11.07.2015 Views

História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Já com relação a AIMÉ ADRIEN TAUNAY (n. Paris,França: 1803; f. Vila Bela <strong>da</strong> Santíssima Trin<strong>da</strong><strong>de</strong>, MatoGrosso: 1828) é possível se esten<strong>de</strong>r um pouco mais,particularmente quanto à sua biografia. Em 1816 ele chegouao Rio <strong>de</strong> Janeiro em companhia <strong>de</strong> seu pai, o famoso pintorNicolas Antonie Taunay 179 , vindo ao Brasil com a ComissãoArtística Francesa 180 , portanto junto a Jean Baptiste Debret.Dois a<strong>no</strong>s <strong>de</strong>pois, portanto com apenas 15 a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>,embarca como <strong>de</strong>senhista auxiliar na expedição <strong>de</strong> circumnavegaçãodo navio Uranie, li<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> pelo navegador francêsLouis Clau<strong>de</strong> <strong>de</strong> Saulces <strong>de</strong> Freycinet (1779-1842). São<strong>de</strong>sse período as célebres ilustrações feitas por ele para onaturalista Jacques Etienne Victor Arago (1790-1854),retratando paisagens e povos <strong>da</strong> África do Sul, algumas ilhasdo Ocea<strong>no</strong> Índico, além do Timor Leste e <strong>da</strong>s ilhasMalvinas.De volta ao Rio <strong>de</strong> Janeiro, passa a se <strong>de</strong>dicar aosestudos, enfatizando as artes e as línguas quando, em 1825,concor<strong>da</strong> em participar <strong>da</strong> expedição Langsdorff.Taunay tinha um estilo todo especial <strong>de</strong> pintura,quase to<strong>da</strong>s elas feitas em aquarela, acompanhando esboçose <strong>de</strong>scrições. Segundo Ambrizzi (2008), ele misturavalirismo e rigor e suas contantes a<strong>no</strong>tações apensas às obrasou redigi<strong>da</strong>s em seus diários, “pressupunham a presença <strong>de</strong>um mo<strong>de</strong>lo interpretativo <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong>”. Essa característicaera totalmente distinta do tipo <strong>de</strong> registro procurado por179 Tanto seu pai Nicolas quanto seu irmão, Felix Émile Taunay, foram professores <strong>da</strong>Aca<strong>de</strong>mia Imperial <strong>de</strong> Belas Artes do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Seu outro irmão era HipolytheTaunay, colaborador do Museu <strong>de</strong> <strong>História</strong> Natural <strong>de</strong> Paris e autor (em colaboração comFerdinand Denis, do Athénée <strong>de</strong> sciences, lettres et arts <strong>de</strong> Paris) dos seis volumes (1821-1822) <strong>da</strong> obra: “Le Brésil ou Histoire, moeurs, usages et coutumes <strong>de</strong>s habitants <strong>de</strong> ceroyaume”.180 Sob idênticas circunstâncias está o pintor Jean Leon Pallière (1823-1887), emborabrasileiro mas filho <strong>de</strong> Arnaud Julien Pallière (e neto <strong>de</strong> Auguste Henri Grandjean <strong>de</strong>Montigny – vi<strong>de</strong> Jean B.Debret) também membro <strong>da</strong> Missão Francesa. Jean é autor <strong>de</strong>vasta obra ico<strong>no</strong>gráfica, <strong>da</strong> qual se <strong>de</strong>stacam duas aquarelas feitas <strong>no</strong> <strong>Paraná</strong>: “Ca<strong>no</strong>a <strong>no</strong>Rio Paranaguá” e “Tropa carrega<strong>da</strong> <strong>de</strong> mate <strong>de</strong>scendo a Serra [do Mar]”.163

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!