PLANO ESTRATÉGICO DO TURISMO NÁUTICO NA BAÍA DE TODOS-OS-SANTOSSECRETARIA DE TURISMO DA BAHIAConcluin<strong>do</strong>, a operacio<strong>na</strong>lização desses instrumentosque levarão à implantação da gover<strong>na</strong>nça exige que nãose interrompa a discussão e definição com osenvolvi<strong>do</strong>s, sob a legítima liderança da Setur, que, porsua vez, deverá pactuar de imediato com os municípios,seus papéis e responsabilidades, para evitar adesmotivação <strong>do</strong>s atores e assegurar a continuidade <strong>do</strong>processo inicia<strong>do</strong>comaelaboraçãodeste <strong>Plano</strong>.AliançaseParceriasO estabelecimentode parceriasealianças sólidasé um <strong>do</strong>s diferenciais das ações estratégicas de sucesso.Diante <strong>do</strong> desafio <strong>do</strong> desenvolvimento da atividadenáutica <strong>na</strong> Baía de To<strong>do</strong>s-os-Santos, é evidente anecessidade de articulação de diversos segmentos parao alcance <strong>do</strong>s objetivos. Esta evidência começa peladiversificação de segmentos da náutica, quesumariamente pode incluir atividades de turismo,esporte e lazer, cultura, indústria e comércio,infraestrutura, segurança, o que já indicaria anecessidade de articulação entre as diferentessecretariasde Esta<strong>do</strong>.Outro aspecto de complexidade é o fato que, deacor<strong>do</strong>comosconceitosdeparceria, as partesdevem teralgo a ganhar. Por isso, no processo de parceria éimportante que fiquem claros os papéis de cada um <strong>do</strong>satores, com o que eles vão contribuir, quais são seusobjetivos e o que eles vão ter como resulta<strong>do</strong>. Umaparceria deveainda produzirefeitosvisíveis e reais, quersejam eles materiais ou imateriais, numa relação ondeasduaspartessaiamganhan<strong>do</strong>.CritériosparaabuscaeseleçãodeparceirosAntes da definição <strong>do</strong>s critérios para alianças eparcerias, há que se esclarecer que existem diferenças,não só semânticas, mas de teor prático entre as duasexpressões. Essas diferenças podem ser visualizadas, demaneirasintética, no Quadro 11, aseguir:Distinção entre Parceria e AliançaCONCEITOINDICADOR PARCERIA ALIANÇATempo de duração Ações pontuaisAções de longo prazo ouassociações permanentesNecessidade decomplementaridadeGrau de identidadeCompartilhamentode crenças e valoresDefinição deplanejamento,objetivos e papéisDimensão da açãoImpacto da açãoImpacto da açãoFonte: Bittencourt, 2009Partem da necessidadede intercom plementaridadede recursos e capacidadesentre organizaçõesNecessidade de pouca ounenhuma identidadeExige poucocompartilhamentoNecessáriaAçõespontuaisdemenordimensãoMenor impacto, médio e curtoprazoComprometimentosubstantivo e grande impactoPartem da constatação deque podem atuar isoladamente,mas desejampotencializar sua atuação juntos.Grande identidade entre siCompartilhamento de visões evalores semelhantesImprescindívelPerenidade no relacio<strong>na</strong>mento emaior dimensãoMaior impacto, perenidadeColaboração com foco específico,curtoemédioprazo104
