCU), com uma população<br />
estável, média possibili<strong>da</strong>de de sobrevivência <strong>da</strong> espécie em médio-prazo, mas com alta<br />
possibili<strong>da</strong>de de dispersão de indivíduos, conforme Sanderson et al. (2002).