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História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

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<strong>Natterer</strong> (p.ex. Itapetininga, Faxina) e, já <strong>no</strong> início <strong>de</strong> março,haviam obtido farto material et<strong>no</strong>gráfico sobre os índiosCoroados, na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro. Em segui<strong>da</strong>, “por motivo <strong>da</strong>senchentes”, como mais tar<strong>de</strong> escreveu Rubtsov, tor<strong>no</strong>u-seimpossível seguir adiante e a equipe retor<strong>no</strong>u, em 11 <strong>de</strong>março, para Ipanema (Bertels et al., 1981). Manizer(1967:75) dá outros <strong>de</strong>talhes: “Curiosa é a seguinte <strong>no</strong>ta:‗11 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1828. Partimos <strong>de</strong> volta à Fábrica <strong>de</strong>Ferro (<strong>da</strong> Vila <strong>de</strong> Castro). Disseram-me que nesta estra<strong>da</strong>frequentemente aparecem, vindos <strong>da</strong> mata, uns selvagenschamados xavantes, que matam a gente; por isso não <strong>no</strong>s<strong>de</strong>tivemos em lugares ermos e viajamos <strong>de</strong> manhã à <strong>no</strong>ite;entretanto, não vimos nenhum <strong>de</strong>les‘. Atualmente não existesequer a lembrança <strong>de</strong> ‗gente selvagem‘ em centenas <strong>de</strong>milhas em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong>sses lugares”.Desta forma, sobre a presença <strong>da</strong> expedição <strong>no</strong><strong>Paraná</strong>, po<strong>de</strong>-se afirmar que os seus integrantes <strong>de</strong>dicaramme<strong>no</strong>s <strong>de</strong> um mês (entre fevereiro e março <strong>de</strong> 1826) 170 aalguns pontos selecionados entre o rio Itararé e a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>Castro, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> não passaram por causa <strong>da</strong>s enchentes dorio Iapó, que banha a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>. Por me<strong>no</strong>s importância queessa efêmera visita possa ter, é curioso que ela tenha sidoomiti<strong>da</strong> em quase to<strong>da</strong>s as obras <strong>de</strong> revisão (p.ex. Papávero,1971 e até mesmo <strong>no</strong>s mapas encartados em Bertels et al.,1981), que raramente relatam a complementação dopercurso para sul além <strong>de</strong> Ipanema 171 .Depois disso, o grupo segue para a parte maisimportante do percurso: entre 1826 e 1829 (<strong>da</strong>ta <strong>da</strong> saí<strong>da</strong> doporto <strong>de</strong> Belém, em retor<strong>no</strong> ao Rio <strong>de</strong> Janeiro) viajam a170 Entre 20 <strong>de</strong> fevereiro e 5 <strong>de</strong> abril, Langsdorff estava na fazen<strong>da</strong> Mandioca, preparandoa gran<strong>de</strong> viagem para a Amazônia; na<strong>da</strong> escreveu em seu diário (Silva org., 1997:70).171 Rubtsov preparou pelo me<strong>no</strong>s um mapa (96x67 cm) apontando sua esta<strong>da</strong> em Castro,<strong>da</strong>tado <strong>de</strong> 1826: “Mapa particular <strong>da</strong> viagem pela América do Sul do Conselheiro <strong>de</strong>Estado Langsdorff em 1826, <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Faxina até a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro”. Essedocumento consta do acervo <strong>da</strong> Aca<strong>de</strong>mia Russa <strong>de</strong> Ciências, em São Petersburgo (BB,2010).156

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