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História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

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Como alternativa à imprecisão <strong>da</strong>s representaçõespictóricas, surgem então os aprimoramentos <strong>de</strong> técnicasvisando à preservação <strong>de</strong> espécimes, mais conheci<strong>da</strong> comotaxi<strong>de</strong>rmia. Esse processo já era conhecido e praticado <strong>de</strong>maneira rudimentar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Século XIII, em geral paraconservar temporariamente animais que serviriam comomo<strong>de</strong>los para pinturas (Schulze-Hagen et al., 2003), masteve gran<strong>de</strong> expansão exatamente <strong>no</strong> início do Século XIX(Wheeler, 1995, 1997; ver também Brown, 1849). Algunsautores, assim, consi<strong>de</strong>ram que o procedimento se constituiu“um marco <strong>de</strong>finitivo <strong>no</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> Ornitologia,quando a documentação passou a se tratar <strong>de</strong> um mecanismoindispensável nas varia<strong>da</strong>s pesquisas, inclusive naestabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>no</strong>menclatura” (Stresemann, 1923, 1951;Piacentini et al., 2010).Não à toa, muitos dos gran<strong>de</strong>s museus <strong>da</strong> Europa emesmo <strong>da</strong> América do Norte tiveram sua fun<strong>da</strong>çãojustamente nessa época, que po<strong>de</strong> ser trata<strong>da</strong> como o início<strong>da</strong> universalização dos procedimentos <strong>de</strong> reunião,conservação e catalogação <strong>de</strong> naturália, <strong>no</strong>s mol<strong>de</strong>s comosão praticados até os dias <strong>de</strong> hoje.Com o inventário biológico gradualmenteavançando, a busca por matéria-prima <strong>de</strong> outros continentespassou a se tornar uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira obsessão. Muitoscontinentes, além do europeu, já dispunham <strong>de</strong> coletâneasrazoáveis <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> mas ain<strong>da</strong> era <strong>no</strong>tória a carência<strong>de</strong> informações biológicas sobre um dos mais interessantes<strong>de</strong> todos: a América do Sul.Nesse sentido, o inflexível veto <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong><strong>de</strong>sportuguesas à exploração do território brasileiro foiduplamente sentido. Primeiro pela lamentável proibição <strong>de</strong>acesso ao inigualável Alexan<strong>de</strong>r von Humboldt, junto ao seuamigo Aimé Bompland. Esses dois estudiosos participaram<strong>da</strong> pretensiosa expedição pelas Américas, entre os a<strong>no</strong>s <strong>de</strong>9

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