Quadro 1 Crescimento Populacio<strong>na</strong>l nos Municípios da Baía de To<strong>do</strong>s-os-SantosPLANO ESTRATÉGICO DO TURISMO NÁUTICO NA BAÍA DE TODOS-OS-SANTOSSECRETARIA DE TURISMO DA BAHIA4.ASPECTOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E LEGAISDA <strong>BTS</strong>A Baía de To<strong>do</strong>s-os-Santos é uma região degrande beleza cênica e ecossistemas ricos embiodiversidade, apresentan<strong>do</strong> extensas áreas demanguezais ainda bem conserva<strong>do</strong>s, principalmente<strong>na</strong> região da contra-costa da Ilha de Itaparica, <strong>na</strong> Baíade Iguape, em Sali<strong>na</strong>s da Margarida e Jaguaripe; alémde remanescentes de Florestas Ombrófila (MataAtlântica) <strong>na</strong>s ilhasde Itaparica, Frades, Matarandiba,Fontes, Bimbarras e Monte Cristo. Há tambémpresença de recifes de corais <strong>na</strong> costa das ilhas deItaparica, <strong>do</strong>s Frades, Marée <strong>na</strong> Lajeda Ipeba.Na perspectiva da proteção ambiental, oGoverno Estadual tem trabalha<strong>do</strong> no senti<strong>do</strong> demanter este cenário. Prova deste empenhogover<strong>na</strong>mental tem si<strong>do</strong> a criação de Unidades deConservação, conforme podeservisualizada <strong>na</strong> Figura13, a seguir, destacan<strong>do</strong>-se a própria APA da <strong>BTS</strong>,constituída pelo Decreto nº 7.595 de 05 de junho de1999, cujo <strong>Plano</strong> de Manejo se encontra em processodeelaboração.APAs e atrativos <strong>na</strong>turais da <strong>BTS</strong>*Fonte: HYDROS (2009)* Com exceção da 2,5 e 6, pois são áreas que não integram efetivamente a região que a Baía de To<strong>do</strong>sos-Santoscompreende44
PLANO ESTRATÉGICO DO TURISMO NÁUTICO NA BAÍA DE TODOS-OS-SANTOSSECRETARIA DE TURISMO DA BAHIA4.1 CONJUNTURAAMBIENTALA dinâmica de ocupação da <strong>BTS</strong> nos últimoscinquenta anos, a partir da instalação da Refi<strong>na</strong>riaLandulpho Alves, expressou a oportunidadeindustrial <strong>do</strong> território e permitiu o avanço <strong>na</strong>movimentação portuária com a implantação deempresas de grande porte e termi<strong>na</strong>is marítimos. Estaocupação produziu um passivo ambiental que requerconstante monitoramento e acompanhamento daqualidade<strong>do</strong>srecursos <strong>na</strong>turaisedaságuasda <strong>BTS</strong>.É relevante apontar também os benefíciosrepresenta<strong>do</strong>s pela ampliação da infraestruturapública das localidades da <strong>BTS</strong>. A cobertura deserviços de água tratada, esgotamento sanitário,coleta e disposição de resíduos sóli<strong>do</strong>s, dre<strong>na</strong>gem eurbanização proporcio<strong>na</strong>da pelo Programa BahiaAzul, <strong>na</strong> década de 1990, e atualmente pelo ProgramaÁgua para To<strong>do</strong>s, vêm causan<strong>do</strong> melhorias imediatas<strong>na</strong> qualidade de vida das comunidades,principalmente em relação à saúde pública, assimcomouma maiorsatisfaçãoaoturista.Mesmo assim, assi<strong>na</strong>la-se que ainda existemlocalidades que não dispõem desses serviços desaneamento, cuja solução deve ser objeto de atençãopelos poderes público, municipal e estadual, uma vezque a deposição <strong>do</strong>s esgotos e <strong>do</strong>s resíduos sóli<strong>do</strong>s <strong>na</strong>ságuas e no entorno da <strong>BTS</strong> se constituí-se em fator dedegradaçãoambiental.Na <strong>BTS</strong> encontra-se em processo delicenciamento o Polo da Indústria Naval que, segun<strong>do</strong>a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) <strong>do</strong>sProgramas Prioritários de Desenvolvimento <strong>na</strong> Baíade To<strong>do</strong>s-os-Santos (2009), estu<strong>do</strong> que vem sen<strong>do</strong>elabora<strong>do</strong> pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA),consistirá num aglomera<strong>do</strong> de projetos <strong>do</strong> setor deconstrução <strong>na</strong>val, forma<strong>do</strong> por estaleiros de portesdistintos.Os principais empreendimentos previstossão: o Estaleiroda Bahia S.A. (OAS/SETAL); oestaleiroda Construtora Norberto Odebrecht S/A; e o estaleiroda EISA - Estaleiro Ilha S/A. As atividades destesestaleiros se concentrarão inicialmente <strong>na</strong> construçãode sondas de perfuração de petróleo (tipo <strong>na</strong>vio ousemissubmersíveis), plataformas de produção, sériessemissubmersíveis, conversões de petroleiros (e/ououtros tipos, como TLP´S), <strong>na</strong>vios FPSO, VLCC,PSV´s, AHTS e <strong>na</strong>vios de apoio às operações o ffshore.Em segun<strong>do</strong> plano, também serão realiza<strong>do</strong>s nessesestaleirosreparosde <strong>na</strong>vioseplataformas.O Polo Naval será localiza<strong>do</strong> no município deMaragojipe e deverá atingir a reserva extrativistamarinha da Baía <strong>do</strong> Iguape, que é uma das mais bempreservadas <strong>do</strong> Brasil. A Baía <strong>do</strong> Iguape é um grandelagamarborda<strong>do</strong>pormanguezaisextensoseemótimoesta<strong>do</strong> de conservação, conforme o Instituto ChicoMendes, órgão encarrega<strong>do</strong> de preservar o lugar emparceriacomospesca<strong>do</strong>res locais.São controversas as opiniões sobre aimplantação <strong>do</strong> Polo Naval e seus impactos no meioambiente <strong>na</strong>quela área. Do ponto de vista <strong>do</strong>desenvolvimento <strong>do</strong> turismo, e em especial <strong>do</strong>turismo náutico <strong>na</strong> Baía de To<strong>do</strong>s-os-Santos, pode-seafirmar que a implantação <strong>do</strong> Polo Naval <strong>na</strong>quelaregião exercerá impactos negativos, uma vez queaquele trecho da baía, composto pelo Rio Paraguaçuaté as cidades de Cachoeira, São Félix e Maragojipe,envolven<strong>do</strong>a Baía<strong>do</strong> Iguapeeproximidadesde Sali<strong>na</strong>sda Margarida, é considera<strong>do</strong> como um <strong>do</strong>s maispreserva<strong>do</strong>s e valiosos em atrativos ambientais, assimcomo <strong>do</strong>ta<strong>do</strong> de diversos monumentos históricos quedespertam o interesse <strong>do</strong>s visitantes que circulamatravés<strong>do</strong> meio náutico.45