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Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal

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Capítulo II Economia Portuguesa II.1. Condições Monetárias da Economia Portuguesazo em níveis negativos, que se traduz num baixocusto <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>tenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitosà or<strong>de</strong>m. No último trimestre, este padrão<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser tão evi<strong>de</strong>nte, observando-seuma <strong>de</strong>saceleração substancial dos <strong>de</strong>pósitostransferíveis, provavelmente associada à liquidaçãodas dívidas fiscais mencionada mais acima.Deste modo, o contributo dos <strong>de</strong>pósitostransferíveis para a taxa <strong>de</strong> variação homólogados <strong>de</strong>pósitos do sector privado não financeirodiminuiu <strong>de</strong> 2.7 p.p. no último trimestre <strong>de</strong>2001 para 0.4 p.p. nos últimos três meses <strong>de</strong><strong>2002</strong>.II.1.4. Crédito e endividamento do sectorprivado não financeiro (10)Na segunda meta<strong>de</strong> dos anos 90, o créditoao sector privado não financeiro registou umforte crescimento, num contexto <strong>de</strong> redução significativadas taxas <strong>de</strong> juro nominais e reais e<strong>de</strong> evolução favorável da activida<strong>de</strong> económica.A persistência <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> crescimento docrédito substancialmente superiores às do rendimentodisponível e do PIB nominal traduziu-senum aumento muito significativo dograu <strong>de</strong> endividamento dos particulares e dasempresas nesse período. Apesar do créditocontinuar a registar taxas <strong>de</strong> crescimento relativamenteelevadas, estas têm vindo a diminuir<strong>de</strong> forma gradual <strong>de</strong>s<strong>de</strong> meados <strong>de</strong> 1999, aindaque tal <strong>de</strong>saceleração não tenha sido suficientepara suster a subida do grau <strong>de</strong> endividamentodo sector privado não financeiro. A <strong>de</strong>saceleraçãodo crédito ao sector privado não financeiro<strong>de</strong>verá estar associada, essencialmente, ao forteabrandamento da activida<strong>de</strong> económica (edas várias componentes da <strong>de</strong>spesa privada),sobretudo em <strong>2002</strong>, bem como aos elevados níveis<strong>de</strong> endividamento entretanto atingidos.Em <strong>2002</strong>, apesar <strong>de</strong> se ter mantido a tendência<strong>de</strong> <strong>de</strong>saceleração do crédito, esta não terásido tão acentuada como em anos anteriores.(10)Dada a diferente natureza do crédito concedido às AdministraçõesPúblicas e às instituições financeiras não monetárias,a sua análise não é consi<strong>de</strong>rada nesta alínea,sendo consi<strong>de</strong>rado apenas o crédito concedido ao sectorprivado não financeiro.PercentagemGráfico II.1.9TAXAS DE VARIAÇÃO ANUAL DOSEMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS CONCEDIDOSAO SECTOR PRIVADO NÃO FINANCEIRO (a)252015105ParticularesSocieda<strong>de</strong>s não financeirasSector privado não financeiro0Dez.00 Jun.01 Dez.01 Jun.02 Dez.02Nota:(a) Empréstimos bancários ajustados <strong>de</strong> titularizaçãoe corrigidos <strong>de</strong> reclassificações e <strong>de</strong> abatimentosao activo. As taxas <strong>de</strong> crescimento anual são calculadasa partir <strong>de</strong> índices <strong>de</strong> saldos corrigidos(Jan.2000=100), <strong>de</strong> acordo com a metodologia doBCE (ver Boletim do BCE).Consi<strong>de</strong>rando os empréstimos bancários concedidospor instituições financeiras monetárias(11) , a taxa <strong>de</strong> variação homóloga dos empréstimosconcedidos ao sector privado não financeirodiminuiu <strong>de</strong> 13.8 para 9.9 por centoentre Dezembro <strong>de</strong> 2001 e <strong>de</strong> <strong>2002</strong> (GráficoII.1.9 e Quadro II.1.2). Tal reflectiu essencialmentea evolução dos empréstimos concedidosa socieda<strong>de</strong>s não financeiras, uma vez que osempréstimos bancários concedidos a particularesmostraram mesmo uma aceleração duranteparte do ano, só abrandando ligeiramente, <strong>de</strong>forma um pouco mais sustentada, a partir dofinal do terceiro trimestre.A taxa <strong>de</strong> variação homóloga dos empréstimosbancários a socieda<strong>de</strong>s não financeiras diminuiu<strong>de</strong> 14.7 por cento em Dezembro <strong>de</strong>(11)A análise do crédito concedido ao sector privado não financeiroterá como base a evolução dos empréstimosbancários ajustados <strong>de</strong> titularização e corrigidos <strong>de</strong> reclassificaçõese <strong>de</strong> abatimentos ao activo. Taxas <strong>de</strong> variaçãoanual calculadas com base em índices <strong>de</strong> saldoscorrigidos (Janeiro 2000=100), <strong>de</strong> acordo com a metodologiado BCE (ver Boletim Mensal do BCE).82 <strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> / Relatório <strong>Anual</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong>

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