52 ONÇA-PARDA As seis <strong>onça</strong>s-par<strong>da</strong>s monitora<strong>da</strong>s tiveram uma média de 65 localizações por animal (entre 4 e 148 pontos) num período de monitoramento variando de nove a 48 meses. Entre os animais monitorados, todos exceto um, atingiram um platô na medi<strong>da</strong> de suas áreas de vi<strong>da</strong>, alcança<strong>da</strong> com cerca de 60 localizações (Figura 7). No entanto, após 95 localizações todos, com exceção de um animal, tenderam a aumentar suas áreas. A estabilização <strong>da</strong> área de vi<strong>da</strong> de um dos animais, uma fêmea adulta, é provavelmente um artefato causado pelo baixo número de localizações (n=4). Já o aumento <strong>da</strong>s áreas de vi<strong>da</strong> dos outros cinco indivíduos poderá estar refletindo variáveis ecológicas ou comportamentais que não puderam ser determina<strong>da</strong>s neste estudo, ou simplesmente o fato de que este número de localizações ain<strong>da</strong> não foi suficiente para conhecer to<strong>da</strong> a área de vi<strong>da</strong> destes animais. O tamanho médio <strong>da</strong> área de vi<strong>da</strong> de <strong>onça</strong>s-par<strong>da</strong>s (n=5) na área de estudo foi de 31,77 km 2 , variando entre 2,5 a 61 km 2 (HM-80%) (Tabela 8; Figuras 8, 9, 10, 11, 12). Analisando separa<strong>da</strong>mente por sexo, os três machos adultos estu<strong>da</strong>dos obtiveram área de vi<strong>da</strong> média 45,6 km 2 enquanto as duas fêmeas adultas tiveram média de 31,7 km 2 . Em decorrência do baixo numero de localizações a fêmea adulta # 860 não foi considera<strong>da</strong> nessas análises comparativas. Figura 7. Relação entre número de localizações de <strong>onça</strong>s-par<strong>da</strong>s (Puma concolor) provenientes de radio-telemetria e porcentagem <strong>da</strong> área de vi<strong>da</strong> estima<strong>da</strong> pelo método do Mínimo Polígono Convexo (Harris et al., 1990).
53 Tabela 8. Percentagem de localizações de <strong>onça</strong>-par<strong>da</strong> (Puma concolor) obti<strong>da</strong>s através <strong>da</strong> técnica de radio-telemetria no Parque Nacional <strong>da</strong>s Emas. Área de vi<strong>da</strong> expressa em km 2 , calcula<strong>da</strong>s através do método do Mínimo Polígono Convexo (MCP) e Média Harmônica (MH). Loc. 15 451 641 220 53 860 MCP MH MCP MH MCP MH MCP MH MCP MH MCP MH 5% 0 0,19 0,05 0,24 1 0,56 0,06 0,87 0,00 0,09 0,00 0,02 10% 1 0,23 1 0,55 2 0,97 2 1,12 0,00 0,11 0,00 0,02 15% 1 0,78 1 0,94 3 1,67 10 1,28 0,33 0,11 0,00 0,02 20% 1 3,22 2 1,25 5 2,34 29 2,74 0,37 0,11 0,00 0,02 25% 10 6,25 3 2,00 6 2,90 52 3,68 1 0,16 0,00 0,02 30% 23 6,98 8 3,26 8 5,83 75 9,94 2 0,20 0,00 0,02 35% 28 7,74 10 4,18 18 7,44 91 11,63 4 0,38 0,00 0,02 40% 65 8,91 13 4,82 20 10,12 103 15,27 7 0,52 0,01 0,09 45% 93 11,28 14 6,08 30 11,96 124 15,54 7 0,75 0,01 0,09 50% 113 15,04 16 9,48 32 13,67 141 16,33 11 0,89 0,01 0,09 55% 121 16,24 25 15,13 39 16,64 158 23,98 11 1,31 0,01 0,09 60% 158 17,35 31 18,16 50 21,57 164 26,26 13 1,44 0,01 0,09 65% 204 20,61 41 24,51 71 25,69 180 28,25 15 1,47 20 0,10 70% 330 20,99 85 30,81 93 40,17 186 33,78 22 1,70 20 0,10 75% 380 21,64 95 37,42 119 47,41 196 53,92 27 1,83 20 0,10 80% 428 36,67 110 47,64 129 54,46 206 61,19 41 2,54 20 0,10 85% 456 51,81 128 53,46 148 67,97 217 81,77 45 2,77 20 0,10 90% 520 58,85 135 62,56 170 83,61 219 93,30 63 3,43 124 0,11 95% 603 101,33 156 76,76 228 183,26 299 122,33 78 5,63 124 0,11 100% 763 102,59 287 161,73 481 452,30 479 502,38 136 6,72 124 0,11 Negrito = Valores considerados como melhor medi<strong>da</strong> comparativa para os animais estu<strong>da</strong>dos.
