PLANO ESTRATÉGICO DO TURISMO NÁUTICO NA BAÍA DE TODOS-OS-SANTOSSECRETARIA DE TURISMO DA BAHIALogic Bahia Marine funcio<strong>na</strong> integrada a uma agênciade turismo e objetiva a construção, exploração, venda elocação de embarcações <strong>do</strong> tipo “catamarã”, desti<strong>na</strong>dasa variadas atividades náuticas. As moder<strong>na</strong>sembarcações Logic 5700 Cat (para 60/70 passageiros) eLogic 7000 Cat (110 passageiros) são exemplossignificativos da linha de barcos da empresa. Ambasapresentam cascos simétricos e são construídas atravésda exclusiva tecnologia “No Wood System”. Possuemcoman<strong>do</strong> avante, bar, W.C., display para produtos eestanteparaTVevídeo.que são: o Proatur e o Proturismo. Contu<strong>do</strong>, nãoexistem linhas de crédito específicas para empresas queatuam no segmento de turismo náutico, com juros econdiçõesdepagamentodiferencia<strong>do</strong>s, créditosdiretospara consumi<strong>do</strong>res de produtos e equipamentosnáuticos (principalmente embarcações), e/ousubsídios fiscaisà indústria náutica.Vale lembrar também que fi<strong>na</strong>nciamentos deorganismos estrangeiros podem ingressar no paísatenden<strong>do</strong>às legislaçõesvigentes.Grande Hotel de Itaparica tem hoje comoproprietário o Serviço Social <strong>do</strong> Comércio – SESC e seráutiliza<strong>do</strong> como colônia de férias pelos trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong>comércio de bens e serviços, seus familiares edependentes, no intuito de fomentar o turismo. Estãoprevistas 90 unidades habitacio<strong>na</strong>is, áreas deentretenimentoe lazer.Além <strong>do</strong>s projetos cita<strong>do</strong>s anteriormenteforam identificadas outras oportunidades de negóciosparafuturos investimentos, taiscomo:· Organização de programas e roteiros depescaesportivae mergulho.· Criação de pequenos negócios como aimplantaçãode taxi-boat eserviços liga<strong>do</strong>sà náutica, no entorno <strong>do</strong>s termi<strong>na</strong>is eatraca<strong>do</strong>uros.· Criaçãode Basesdecharter.· Criação de roteiros náuticos <strong>na</strong> <strong>BTS</strong>,incluin<strong>do</strong>o Paraguaçu.· Realizaçãodeeventosesportivos.· Criaçãodeestações náuticas.· Implantação de linhas de transportesnáuticos <strong>na</strong> <strong>BTS</strong>.No que tange às fontes de fi<strong>na</strong>nciamento para odesenvolvimento de negócios <strong>na</strong> área de turismo para osetor priva<strong>do</strong>, o Banco <strong>do</strong> Nordeste possui duas linhas100
PLANO ESTRATÉGICO DO TURISMO NÁUTICO NA BAÍA DE TODOS-OS-SANTOSSECRETARIA DE TURISMO DA BAHIAGOVERNANÇA PARA O TURISMO NÁUTICO NA<strong>BTS</strong>Ao refletir sobre a forma de gover<strong>na</strong>nça que sejacapaz de subsidiar a estrutura de gestão para odesenvolvimento<strong>do</strong>turismo náutico <strong>na</strong> <strong>BTS</strong>, confrontasecom a percepção <strong>do</strong> espaço geográfico da Baía deTo<strong>do</strong>s-os-Santos como território, não ape<strong>na</strong>s comoponta de sistemas e de fluxos, mas como centralidadeinstaura<strong>do</strong>ra de novos vínculos e impulsio<strong>na</strong><strong>do</strong>ra demudanças.A territorialização facilita o acesso coletivo àparticipação, ao conhecimento e à renda, contu<strong>do</strong>,supõe mudanças estruturais que alteram padrões derelacio<strong>na</strong>mento e desativam mecanismos desegregação. Poroutro la<strong>do</strong>, odesenvolvimentocom baseterritorial é inseparável de novas dinâmicasparticipativas, capazes de constituir um espaço comumde compartilhamento, rompen<strong>do</strong> o desequilíbrio entrelugaresefluxos.Outros aspectos que merecem ser ressalta<strong>do</strong>s epensa<strong>do</strong>s são: as dimensões que foram consideradasrelevantes nesse processo de planejamento