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edição 33 completa - Logos - UERJ

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Caiafa. Segunda Linha: comunicação e sociabilidade na Linha 2 do metrô carioca.O metrô regional difere por sua vez do trem regional. Este é um transporteferroviário local, como a Supervia no Rio de Janeiro. O metrô regional ou tremmetropolitano tem tecnologia de metrô e uma agilidade que o separa da ferrovia.Por outro lado, o transporte metroviário se realiza mais perfeitamente no metrôurbano com seus intervalos curtos, suas estações próximas e sua distribuiçãoequilibrada de demanda. A Linha 2 é certamente uma linha de um metrô urbano,mas é interessante observar como, por características do próprio projeto dalinha, por características operacionais e até pela cultura que aí foi se formando,guarda alguns aspectos que a aproximam do trem metropolitano.No início a Linha 2 não era uma linha de metrô em toda a sua extensão.De Maria da Graça em diante não havia estações construídas, mas apenasparadas, e se utilizavam veículos mais leves e de muito menor capacidade,espécies de bondes, constituindo o que se chamava “pré-metrô”. Operou-seassim de 1983 a 1987.Em seguida, o projeto evoluiu e as estações foram sendo construídas. Hojea Linha 2 é uma linha de metrô com estações em toda a sua extensão e o mesmotipo de material rodante é utilizado nas duas linhas. As distinções que mencionamoscontinuam, por outro lado, definidoras do contraste com a Linha 1.Finalmente, a Linha 2 serve regiões numa mesma municipalidade que asda Linha 1, mas elas são em alguma medida “longínquas” segundo os critériosgeo-sociais vigentes na cidade. Um pouco por suas características técnicas,portanto, e mais talvez por sua inserção sócio-política no contexto urbano doRio de Janeiro, a Linha 2 se afasta um pouco do metrô por excelência, que serealiza na Linha 1.A Linha 2 se cruza com a Linha 1, os passageiros se misturam em algunspontos e momentos — as duas linhas se encontram e se procuram, como deveser num sistema metroviário. Mas a Linha 2 guarda um pouco essa situaçãode inacabamento. São aspectos técnicos e também sociais que criam uma alteridadeinteressante. No contexto de um sistema pequeno e binário, essasdiferenças acabam por gerar quase uma oposição — como se pode observarem muitas afirmações dos usuários. De toda forma, trata-se de um contrasteque vale explorar.As estações e seu entorno–—Você conhece as estações da linha 2? — perguntei a uma usuária.— Estações da linha 2? Conheço.— Tem alguma que você ache mais bonita, outra menos bonita, tem algumapreferida?— Não. Acho que do Estácio pra cá elas não são assim muito arrumadas, né? Pintadas,assim... Agora, do Estácio pra lá já melhora.— Na Linha 1?— É, lá tem ventilador, relógio. O de cá é meio assim, não tem pintura. Alguns, nãosão todos.LOGOS <strong>33</strong>Comunicação e Esporte. Vol.17, Nº02, 2º semestre 2010181

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