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História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

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uber <strong>no</strong> litoral do <strong>Paraná</strong>, eles apenas estavam presentes emdois locais (Paranaguá e rio do Borrachudo) e, em númeropeque<strong>no</strong>, mais <strong>da</strong>s vezes associados com garças em cordões<strong>de</strong> areia expostos pela baixa-mar na zona <strong>de</strong> manguezais.O naturalista austríaco não cita a presença do guará emoutros lugares visitados e esse é um dos indicativos <strong>de</strong> que,pelo me<strong>no</strong>s <strong>no</strong> tempo em que visitou o fundo <strong>da</strong> baía <strong>da</strong>sLaranjeiras, a espécie não era abun<strong>da</strong>nte naquela região.Mas referimo-<strong>no</strong>s aos a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 1820 e 1821.Recentemente, a releitura <strong>de</strong> uma obra em particular trouxeindícios reveladores sobre a abundância <strong>de</strong>ssa espécie emGuaraqueçaba e, inclusive, sobre os motivos para o seu<strong>de</strong>clínio. Embora com base em uma única narrativa leiga,passamos agora a mu<strong>da</strong>r <strong>no</strong>ssa opinião sobre a etimologiado município, já <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente ampara<strong>da</strong> como “lugar on<strong>de</strong>dormem os guarás” (Straube, em prep.).Outro aspecto interessante <strong>de</strong> análise e julgamento,diz respeito à nidificação <strong>da</strong> espécie <strong>no</strong> litoral paranaense.Indivíduos juvenis, mesmo com início <strong>de</strong> plumagemvermelha, são indicados; também é mencionado o fato <strong>de</strong>construírem seus ninhos em manguezais, “muitos em umaúnica árvore”. Contudo, o verbo alemão utilizado para<strong>de</strong>screver a cor externa dos ovos, e <strong>da</strong> gema, tem fundosupositivo: <strong>Natterer</strong> não afirma que o ovo é branco commanchas marrons nem que possui gema vermelha e sim,respectivamente, que “<strong>de</strong>ve” ser <strong>da</strong>quela cor e “<strong>de</strong>ve”possuir gema <strong>de</strong>sta outra cor. Compara, inclusive, com osovos <strong>da</strong> “saracura-dos-mangues” que, em sua obra, nãoencontra-se menciona<strong>da</strong> como <strong>no</strong>me popular, mas que <strong>de</strong>vese referir a Arami<strong>de</strong>s cajanea (cita<strong>da</strong> por Pelzeln, 1871:315,como Arami<strong>de</strong>s cayennensis). Não há, por assim dizer, se oque foi observado (presença <strong>de</strong> ninhos e <strong>de</strong> ovos) <strong>no</strong> rio doBorrachudo refere-se ao Eudocimus ruber ou a Arami<strong>de</strong>s101

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