Embrapa SuÃnos e Aves
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SIMPÓSIO PRODUÇÃO ANIMAL E RECURSOS HÍDRICOS<br />
8 e 9 de julho de 2010 – Concórdia, SC - Brasil<br />
aumentada na água de bebida e que fígado, moela, rim, coração e pâncreas tiveram<br />
redução significativa do peso. SHOREMI & SRIDHAR (1998) avaliando a adição de<br />
alumínio na água, nas concentrações de 10, 20 e 40 mg/L, para frangas e poedeiras<br />
adultas durante 14 semanas verificaram que não ocorreram alterações significantes<br />
quanto ao consumo de água e ração, peso corporal, produção, peso e qualidade da<br />
casca dos ovos, e eficiência alimentar. Não obstante, esses autores notaram que a<br />
ingestão de água contendo alumínio na concentração de 40 mg/L reduziu o<br />
colesterol na gema dos ovos produzidos.<br />
Como relatado anteriormente, a presença de cálcio na água está relacionada<br />
com a dureza, sendo de 600mg/L o nível máximo aceitável para água de<br />
dessedentação de aves. O cálcio raramente causa problemas de intoxicação em<br />
aves e o aumento dos seus níveis na água foi correlacionado com melhor conversão<br />
alimentar e peso corporal, porém, com queda da viabilidade do lote de frangos<br />
(ÁGUA, 1988).<br />
O cobre quando detectado em níveis superiores a 0,6 mg/L altera o sabor e o<br />
odor da água, sendo que pequenas quantidades são consideradas higienicamente<br />
desejáveis. Na forma de sulfato o cobre tem sido utilizado no controle de algas<br />
(MACÊDO, 2007; POMIANO, 2002). No organismo animal embora não seja<br />
constituinte da hemoglobina ele está presente em certas proteínas que participam da<br />
liberação do ferro das células que vai ser utilizado na síntese da hemoglobina<br />
(LEESON & SUMMERS, 2001).<br />
Quanto ao chumbo, a presença na água valor superior a 0,02 mg/L, é tóxico<br />
para as aves e tende a ser cumulativo no organismo (MACÊDO, 2007; CURTIS et al,<br />
2001). A administração de chumbo na água de bebida em níveis de 20 e 40 mg/kg<br />
de peso vivo de ave, afetaram a resposta humoral das aves à vacinação contra<br />
doença de New Castle (YOSSEF et al., 1995; KUNAR, et al., 1999). Ademais,<br />
KUNAR et al. (1998) relataram a supressão da imunidade mediada por células, em<br />
aves que consumiam água contendo 200 mg/L de chumbo.<br />
Os cloretos podem ser encontrados em águas naturais, mas em níveis baixos<br />
e em altas concentrações conferem sabor salgado à água, podendo significar<br />
infiltração de águas residuárias, urina de pessoas e animais (MOUCHREK, 2003).<br />
Estudos têm mostrado que o nível de 14mg/L, na água de bebida pode ser<br />
prejudicial para frangos se combinado com 50 mg/L de Na (COETZEE, 2005). O<br />
cloro é o elemento mais utilizado para desinfecção da água destinada aos seres<br />
humanos e animais, devido ao seu poder bactericida. FURLAN et al. (1999)<br />
estudando o efeito da cloração da água de beber sobre o consumo e ganho de peso<br />
em frangos, obtiveram dados que apontaram menor consumo de água quando<br />
clorada, embora sem influenciar o ganho de peso das aves. DAMRON & FLUNKER<br />
(1993) relataram uma queda no consumo de água e na produção de ovos quando as<br />
frangas consumiram água com 40 e 60 ppm de cloro, na estação quente. Em<br />
poedeiras adultas na estação fresca, não foram afetados a produção, o peso dos<br />
ovos e o consumo de ração, quando a água de bebida continha 50 ppm de cloro,<br />
entretanto, com 100 ppm de cloro, o consumo de água foi afetado. Para água de<br />
dessedentação de aves, assim como para seres humanos, recomenda-se como<br />
nível máximo, 2 ppm de cloro dosado no ponto de consumo (BRASIL, 2004).<br />
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