PLANO ESTRATÉGICO DO TURISMO NÁUTICO NA BAÍA DE TODOS-OS-SANTOSSECRETARIA DE TURISMO DA BAHIAA partir <strong>do</strong>s indica<strong>do</strong>res da tabela anterior,podemos elencar como principais critérios paraformalizaçãodeparceriasealianças:· O tempo de duração – as alianças e parceriasdevem ter em vista o prazo das ações para asquais foram estabelecidas, não sen<strong>do</strong>encerra<strong>do</strong>s antes de serem alcança<strong>do</strong>s osobjetivos.· Necessidade de complementaridade – asparcerias e alianças devem ser estabelecidas deforma a evitar a superposição de ações e apotencializar os recursos fi<strong>na</strong>nceiros,materiais e humanos investi<strong>do</strong>s no segmentonáutico <strong>na</strong> <strong>BTS</strong>.· Grau de identidade – deve ser feito umalinhamento entre os atores, buscan<strong>do</strong> aidentidade de objetivos e diretrizes paraatuaçãocoorde<strong>na</strong>daeconjunta.· Compartilhamento de crenças e valores –os parceiros envolvi<strong>do</strong>s no processo devem tero mesmo objetivo e compartilhar das mesmascrenças e valores éticos que a estrutura degover<strong>na</strong>nça montadaparaaexecução<strong>do</strong> <strong>Plano</strong>.· Definição de planejamento, objetivos epapéis – antes <strong>do</strong> estabelecimento da aliançae/ou parceria, deve ser feito um termo de ajustede conduta onde estejam claros os papéis,objetivos e to<strong>do</strong> o planejamento, com vistas agarantirquearelaçãosejadeganhoparaos<strong>do</strong>isla<strong>do</strong>s.· Dimensão da ação – o dimensio<strong>na</strong>mento dasações deve constar no planejamento, a relaçãodeve ser transparente, cada ente envolvi<strong>do</strong> <strong>na</strong>parceria/aliança deve ser envolvi<strong>do</strong> <strong>na</strong> justamedida para a qual sua atuação foidimensio<strong>na</strong>da.· Impacto da ação – as parcerias/aliançasa<strong>do</strong>tadas devem produzir impactossignificativos <strong>na</strong> Baía de To<strong>do</strong>s-os-Santos, emespecial no desenvolvimento <strong>do</strong> setor náutico.Esses impactos devem estar mensura<strong>do</strong>s no<strong>do</strong>cumento de estabelecimento daparceira/aliança.IdentificaçãodeparceirosPara o aperfeiçoamento das ações e aconsolidação <strong>do</strong> <strong>Plano</strong>, no atual cenário diversifica<strong>do</strong>,ondeaconcorrênciade merca<strong>do</strong> nosegmento náutico, écrescente (junto com a ampliação da qualidade <strong>do</strong>sserviços e destinos deste segmento em outroslocalidades <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>), evidenciam-se três atorespotenciais para o alcance máximo <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s, <strong>na</strong>sáreas social, ambiental, econômica e cultural: oPrimeiro Setor (representa<strong>do</strong> pela Federação, Esta<strong>do</strong>se Município da <strong>BTS</strong>); o Segun<strong>do</strong> Setor (a IniciativaPrivada – empresaria<strong>do</strong> liga<strong>do</strong> direta e indiretamenteao segmento); e o Terceiro Setor (Sociedade Civil, vistoque a comunidade pode ser parceira, dentro ou fora demodelostradicio<strong>na</strong>isdeorganização).A complexidade da <strong>BTS</strong> e os desafios para odesenvolvimento da náutica <strong>na</strong> região, revelam-semaiores <strong>do</strong> que a capacidade de atuação de cada setor,individualmente, ten<strong>do</strong> as experiências jáimplementadas demonstra<strong>do</strong> que nenhum deles foicapaz de equacio<strong>na</strong>r isoladamente to<strong>do</strong>s as barreirasque se impõem ao turismo náutico <strong>na</strong> Baía de To<strong>do</strong>s-os-Santos.Desta maneira, a implementação <strong>do</strong> trabalhoatravés de alianças e parcerias, com a liderança daestrutura de gover<strong>na</strong>nça a ser implementa<strong>do</strong>, tor<strong>na</strong>-seuma opção, ou praticamente uma obrigação, <strong>na</strong> a<strong>do</strong>çãode meios sustentáveis para implementação dasestratégias.105