11.07.2015 Views

História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

necessária por parte dos criadores <strong>de</strong> ovelhas contra oscarcarás (Caracara plancus), cui<strong>da</strong>do esse tomado até osdias <strong>de</strong> hoje:“Lorsque le brebis mettent bas, un petit<strong>no</strong>mbre <strong>de</strong> propriétaires soigneuxenferment les agneaux <strong>da</strong>ns une établepour les soustraire à la voracité <strong>de</strong>scaracaras (2) [<strong>no</strong>ta <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pé: (2) “Lescaracaras dont il s‟agit ici me paraissentévi<strong>de</strong>mment <strong>de</strong>voir étre rapportés au FalcoBrasiliensis, Lin. – Mx.Neuwied, Beiträge,III, 90”.], qui, dit-on leur mangent lalangue”“Na época <strong>de</strong> cria, alguns fazen<strong>de</strong>iros maiscui<strong>da</strong>dosos guar<strong>da</strong>m os cor<strong>de</strong>iros numestábulo para protegê-los <strong>da</strong> voraci<strong>da</strong><strong>de</strong>dos carcarás (2) [<strong>no</strong>ta <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pé: (2) Oscaracarás em questão parecem,obviamente, o Falco brasiliensis, Linnaeus– Wied, Beiträge, vol.3, p.90] que, comose diz, comem suas línguas”.Além disso, ele era interessado também emlínguística e na toponímia, sendo comuns as a<strong>no</strong>tações sobreetimologia <strong>da</strong>s locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s visita<strong>da</strong>s. Durante sua esta<strong>da</strong> emCuritiba, por exemplo, quando se hospedou na casa docapitão-mor <strong>da</strong> vila, Antônio Ribeiro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, eleconheceu uma índia “coroa<strong>da</strong>” oriun<strong>da</strong> <strong>de</strong> “Garapuáva‖(Guarapuava) que ali residia. Por seu intermédio, pô<strong>de</strong>coletar palavras <strong>da</strong>quela língua, <strong>de</strong>ntre duas <strong>de</strong><strong>no</strong>minações<strong>de</strong> aves (Saint-Hilaire, 1851:143): “Perdrix, Cuiupepê.Perroquet, Congió (le <strong>de</strong>rnier o très-ouvert)” 31 .Afora essas sutis intervenções sobre aspectospeculiares <strong>da</strong> avifauna paranaense, a contribuição maisimportante para a zoologia local está na <strong>de</strong>scrição dos locaisvisitados como ponto <strong>de</strong> passagem ou alojamento, incluindodistâncias entre eles. Com relação a esse cui<strong>da</strong>do, a sua obrapassa a receber uma atenção especial, visto que permite oresgate <strong>de</strong> certas informações sobre trajetos percorridos poroutros naturalistas contemporâneos como <strong>Natterer</strong> e Sellow,31 Perdiz (Rhynchotus rufescens) ou talvez codorna (Nothura maculosa), Cuiupepê;Papagaio (Amazona vinacea), Congió (a última [sílaba] muito aberta. Não há dúvi<strong>da</strong> <strong>de</strong>que se refere à língua kaingang.41

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!