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História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

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partir <strong>de</strong> Porto Feliz ao longo do rio Tietê e, então, visitamnumerosos pontos <strong>no</strong>s estados do Mato Grosso do Sul 172 ,Mato Grosso, Amazonas e Pará, somando milhares <strong>de</strong>quilômetros percorridos por terra e via fluvial.Apesar <strong>da</strong> gran<strong>de</strong>za financeira envolvi<strong>da</strong> naexpedição e mesmo <strong>da</strong> participação ativa <strong>de</strong> políticos <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> expressão <strong>no</strong> império (p.ex. José Bonifácio <strong>de</strong>Andra<strong>da</strong> e Silva), os resultados por ela trazidos po<strong>de</strong>m serconsi<strong>de</strong>rados mínimos. Isso porque uma gran<strong>de</strong> parte dosespécimes, <strong>de</strong>senhos, diários e outros documentos,acabaram trancafiados por mais <strong>de</strong> um século eminstituições varia<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Rússia e, bem <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, apenasuma diminuta fração que acabou sendo pesquisa<strong>da</strong> edivulga<strong>da</strong>. Uma parte significativa <strong>de</strong>sta documentaçãoper<strong>de</strong>u-se, <strong>de</strong>struí<strong>da</strong> em conflitos ou mesmo incinera<strong>da</strong> porburocratas me<strong>no</strong>s esclarecidos. Uma outra parte, ain<strong>da</strong>,permanece “segura”, mas tão protegi<strong>da</strong> que nem mesmo ospesquisadores têm acesso a ela, trabalho que já seria difícilem <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> seu estado <strong>de</strong> conservação e, a<strong>de</strong>mais,por muitos dos documentos terem sido escritos em línguarussa (Komissarov, 1994) 173 .Ocorre, na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, que pouquíssimos foram ospesquisadores contemporâneos que pu<strong>de</strong>ram analisar omaterial <strong>da</strong> Expedição Langsdorff e <strong>de</strong> sua instável equipe,não só referentes aos espécimes zoológicos, como tambémdos diários, mapas e várias outras a<strong>no</strong>tações, muitas <strong>de</strong>lasinéditas. Um dos poucos que tiveram oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>estu<strong>da</strong>r os exemplares <strong>de</strong> São Petersburgo, além do próprioMénétriès e do insuperável Charles Hellmayr, foi o polaco172 Po<strong>de</strong>-se afirmar ser esse o primeiro esforço efetivamente científico voltado aoconhecimento <strong>da</strong> avifauna do Mato Grosso do Sul.173 Ao fim <strong>de</strong> 1990, Boris Komissarov, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Associação Internacional <strong>de</strong> EstudosLangsdorff (AIEL), por meio <strong>de</strong> uma ação conjunta com a Fiocruz e Funasa, iniciou umprojeto <strong>de</strong> reprodução <strong>de</strong> muitos elementos oriundos <strong>da</strong> expedição, tornados em partedisponíveis em microfilmes.157

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