estresse ocupacional, estratégia de enfrentamento e ... - Ppga.com.br
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circulação sangüínea ficasse mais rápida permitindo mais nutrientes para os tecidos.<<strong>br</strong> />
Seu baço se contraía, para garantir mais glóbulos vermelhos no sangue e mais<<strong>br</strong> />
oxigênio para o organismo. O açúcar, armazenado no fígado, era liberado para a<<strong>br</strong> />
corrente sangüínea, oferecendo mais energia para os músculos. A freqüência<<strong>br</strong> />
respiratória aumentava, os <strong>br</strong>ônquios se dilatavam para que o corpo pu<strong>de</strong>sse captar<<strong>br</strong> />
mais oxigênio e havia uma dilatação da pupila para melhorar a eficiência visual. Os<<strong>br</strong> />
linfócitos, responsáveis pela <strong>de</strong>fesa do organismo, também aumentavam para reparar<<strong>br</strong> />
possíveis danos aos tecidos. Na pele e nas vísceras, o sangue diminuía, sendo<<strong>br</strong> />
concentrado nos músculos e no cére<strong>br</strong>o e o animal apresentava ansieda<strong>de</strong> (FRANÇA<<strong>br</strong> />
e RODRIGUES, 2002 p.35). Essa reação <strong>de</strong>scrita <strong>com</strong>o garantia da homeostase, que<<strong>br</strong> />
foi chamada <strong>de</strong> reação <strong>de</strong> emergência por Cannon, em 1936, Selye i<strong>de</strong>ntificou em<<strong>br</strong> />
suas experiências e a consi<strong>de</strong>rou <strong>com</strong>o a primeira fase do <strong>estresse</strong> (reação <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
alarme).<<strong>br</strong> />
3.3 O “insight” <strong>de</strong> Selye<<strong>br</strong> />
Em 1925, Hans Selye observou, <strong>com</strong>o estudante <strong>de</strong> medicina, na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
Praga na Alemanha, que todos os pacientes levados à sua aula apresentavam<<strong>br</strong> />
sintomas semelhantes: dores nas juntas, problemas digestivos, falta <strong>de</strong> apetite, fe<strong>br</strong>e,<<strong>br</strong> />
hepatoesplenomegalia 5 e problemas na pele. Nesses pacientes, ele não conseguia,<<strong>br</strong> />
através dos sintomas relatados, caracterizar uma doença para que <strong>com</strong> os professores<<strong>br</strong> />
pu<strong>de</strong>ssem prescrever o medicamento a<strong>de</strong>quado e assim, promover a cura do doente.<<strong>br</strong> />
Com essa observação, Selye formulou uma hipótese: a maioria das perturbações<<strong>br</strong> />
registradas no organismo é, aparentemente <strong>com</strong>um a muitas e, talvez, a todas as<<strong>br</strong> />
doenças. Assim, pensou na síndrome <strong>de</strong> estar apenas doente (SELYE, 1956 p.18).<<strong>br</strong> />
Como estudante, apesar <strong>de</strong> seu interesse pela tal síndrome, Selye não sabendo qual<<strong>br</strong> />
seria a reação dos outros médicos e tendo que <strong>de</strong>dicar-se às matérias curriculares,<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong>ixou esse assunto <strong>de</strong> lado.<<strong>br</strong> />
Em 1935, <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>pois, Selye voltou a se <strong>de</strong>parar <strong>com</strong> a questão da “síndrome <strong>de</strong><<strong>br</strong> />
estar apenas doente" quando, realizando estudos no Departamento <strong>de</strong> Bioquímica da<<strong>br</strong> />
Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> McGill, em Montreal, tinha a intenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sco<strong>br</strong>ir um novo hormônio<<strong>br</strong> />
sexual. Essa experiência, frustrada no seu intento, <strong>de</strong>spertou a curiosida<strong>de</strong> em Selye<<strong>br</strong> />
que passou a preocupar-se em <strong>com</strong>preen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> que maneira funcionava o mecanismo<<strong>br</strong> />
<strong>de</strong> reação do organismo que observara naquela sua experiência <strong>com</strong> ratos: dilatação<<strong>br</strong> />
5 Hepatoesplenomegalia: fígado e baço aumentados.