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História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

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Essa pequena discrepância cro<strong>no</strong>lógica (diga-se <strong>de</strong>passagem alerta<strong>da</strong> por Pelzeln, 1871: V, <strong>no</strong>ta <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pé)gerou a dúvi<strong>da</strong> relata<strong>da</strong> por Paynter & Traylor (1991) sobreuma “Fazen<strong>da</strong> Morungaba” que existiria <strong>no</strong> estado do Rio<strong>de</strong> Janeiro e que na<strong>da</strong> mais é do que a coincidência com operíodo em que <strong>Natterer</strong> estava na então se<strong>de</strong> <strong>da</strong> colônia. Amenção a essa fazen<strong>da</strong> Morungaba, portanto inexistente <strong>no</strong>Rio <strong>de</strong> Janeiro, foi sequer trata<strong>da</strong> e tampouco corrigi<strong>da</strong> porVanzolini (1992), o revisor do “Gazetteer” <strong>de</strong> Paynter &Traylor (1979) 82 .Nesse sentido, a presença <strong>de</strong> <strong>Natterer</strong> e Sochor <strong>no</strong><strong>Paraná</strong> é <strong>no</strong>tavelmente diferente quanto à representativi<strong>da</strong><strong>de</strong>geográfica. O primeiro atravessou todo o caminho dostropeiros entre a divisa com São Paulo (rio Itararé) e o porto<strong>de</strong> Paranaguá em 4 meses e duas semanas, em parteacompanhado <strong>de</strong> seu auxiliar. No percurso, apenas po<strong>de</strong>-sedizer que investigou a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente as locali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>Jaguariaíva (cerca <strong>de</strong> 3 semanas), Curitiba (pouco mais <strong>de</strong> 2meses) (em ambas acompanhado <strong>de</strong> seu auxiliar) eParanaguá (quase 2 meses). Já a Sochor, sozinho, cabemtambém os esforços <strong>de</strong>spendidos na ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Castro, bemcomo na fazen<strong>da</strong> Morungaba, tendo <strong>de</strong>dicado cerca <strong>de</strong> umasemana em ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>stes pousos, além <strong>de</strong> incursõesvaria<strong>da</strong>s <strong>no</strong>s arredores <strong>de</strong> Jaguariaíva e Itararé.agosto <strong>de</strong> 1821; essas não harmonizam com o itinerário acima e o material po<strong>de</strong>ria seratribuído ao restante que havia sido recolhido em Ipanema por Sochor”.).82 Até mesmo Ihering (1902:17), apresentou sua versão, igualmente errônea, para essadiscordância cro<strong>no</strong>lógica: “De 1° <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1821 a 30 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> <strong>de</strong> 1822.Fazendo primeiramente algumas excursões <strong>no</strong> Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, <strong>Natterer</strong> seguiu,passando por Santos, á Murungava, tendo nesse ponto se <strong>de</strong>morado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o dia 23 <strong>de</strong>Março ao dia 4 <strong>de</strong> Abril. Murungava é uma fazen<strong>da</strong> antiga á esquer<strong>da</strong> do rio Itararé,abaixo do actual São Pedro do Itararé”.70

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