11.07.2015 Views

História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

História da ornitologia no Paraná. Período de Natterer, 1

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Tiaris fuligi<strong>no</strong>sus, G<strong>no</strong>rimopsar chopi e Amblyramphusholosericeus. São também coletas <strong>de</strong> Sellow na Bahia, ostipos <strong>de</strong> Dysithamnus stictothorax 195 e Herpsilochmuspileatus, espécies endêmicas <strong>da</strong> Mata Atlântica e <strong>de</strong>scritasrespectivamente por Temminck e Lichtenstein, ambas em1823 (Whitney et al., 2000).No último a<strong>no</strong> do Século XX, Whitney et al. (2000)prestaram-lhe uma homenagem batizando o tam<strong>no</strong>filí<strong>de</strong>oHerpsilochmus sellowi Whitney & Pacheco, 2000, com aseguinte explanação etimológica: “We have chosen to namethis new antwren in recognition to Friedrich Sellow‘simportant collections of natural history specimens fromeastern Brazil 196 ”. A espécie, aparenta<strong>da</strong> com H. pileatus,permaneceu por séculos oculta em um grupo taxonômicocomplexo e, finalmente, recebeu uma <strong>de</strong><strong>no</strong>minação mais doque justa.O material obtido <strong>no</strong> <strong>Paraná</strong>, se é que ain<strong>da</strong> existe,haja vista a <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parte do acervo <strong>de</strong> Berlimdurante a Segun<strong>da</strong> Gran<strong>de</strong> Guerra, aguar<strong>da</strong> estudosporme<strong>no</strong>rizados e <strong>de</strong>le inexiste mesmo uma lista <strong>de</strong> espéciescom as respectivas locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Ocorre que boa parte domaterial zoológico obtido por Sellow <strong>no</strong> Brasil, foi estu<strong>da</strong>doprecariamente por Martin Heinrich Karl von Lichtenstein(1780-1857) 197 que, além <strong>de</strong> substituir os rótulos originaispor outros, acabou por lhes acrescentar <strong>no</strong>mes <strong>no</strong>vos, semrealizar a <strong>de</strong>scrição protocolar básica para fins científicos,resultando em vários <strong>no</strong>mina nu<strong>da</strong>. Outra fração <strong>de</strong>sse195 Vi<strong>de</strong> prancha mostra<strong>da</strong> acima, sob Johann <strong>Natterer</strong> e Dominick Sochor.196 “Nós escolhemos um <strong>no</strong>me, para <strong>no</strong>mear esse peque<strong>no</strong> pássaro, como reconhecimentoàs importantes coleções <strong>de</strong> <strong>História</strong> Natural forma<strong>da</strong>s por Friedrich Sellow <strong>no</strong> leste doBrasil”.197 Lichtenstein foi o sucessor (a partir <strong>de</strong> 1813) do primeiro curador do Museu <strong>de</strong> Berlim,Karl Illiger. Ele era professor particular <strong>da</strong> família do governador <strong>da</strong> África do Sul e, em1810, atingindo o doutorado, foi diretor do Jardim Botânico <strong>de</strong> Berlim. Ao assumir acuradoria do museu zoológico, trabalhou em intercâmbio com Temminck, na épocacurador do museu <strong>de</strong> Ley<strong>de</strong>n (Holan<strong>da</strong>). Coube a ele receber gran<strong>de</strong> parte do materialoriundo do Brasil, inclusive as coleções <strong>de</strong> Freyreiss e Sellow (Ahrens, 1925).179

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!