- Page 1 and 2: ECOLOGIA COMPARADA E CONSERVAÇÃO
- Page 3 and 4: 3 AGRADECIMENTOS A parte dos agrade
- Page 5 and 6: 5 diferença na vida acadêmica das
- Page 7 and 8: 7 Análise estatística ...........
- Page 9 and 10: 9 Onças no entorno do Parque Nacio
- Page 11 and 12: 11 RESUMO Este estudo reúne inform
- Page 13 and 14: 13 INTRODUÇÃO GERAL No bioma Cerr
- Page 15 and 16: 15 equilíbrio da comunidade, influ
- Page 17 and 18: 17 MATERIAIS E MÉTODOS ÁREAS DE E
- Page 19 and 20: 19 A vegetação do Parque é compo
- Page 21 and 22: Figura 2. Limite das propriedades d
- Page 23 and 24: 23 Grande extensão desta região
- Page 25 and 26: 25 PARQUE ESTADUAL DO CANTÃO Local
- Page 27 and 28: 27 LITERATURA CITADA Ab'Saber, A. N
- Page 29 and 30: 29 CAPÍTULO I ECOLOGIA COMPARADA D
- Page 31 and 32: 31 MATERIAIS E MÉTODOS CAPTURA E C
- Page 33 and 34: 33 ambiente físico, no caso de amb
- Page 35 and 36: 35 ESTIMATIVA DE DENSIDADE E SOBREP
- Page 37 and 38: 37 armadilhas não obedeceram a uma
- Page 39 and 40: 39 leo) e do guepardo (Acinonyx jub
- Page 41 and 42: 41 Análise Estatística Para a obt
- Page 43 and 44: 43 RESULTADOS CARACTERIZAÇÃO DAS
- Page 45 and 46: 45 Tabela 5. Medidas de rastros (cm
- Page 47 and 48: 47 Apesar de neste estudo terem sid
- Page 49 and 50: 49 8019325 60 8008445 80 Longitude
- Page 51: 51 Figura 6. Polígonos das áreas
- Page 55 and 56: 55 8000996 7996727 Longitude 799245
- Page 57 and 58: 57 Tabela 9. Matriz de sobreposiç
- Page 59 and 60: 59 Figura 13. Polígonos das áreas
- Page 61 and 62: 61 Tabela 15. Matriz de captura-rec
- Page 63 and 64: 63 identificados, quanto a razão s
- Page 65 and 66: 65 Figura 16. Exemplos de registros
- Page 67 and 68: 67 onças-pintadas apresentaram os
- Page 69 and 70: 69 USO DE HABITAT Os resultados dos
- Page 71 and 72: 71 Número de registros fotográfic
- Page 73 and 74: 73 Figura 24. Interpretação dos h
- Page 75 and 76: 75 Figura 26. Uso do hábitat pela
- Page 77 and 78: 77 figura 28 ilustra as frequência
- Page 79 and 80: 79 Sobreposição de nicho A medida
- Page 81 and 82: 81 Amazônia, as áreas de vida rep
- Page 83 and 84: 83 regular. É provável que estes
- Page 85 and 86: 85 esperar que suas necessidades en
- Page 87 and 88: 87 possuem uma visão adaptada tant
- Page 89 and 90: 89 Tabela 26. Medidas de amplitude
- Page 91 and 92: 91 • A distribuição de hábitat
- Page 93 and 94: 93 detection, and recommendations f
- Page 95 and 96: 95 Washington, DC, and Wildlife Con
- Page 97 and 98: 97 Rabinowitz, A. R. e Nottigham Jr
- Page 99 and 100: 99 White, G. e Garrot, R. 1991. An
- Page 101 and 102: 101 outros exemplos, descrevendo as
- Page 103 and 104:
103 Figura 1. Exemplo dos dois mét
- Page 105 and 106:
105 problema seria a simples padron
- Page 107 and 108:
107 ESTIMATIVA DE DENSIDADE Num cen
- Page 109 and 110:
109 O INVAL é denominado indicador
- Page 111 and 112:
111 Mustelidae Conepatus semistriat
- Page 113 and 114:
113 Tabela 3. Abundância acumulada
- Page 115 and 116:
115 Cutia 0,014 0,082 0,074 0,003 P
- Page 117 and 118:
117 Tabela 5. Valores de análise d
- Page 119 and 120:
119 Tabela 6. Matriz de Similaridad
- Page 121 and 122:
121 Tabela 8. Estimativas populacio
- Page 123 and 124:
123 8.0 7.0 Pantanal do Rio Negro T
- Page 125 and 126:
125 DISTRIBUIÇÃO E ABUNDÂNCIA DE
- Page 127 and 128:
127 A) B) Figura 9. A) Relação en
- Page 129 and 130:
129 Carnivora Felidae Onça-pintada
- Page 131 and 132:
131 espécies de ambientes fechados
- Page 133 and 134:
133 exigências ambientais da onça
- Page 135 and 136:
135 existe a presença humana. Esse
- Page 137 and 138:
137 • Onças-pintadas e onças-pa
- Page 139 and 140:
