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Patriotas e traidores - Fundação Perseu Abramo

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318 PATRIOTAS E TRAIDORESinício, ele foi criado livre, e é claro que sua ajuda não foi necessária. NaÁustria, na Alemanha e na França ele tem o direito de voto, mas qual asua utilidade para ele? Ele parece não saber usá-lo. Apesar de toda asua grande capacidade e de toda a sua gorda riqueza, o judeu não temimportância política em país algum. Na América, desde 1854, o serventeirlandês ignorante, de espírito independente e com coragem deexpô-lo a riscos, deixou claro para todos que queria ser politicamentereconhecido; ainda assim, 15 anos antes, mal sabíamos como era acara de um irlandês. Como força inteligente, e em número, ele estevesempre por baixo, mas mesmo assim já governou o país. Isso porqueele se organizou. E organizar-se deu valor ao seu voto; de fato, tornouoessencial.O senhor há de dizer que o judeu é numericamente fraco em todaparte. Isso não quer dizer nada – pois temos a história do irlandêscomo exemplo. Mas ainda vou chegar à questão de sua fraqueza numérica.Em todos os países parlamentaristas seria possível eleger judeuspara os legislativos – e até mesmo um elemento num desses corposé uma força que conta. Quanto os senhores se interessaram poressa questão na Áustria, na França e na Alemanha? Ou mesmo nosEstados Unidos? O senhor afirma que os judeus não têm culpa pelasagitações no Reichsrath, e acrescenta satisfeito que não havia um únicoparticipante judeu. Esta afirmação não é estritamente correta; sefosse, não seria agora a hora de o senhor explicar e se desculpar, emvez de tentar fazer dessa ausência um mérito? Mas acredito que o judeunão participou com a força que deveria ter demonstrado. A Áustrialhe oferece o sufrágio em termos bastante liberais, e é certamentepor sua própria culpa que ele é tão fraco politicamente.Quanto à sua fraqueza numérica. Já mencionei alguns números,500 mil, como a população judia da Alemanha. Posso acrescentardos que defendiam a idéia de que Dreyfus não podia em hipótese alguma ser absolvido argumentavamque, sendo um judeu, ele não poderia ser leal à França ou a qualquer outra nação. O veredicto dosegundo julgamento tornou ainda mais flagrante essa discriminação: embora Dreyfus tenha obtido aabsolvição, ele não teve permissão para reassumir a posição que ocupava anteriormente no exércitofrancês. (http://www.boondocksnet.com/twainwww/essays/twain_dreyfus0005.html .)

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