11.07.2015 Views

História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

um fi<strong>da</strong>lgo apaixonado pelas ciências naturais (Sick, 1997).Sob a li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong> Friedrich W. Sieber, esse grupoproporcio<strong>no</strong>u um avanço relevante <strong>no</strong> conhecimento <strong>da</strong>natureza brasileira, graças ao colecionamento realizado naAmazônia (Pará), <strong>no</strong> Su<strong>de</strong>ste (Rio <strong>de</strong> Janeiro) e <strong>no</strong> Nor<strong>de</strong>ste(Pernambuco, Bahia e Ceará) pelo trabalho diligente dosnaturalistas brasileiros Francisco A. Gomes, João <strong>da</strong> SilvaFeijó e Luis Beltrão. As aves recolhi<strong>da</strong>s resultaram na<strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> muitas espécies (treze atualmente váli<strong>da</strong>s),batiza<strong>da</strong>s por Coenraad J. Temminck, Johann G. Wagler,Heinrich Kuhl, Jean Cabanis, Martin H. Lichtenstein eespecialmente Johann K. W. Illiger, que aproveitou omaterial em sua obra sobre a classificação <strong>de</strong> mamíferos eaves (Illiger, 1811) 3 .Em segui<strong>da</strong>, <strong>no</strong> fim do a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 1803, ocorreu aprimeira esta<strong>da</strong> <strong>no</strong> Brasil do alemão Georg Heinrich vonLangsdorff, auto-di<strong>da</strong>ta em <strong>História</strong> Natural e integrante <strong>da</strong><strong>de</strong>legação russa <strong>de</strong> circum-navegação, li<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> pelo capitãoA<strong>da</strong>m Johann von Kruzenstern. Langsdorff permaneceu pordois meses <strong>no</strong> litoral <strong>de</strong> Santa Catarina 4 . Posteriormentepublicou uma <strong>da</strong>s primeiras obras sobre a <strong>História</strong> Naturaldo Brasil <strong>no</strong> Século XIX, aguçando a curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seuspares e servindo <strong>de</strong> estopim para um pa<strong>no</strong>rama que haveria<strong>de</strong> se modificar quase cinco a<strong>no</strong>s <strong>de</strong>pois (Langsdorff, 1811).Uma <strong>da</strong>s suas <strong>de</strong>scobertas foi referente àbioluminescência. O naturalista provava, afinal, que oestranho fenôme<strong>no</strong> era oriundo <strong>de</strong> reações químicas doplâncton e não <strong>da</strong> <strong>de</strong>composição <strong>de</strong> matéria orgânica,conforme se acreditava na época (Murr, 1997).3 A saíra-andorinha (Tersina viridis) é a única espécie brasileira váli<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong>ssa obra.4 Sua presença <strong>no</strong> proibido território português se <strong>de</strong>veu somente a uma contingênciaespecial: atingi<strong>da</strong>s por uma tempesta<strong>de</strong>, as duas naus foram força<strong>da</strong>s a aportar nasproximi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> “São Miguel” (Bombinhas), para conserto dos mastros e abastecimento <strong>de</strong>água doce. Murr (1997) refere-se a esse momento como em “fins <strong>de</strong> 1802”, o que diverge<strong>da</strong> obra original <strong>de</strong> Langsdorff (1811:3) que, <strong>de</strong> Copenhague (Dinamarca), teria saído emsetembro <strong>de</strong> 1803.11

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!