em que aatividade náutica, vinculada ao turismo, é vista como20indutora <strong>do</strong> desenvolvimento <strong>na</strong> <strong>BTS</strong>, todavia, noBrasil, a potencialidade da náutica ainda não foiaproveitadaemseu to<strong>do</strong>.Consideran<strong>do</strong> que a atividade náutica tem umeleva<strong>do</strong> efeito multiplica<strong>do</strong>r sobre o ponto de vista <strong>do</strong>turismo interno e externo, com impacto <strong>na</strong> indústria de<strong>na</strong>vegação e forte articulação com a cultura, meioambiente,esporte e lazer, o modelo de estrutura degover<strong>na</strong>nça deve ser concebi<strong>do</strong> basea<strong>do</strong> nos eixosmacroestratégicos coerentes com o desejo <strong>do</strong>s atorescansa<strong>do</strong>s e resistentes a mais um plano. As estratégiaspartiram de duas constatações: simplicidade efactibilidade, diante dessa realidade, os eixosmacroestratégicos foram fundamenta<strong>do</strong>s numaquestão básica e prática que são os investimentos, defácil assimilaçãoecompreensãodeto<strong>do</strong>s.Neste senti<strong>do</strong>, a definição das macroestratégias<strong>do</strong> <strong>Plano</strong> que tomaram os investimentos como um fatordefini<strong>do</strong>r, o foco foi volta<strong>do</strong> para compatibilização dasestratégias de investimento e ações estruturantes,enquanto a gover<strong>na</strong>nça está voltada para: fomentar/investir e gerir através da visão integrada: sócioeconômica-cultural-ambientaleesportiva.São vigorosos argumentos para fortalecimentodestes três setores, com vistas ao bem-estar dapopulação <strong>na</strong> <strong>BTS</strong>. As contribuições agregadas aoturismo, pelo setor cultural, foram geradas ao longo decinco séculos e se constituíram em patrimôniosmateriais e imateriais incluin<strong>do</strong>os setores industriais deprodução áudio visual, editorial e as industrias tidascomocriativas, designepropaganda.Essas riquezas, que são únicas e valiosas, nãopodem ser replicadas <strong>na</strong> mesma dimensão de qualidadee origi<strong>na</strong>lidade em qualquer outra parte. O setorambiental, não menos rico e singular que o cultural,contribui com imponentes acervos <strong>na</strong>turais – flora efau<strong>na</strong>, integrantes de áreas de proteção e unidades deconservação, regiões pesqueiras, Mata Atlântica eextensos manguezais, que necessitam de maiorvalorização tanto de parte das instânciasgover<strong>na</strong>mentaisquanto<strong>do</strong>s investi<strong>do</strong>respriva<strong>do</strong>s.A sócioeconomia é aqui tida, também, comorecursos, e se funde <strong>na</strong> perspectiva <strong>do</strong> desenvolvimentono modelo de gover<strong>na</strong>nça, com a condição que aintegração entre os setores contribua para osrelacio<strong>na</strong>mentos comerciais, atrain<strong>do</strong> novos turistasnáuticos, fortalecen<strong>do</strong>oterritórioda <strong>BTS</strong>, alémdepoderreduzir sensivelmente, os distanciamentos, sobretu<strong>do</strong>,institucio<strong>na</strong>is, comodaseconomias locais.O esporte é considera<strong>do</strong> como um segmento a serrepresenta<strong>do</strong> e integra<strong>do</strong> entre a indústria náutica,proprietários de barcos de lazer e charters. Enquantoque as mari<strong>na</strong>s estão classificadas nessa fase deconcepção da gover<strong>na</strong>nça, tanto como serviços eprodutos e/ou investimentos. O fundamental é que arepresentação seja abrangente, mas que também seestabeleça como ca<strong>na</strong>l de confiança, transparência ecomunicação, hábil o suficiente, tanto para atrair novosinvestimentos, quanto para mobilizar seusrepresenta<strong>do</strong>s, mantê-los, multiplicareaindaarticularemediaras instânciasgover<strong>na</strong>mentais.20.Quadro em Anexo – Fatores de relevância.101