História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1
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que passaram por muitos locais em comum e nem sempreclaramente <strong>de</strong>scritos por eles 32 .Nesse sentido, o percurso <strong>da</strong> viagem <strong>de</strong> Saint Hilaireao <strong>Paraná</strong> po<strong>de</strong>, <strong>de</strong> fato, ser facilmente reconstruído combase em sua obra (Saint-Hilaire, 1851), com asinterpretações presentes em outros títulos revisivos (p.ex.Urban, 1908; Moreira, 1975).Locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s (grafia original e atualização) e <strong>da</strong>tas aproxima<strong>da</strong>s <strong>de</strong> visita,<strong>no</strong> território paranaense e áreas limítrofes, pela Expedição <strong>de</strong> Saint-Hilaire ao <strong>Paraná</strong> (Saint-Hilaire, 1851). Asterisco indica locali<strong>da</strong><strong>de</strong>cita<strong>da</strong> em Saint-Hilaire (1822) (Fontes: Saint-Hilaire, 1822, 1851 eUrban, 1908).1820: <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> janeiro a antes <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> janeiroRivière du Tarerè* 33Rio Itararé (divisa SP-PR)Rio-do-Funil*Rio do Funil (Sengés)1820: 27 a 29 <strong>de</strong> janeirofazen<strong>da</strong> <strong>de</strong> Morangáva Fazen<strong>da</strong> Morungaba (Sengés) 341820: 29 <strong>de</strong> janeiro a 7 <strong>de</strong> fevereiroRio Jaguaricatú Rio Jaguaricatu (Sengés) 35Boa VistaFazen<strong>da</strong> Boa Vista 36 (Sengés)32 É a mesma situação que se observa <strong>no</strong>s outros volumes <strong>de</strong> sua crônica <strong>de</strong> viagem,dividi<strong>da</strong> em vária partes e que traz importantes <strong>de</strong>scrições dos sítios amostrados evisitados, nas províncias do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e RioGran<strong>de</strong> do Sul, além <strong>de</strong> fragmentos <strong>de</strong>dicados exclusivamente às nascentes do rio SãoFrancisco e um único livro para as zonas diamantíferas e do litoral-sul brasileiro.33 A grafia usa<strong>da</strong> por Saint-Hilaire (1822 e 1851) discor<strong>da</strong> nas duas obras. O termo“hameau d‘Itarerè” foi usado para indicar a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e a grafia “Tarerè” alu<strong>de</strong> ao rio.34 Vi<strong>de</strong> Lopes (2002) e Straube (2011b,c). Segundo Lopes (2002:14), quando Saint-Hilaire(e <strong>Natterer</strong>) visitou esse local, a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> (que media 4500 x 6000 braças) pertencia aosargento-mor Manuel José Novais Dias, morador <strong>de</strong> Cotia (São Paulo). Segundo a mesmafonte, cinco a<strong>no</strong>s <strong>de</strong>pois (1825) a fazen<strong>da</strong> abrigava 700 cabeças <strong>de</strong> gado e 300 cavalos.35 Os atuais rios Jaguaricatu e Jaguariaíva eram tratados, <strong>no</strong> Século XVIII, como o mesmorio, que tinha o <strong>no</strong>me <strong>de</strong> “rio Jaguari”. Mas, com o avanço do tropeirismo, seria útildiferenciá-los, em virtu<strong>de</strong> do primeiro permitir a passagem <strong>da</strong>s tropas, ao contrário dosegundo. Por esse motivo, a <strong>de</strong><strong>no</strong>minação diferencial agregou os adjetivos indígenas“catu” (= bom) e “aíva” (= ruim) (Lopes, 2002:7).36 Essa era uma <strong>da</strong>s proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s do coronel Lucia<strong>no</strong> Carneiro Lobo, por ele adquiri<strong>da</strong> em28 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1792. Em 1796, ele a ven<strong>de</strong>u para o capitão José Francisco Cardoso <strong>de</strong>Meneses, também proprietário <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong> Limoeiro que, junto com a Boa Vista, formavaum e<strong>no</strong>rme latifúndio situado <strong>no</strong>s então chamados “campos <strong>da</strong> Boa Vista”, entre os rios42