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Plano Estratégico do Turismo Náutico na BTS - Global Garbage

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Quadro 1 Crescimento Populacio<strong>na</strong>l nos Municípios da Baía de To<strong>do</strong>s-os-SantosPLANO ESTRATÉGICO DO TURISMO NÁUTICO NA BAÍA DE TODOS-OS-SANTOSSECRETARIA DE TURISMO DA BAHIAA pujança dessa economia produziuverdadeiras fortu<strong>na</strong>s. Em 1850, a atividade empregavaalgo em torno de 2.000 pessoas e fazia uso de 100 a 200embarcações. Na história náutica baia<strong>na</strong> o papel <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> foi relevante. Inicialmente, através de atos efavorecimentos da metrópole e <strong>do</strong>s gover<strong>na</strong>ntescoloniais que privilegiavam a construção e <strong>na</strong>vegaçãolocal e priorizavam a organização de uma MarinhaMercanteeArmadade Guerra <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is.Estimulou-se com autorizações oficiais eisenções fiscais e tributárias a criação de instalaçõesmilitares e civis dedicadas às artes <strong>na</strong>vais. Já no ano de1555, o alvará de 20 de junho determinou aocomandante da Capitania da Bahia a construção de<strong>na</strong>vios que se prestassem à defesa da costa. Estaprimeira medida tinhacomoobjetivocriaroembriãodeuma Marinha Colonial, tantodeguerracomo mercante,construídaem terras brasileiras.A Coroa favoreceu a construção deembarcações de mais de 130 tonéis¹e decretou isençãode imposto para barcos a remo com mais de 15 bancos.Além disso, a Metrópole determinou que todacomunicação entre as capitanias fosse feitaexclusivamente por via marítima. Com a carta régia de1650 a colônia ficou obrigada a construir a cada ano umgaleão entre 700 e 800 tonéis. No século seguinte,outros incentivos buscaram impulsio<strong>na</strong>r a <strong>na</strong>vegação econstrução <strong>na</strong>val no Brasil. Em 1847 existiam <strong>na</strong> Bahia14 estaleiros, que, em sua maioria, se dedicavam àprodução de embarcações para o tráfego marítimo <strong>na</strong><strong>BTS</strong>. O número de operários liga<strong>do</strong>s a essesestabelecimento chegaria, anos mais tarde, a 518pessoas.O desenvolvimento das atividades náuticasem Salva<strong>do</strong>r e no Recôncavo Baiano fez crescer aparcela da população que dependia <strong>do</strong> mar para viver.Em 1847, a Bahia possuía 1.176 embarcações emoperaçãoe 2.547 tripulantes registra<strong>do</strong>s (Câmara, 1911).Dos saveiristas, pesca<strong>do</strong>res, barqueiros, marinheiros,rema<strong>do</strong>res, carpinteiros, calafates e outros mais,derivam crenças, tradição e cultura que deram aobaianoacaracterísticadepovo liga<strong>do</strong>àvida no mar.Antigo Cais das AmarrasNo início <strong>do</strong> século XIX, aconteceu <strong>na</strong> Bahia aprimeira experiência de <strong>na</strong>vegação avapor no Brasil. D.João VI havia decreta<strong>do</strong> a incorporação de umacompanhia de <strong>na</strong>vegação a vapor em portos e rios daCapitania. Deste evento, resultou uma linha regularque ligou duas cidades até o perío<strong>do</strong> das guerras daindependência e, posteriormente, com o apoio <strong>do</strong>sGovernos Regio<strong>na</strong>is, no desenvolvimento da<strong>na</strong>vegação a vapor e suas linhas regulares pela costa <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong>.A Companhia Bonfim apareceu em 1847,estabelecen<strong>do</strong> uma linha entre Salva<strong>do</strong>r e a cidade deValença. Outra empresa de <strong>na</strong>vegação, a Santa Cruz,surgiu em 1852, para explorar a <strong>na</strong>vegação costeira.Detinha o privilégio <strong>do</strong> serviço para a faixacompreendida entre Maceió e Caravelas, pelo prazo de20 anos. Em 1853, a fusãodasduascompanhiasresultou<strong>na</strong>criaçãoda Companhia Bahia<strong>na</strong>de Navegação.A partirde 1891, a “Bahia<strong>na</strong>” passouapertencerao Lloyd Brasileiro e tentou a<strong>do</strong>tar um modelo degestão semelhante ao das suas congêneres estrangeiras<strong>na</strong> <strong>na</strong>vegação de longo curso. Sob a gestão <strong>do</strong> Lloyd,iniciou-se o processo de decadência <strong>do</strong> serviço. Nocomeço <strong>do</strong> século XX, a empresa passou ao poder <strong>do</strong>engenheiro Alencar Lima, que a manteve sob controleaté 1909, quan<strong>do</strong> o Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> decretou seuencampamento.1.A capacidade <strong>do</strong>s <strong>na</strong>vios era medida pelo número de tonéis que poderia levar a bor<strong>do</strong>, cada tonel correspondia ao volume de um barril e 1,20m de comprimento e 80cm delargura. Bueno, 1998.7

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