139 Jackson, R. e Ahlborn, G. 1988.
- Page 141 and 142:
141 Silveira, L.; Jácomo, A. T. A.
- Page 143 and 144:
143 secas de hábitats mais abertos
- Page 145 and 146:
145 Desde meados do século XIX, qu
- Page 147 and 148:
147 Figura 1. Caracterização do u
- Page 149 and 150:
149 A comunidade rural das propried
- Page 151 and 152:
151 60 50 40 44 53 41 30 20 10 0 An
- Page 153 and 154:
153 O Pantanal representa o maior b
- Page 155 and 156:
155 odontologia e outras áreas afi
- Page 157 and 158:
157 propriedades. As campanhas tive
- Page 159 and 160:
159 Dentre as 11 Fazendas monitorad
- Page 161 and 162:
161 Santa Sophia 30-Maio-03 Onça-p
- Page 163 and 164:
163 propriedades (exceto a Fazendin
- Page 165 and 166:
165 Tabela 5. Total de atendimentos
- Page 167 and 168:
167 Tabela 6. Total de consultas m
- Page 169 and 170:
169 Foram realizados quatro encamin
- Page 171 and 172:
171 projeto faz limites com a Fazen
- Page 173 and 174:
173 Vantagens 1) A ocorrência da e
- Page 175 and 176:
175 proibitivos ou não sejam estra
- Page 177 and 178:
177 Entre os conflitos homem/produ
- Page 179 and 180:
179 fiscalização, onde o monitora
- Page 181 and 182:
181 implementação de programas pa
- Page 183 and 184:
183 LITERATURA CITADA Acorn, R. C.
- Page 185 and 186:
185 Jackson, R. e Wangchuck, R. 200
- Page 187 and 188:
187 Prins, H. H. T.; Grootenhuis, J
- Page 189 and 190:
189 CAPÍTULO IV CONSERVAÇÃO DA O
- Page 191 and 192:
191 predação e dispersão de seme
- Page 193 and 194:
193 (Silveira & Jácomo, 2002). Par
- Page 195 and 196:
195 área total de UC’s. As demai
- Page 197 and 198:
197 Tabatinga APA Morro da 66,200 C
- Page 199 and 200:
199 Atualmente, em 24 (56%), das 43
- Page 201 and 202:
201 CORREDORES DE DISPERSÃO Um tot
- Page 203 and 204:
203 Tabela 7. Distâncias (km) entr
- Page 205 and 206:
205 Figura 5. Mapa de Unidades de C
- Page 207 and 208:
207 PNE APA e PN CG Rios: das Morte
- Page 209 and 210:
209 Quadro 3. Principais conexões
- Page 211 and 212:
211 RPPN ED Aricá-Mirim, Cuiabá R
- Page 213 and 214:
213 Quadro 5. Principais conexões
- Page 215 and 216:
215 DISCUSSÃO DISTRIBUIÇÃO ATUAL
- Page 217 and 218:
217 pintadas no Pantanal está em c
- Page 219 and 220:
219 nome da unidade foi escolhido l
- Page 221 and 222:
221 cultural, científico e recreat
- Page 223 and 224:
223 divisa com os Estados do Mato G
- Page 225 and 226:
225 APA tem características especi
- Page 227 and 228:
227 probabilidade de conservação
- Page 229 and 230:
229 As 110 combinações de corredo
- Page 231 and 232:
231 Para a região do Parque Nacion
- Page 233 and 234:
233 al., 2002). Através desta estr
- Page 235 and 236:
235 LITERATURA CITADA Ab'Saber, A.
- Page 237 and 238:
237 Mazzolli, M. 1993. Ocorrência
- Page 239 and 240:
239 Silva, J. S.V.; Abdon, M. M.; B