Embrapa SuÃnos e Aves
Embrapa SuÃnos e Aves
Embrapa SuÃnos e Aves
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
SIMPÓSIO PRODUÇÃO ANIMAL E RECURSOS HÍDRICOS<br />
8 e 9 de julho de 2010 – Concórdia, SC - Brasil<br />
perde gradativamente grande parte de sua ação germicida até o ponto de consumo<br />
(Valias; Silva, 2001).<br />
No sistema produtivo de frangos, preconiza-se a utilização de modelos de<br />
bebedouros menos deletérios e o monitoramento semanal de cloro residual nos<br />
bebedouros, a fim de se obter uma desinfecção satisfatória da água (Barros et al.,<br />
2001).<br />
Poços rasos têm maior probabilidade de apresentarem contaminação por<br />
microrganismos patogênicos. Para evitar problemas, as fontes de água devem ser<br />
analisadas periodicamente para avaliar a presença de contaminantes (Lacaz Ruiz,<br />
1992).<br />
Dentre os diferentes métodos para redução de microrganismos na água para<br />
dessedentação de animais, encontra-se a filtração lenta. Embora este método não<br />
remova totalmente a contaminação microbiana, diminui a concentração de<br />
microrganismos e é considerado eficiente para tratamento de águas brutas em<br />
pequenas instalações no meio rural (Lacaz Ruiz, 1992).<br />
A filtração é um processo físico em que a água atravessa um leito filtrante, em<br />
geral areia ou areia e carvão, de modo que partículas em suspensão sejam retidas<br />
produzindo um efluente mais limpo.<br />
A filtração lenta é uma alternativa com imenso potencial de aplicabilidade em<br />
pequenas comunidades de países em desenvolvimento. Este processo tem-se<br />
mostrado muito eficiente no tratamento de águas, com resultados muito positivos<br />
tendo como fator limitante, a limpeza dos filtros após o funcionamento. Esta é,<br />
normalmente, realizada através da raspagem da camada superior de areia, lavagem<br />
e recolocação no filtro (Marnoto et al., 2008).<br />
Impacto Ambiental<br />
Uma preocupação, relacionada ao processo de produção intensiva de suínos,<br />
tem sido a quantidade de dejetos gerados nas granjas, bem como o potencial<br />
poluente e a carga bacteriana que esses representam.<br />
A fim de identificar o potencial poluidor do dejeto suíno armazenado, avaliouse<br />
a eficácia do armazenamento de dejetos de suínos por 120 dias, em três<br />
esterqueiras de propriedades suinícolas localizadas na bacia do lajeado Suruvi,<br />
município de Concórdia, região oeste de Santa Catarina (Santos et al., 2007). Os<br />
parâmetros analisados foram: decomposição do material carbonáceo, transformação<br />
de compostos nitrogenados, adsorção do fósforo e viabilidade de microrganismos<br />
patogênicos. Os resultados revelaram que: a) as maiores remoções de material<br />
carbonáceo ocorrem entre 30 e 60 dias de armazenamento; b) o ambiente anaeróbio<br />
das esterqueiras impossibilitou as remoções de nitrogênio amoniacal por<br />
nitrificação/desnitrificação; c) embora as remoções de ortofosfato na fase líquida do<br />
dejeto tenham sido significativas, a estocagem por longo período parece favorecer a<br />
migração desse elemento para a fase sólida do resíduo, e d) ao longo dos 120 dias<br />
de armazenagem, não foi possível reduzir o NMP médio de coliformes (CF e CT),<br />
porém os valores remanescentes ainda são elevados, fato que dificulta a disposição<br />
do material.<br />
82