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estresse ocupacional, estratégia de enfrentamento e ... - Ppga.com.br

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4.3 Burnout – uma <strong>estratégia</strong> <strong>de</strong>fensiva<<strong>br</strong> />

Há situações em que várias pessoas<<strong>br</strong> />

trabalham sob a mesma pressão e apenas<<strong>br</strong> />

uma chega ao burnout. Missel (apud O<<strong>br</strong> />

ESTRESSE...., 2003).<<strong>br</strong> />

Para Filho-Lunardi & Mazzilli (1996 apud MENDES, 1999, p.58) que estudou o prazersofrimento<<strong>br</strong> />

nas enfermeiras, o sofrimento é um processo cíclico permanente e<<strong>br</strong> />

episódico que move os trabalhadores para a busca <strong>de</strong> novas situações e <strong>de</strong>safios que<<strong>br</strong> />

possam gerar prazer. Tendo em vista as diversas situações enfrentadas no<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> seu trabalho, os profissionais <strong>de</strong> enfermagem estruturam<<strong>br</strong> />

mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa contra a ansieda<strong>de</strong> que foram estudados inicialmente por<<strong>br</strong> />

Isabel Menzies, na década <strong>de</strong> 60 (SOBOLL, 2001, p.4).<<strong>br</strong> />

Para Dejours a síndrome do burnout vai além do conceito interpessoal. Este autor<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que esta síndrome não é simplesmente uma resposta do indivíduo diante do<<strong>br</strong> />

<strong>estresse</strong> laboral crônico, mas é uma <strong>estratégia</strong> <strong>de</strong>fensiva estruturada tendo em vista o<<strong>br</strong> />

sofrimento no trabalho (apud SOBOLL, 2001, p.4). Essa abordagem no caso dos<<strong>br</strong> />

profissionais <strong>de</strong> enfermagem, estrutura-se diante do confronto <strong>com</strong> a organização do<<strong>br</strong> />

trabalho e do contato direto e excessivo <strong>com</strong> pacientes e familiares, os principais<<strong>br</strong> />

fatores <strong>de</strong> sofrimento nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>stes profissionais. (SOBOLL 2001, p.4).<<strong>br</strong> />

O trabalho real, que necessita ser a<strong>de</strong>quado ao prescrito e que não é reconhecido. A<<strong>br</strong> />

cura do paciente que é atribuída ao médico e a outros mem<strong>br</strong>os da equipe <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, a<<strong>br</strong> />

perda do paciente que <strong>de</strong>sperta a sensação <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong> e fragilida<strong>de</strong> são<<strong>br</strong> />

situações constantes que <strong>de</strong>ixa o profissional <strong>de</strong> enfermagem exausto<<strong>br</strong> />

emocionalmente. (SOBOLL, 2001 p.9)<<strong>br</strong> />

Além <strong>de</strong> estabilizar a relação <strong>com</strong> a organização do trabalho, <strong>com</strong>o <strong>estratégia</strong><<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>fensiva, a síndrome do burnout tem <strong>com</strong>o função a manutenção da normalida<strong>de</strong> do<<strong>br</strong> />

sujeito, possibilitando a continuação da realização das tarefas. Isso permite que as<<strong>br</strong> />

relações interpessoais, por mais “coisificadas” que sejam, continuem acontecendo. O<<strong>br</strong> />

profissional <strong>de</strong> enfermagem <strong>com</strong> síndrome <strong>de</strong> burnout consegue efetivar sua tarefa,<<strong>br</strong> />

apesar da diminuição da qualida<strong>de</strong>. Ao se <strong>de</strong>svincular emocionalmente dos outros e<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong> si, minimiza o sofrimento suscitado <strong>de</strong>stas relações, porém sem qualquer<<strong>br</strong> />

envolvimento pessoal <strong>com</strong> o trabalho (SOBOLL, 2001 p.9).<<strong>br</strong> />

A síndrome <strong>de</strong> burnout, assim <strong>com</strong>o as <strong>de</strong>mais <strong>estratégia</strong>s <strong>de</strong>fensivas, ao mesmo<<strong>br</strong> />

tempo que tem a função <strong>de</strong> minimizar o sofrimento, é impeditiva <strong>de</strong> um trabalho mais

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