estresse ocupacional, estratégia de enfrentamento e ... - Ppga.com.br
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110<<strong>br</strong> />
A diferença entre médias, utilizando-se o teste t-Stu<strong>de</strong>nt, mostra que os solteiros<<strong>br</strong> />
apresentam, em média, um nível <strong>de</strong> <strong>estresse</strong> psicológico mais elevado que os<<strong>br</strong> />
casados, para a população estudada. Este resultado permite levantar a hipótese <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
que falta apoio social para as pessoas solteiras que têm maior dificulda<strong>de</strong> em dividir<<strong>br</strong> />
suas ansieda<strong>de</strong>s e preocupações.<<strong>br</strong> />
As <strong>de</strong>mais variáveis sócio-<strong>de</strong>mográficas (grau <strong>de</strong> instrução, categoria profissional,<<strong>br</strong> />
tempo <strong>de</strong> profissão ou tempo <strong>de</strong> serviço) não apresentam correlação <strong>com</strong> o <strong>estresse</strong> e<<strong>br</strong> />
suas manifestações.<<strong>br</strong> />
Enfrentamento<<strong>br</strong> />
No que diz respeito às <strong>estratégia</strong>s <strong>de</strong> <strong>enfrentamento</strong> (coping), não há correlação<<strong>br</strong> />
significativa entre as diversas dimensões do fenômeno e as variáveis sócio<strong>de</strong>mográficas<<strong>br</strong> />
sexo, ida<strong>de</strong>, estado civil, grau <strong>de</strong> instrução, tempo <strong>de</strong> profissão e tempo<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> serviço.<<strong>br</strong> />
No que diz respeito à variável categoria profissional, encontra-se uma diferença<<strong>br</strong> />
significativa (p < 0,05) entre as médias do grupo Auxiliar <strong>de</strong> Enfermagem e os <strong>de</strong>mais,<<strong>br</strong> />
para a <strong>estratégia</strong> <strong>de</strong> <strong>enfrentamento</strong> recusa. Para essa <strong>estratégia</strong> <strong>de</strong> <strong>enfrentamento</strong><<strong>br</strong> />
obteve-se:<<strong>br</strong> />
Tabela 12 Relação entre categoria profissional e recusa<<strong>br</strong> />
Auxiliar <strong>de</strong> enfermagem Técnico <strong>de</strong> Enf Enfermeiras<<strong>br</strong> />
média 47,6 41,6 44,4<<strong>br</strong> />
Observa-se na Tabela 12 que, para as três categorias profissionais, a média<<strong>br</strong> />
encontrada nesta pesquisa é superior àquela da população em geral, obtida no<<strong>br</strong> />
trabalho <strong>de</strong> Pizatto (2001) para a recusa, que indica 39,2 (Tabela 5). Este resultado<<strong>br</strong> />
po<strong>de</strong> ser explicado <strong>com</strong>o uma forma que, segundo Soboll (2001, p.7) o profissional <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
enfermagem encontra para escapar da ansieda<strong>de</strong> causada pelo conflito entre o seu<<strong>br</strong> />
próprio sofrer e o do outro. Profissionais <strong>de</strong> enfermagem verbalizam que não po<strong>de</strong>riam<<strong>br</strong> />
trabalhar se todo o tempo ficassem pensando na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um filho ou eles<<strong>br</strong> />
mesmos ficarem doentes, sofrerem e/ou morrerem <strong>com</strong>o muitos pacientes que vêem.<<strong>br</strong> />
(PENSON et al., 2000 apud SOBOLL, 2001, p.7). É assim, recusando-se a aceitar a<<strong>br</strong> />
realida<strong>de</strong> sofrida do seu trabalho cotidiano, que o trabalhador da enfermagem<<strong>br</strong> />
consegue <strong>de</strong>sempenhar sua difícil tarefa <strong>de</strong> ser cuidador.