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edição 33 completa - Logos - UERJ

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Fortes. O surfe brasileiro e as mídias sonora e audiovisual nos anos 1980.Por fim, cabe destacar que alguns órgãos de mídia patrocinaram atletas.O mesmo Rico diz ter sido patrocinado pela TV Globo “de 1976 a 1988”(SOUZA, 2004, 54). Uma foto dos finalistas do “campeonato brasileiro,Saquarema, 1978” mostra Rico e outro surfista cujo patrocinador principalera uma empresa de comunicação: Cauli Rodrigues, com adesivo da RádioCidade na prancha (SOUZA, 2004, encarte entre 80-1). No final de 1983,a emissora FM A Tribuna de Santos ajudou a patrocinar a ida de Picuruta eAlmir Salazar ao Havaí. 49Considerações finaisDurante a segunda metade do século XX, manifestações artísticas e midiáticasde naturezas e características diversas estiveram relacionadas com osurfe. Frequentemente veiculadas pelos meios de comunicação de massa, elasparticiparam ativamente da construção de imagens em torno da modalidadee ajudaram-na a se tornar conhecida e admirada ao redor do mundo, tendocomo uma das principais consequências a expansão da moda surf para diversospaíses e continentes.No Brasil, o processo sofreu notável impulso nos anos 1980 e foi crucialpara a popularização do surfe naquela década. O panorama apresentadoneste trabalho pretende contribuir para a compreensão de que o crescimento,profissionalização e comercialização experimentados pela modalidade no períodotêm como um de seus motores as representações midiáticas. Ou seja, nasmanifestações da cultura pop e da comunicação de massa, tais como música,cinema e programas de rádio e televisão, o surfe apareceu para um públicoamplo. Uma parte dessas pessoas interessou-se pelo esporte e pelos valores a eleassociados, passando a consumir produtos e a desejar aproximar-se do que seconsiderava um estilo de vida. Essa popularização, por sua vez, simultaneamentepossibilitou e resultou em transformações na modalidade no Brasil.Notas1Trabalho apresentado no XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.Este artigo remonta a discussões travadas na tese de doutorado O surfe nas ondas damídia: um estudo de Fluir nos anos 1980, defendida em 2009 no PPGCOM/UFF.O autor agradece à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro(FAPERJ) a bolsa concedida durante parte do doutorado.2Para uma discussão do conceito de subcultura, ver Fortes (2009, especialmente 151-63).3“Esse tal de rock’n’roll”, Chacal, Fluir n. 1, set-out 1983, 10.4Fluir n. 2, nov-dez 1983, 65.5“Devo – o som dos anos 80”, Paulo de Oliveira Brito (Anshowinhas), Fluir n. 3, mar 1984, 59.6“Stones, explosão subterrânea com cheiro de sexo e suicídio ou isso deve ser oinferno”, por Pepe Escobar, Fluir n. 3, mar 1984, 58.7“Som”, Fluir n. 4, mai 1984, 798De acordo com Caiafa (1985, 74-7), entre os punks do Rio de Janeiro circulavamLOGOS <strong>33</strong>Comunicação e Esporte. Vol.17, Nº02, 2º semestre 2010100

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