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Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal

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Capítulo II Economia Portuguesa II.9. Financiamento da EconomiaEm percentagem do PIBGráfico II.9.17ESTRUTURA DE FINANCIAMENTODAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS – FLUXOS6.05.04.03.02.01.00.0-1.0-2.0reduziram-se em 0.4 pontos percentuais, para1.3 por cento do PIB. O investimento realizadopelas administrações públicas reduziu-se <strong>de</strong>4.1 para 3.6 por cento do PIB, reflectindo, emgran<strong>de</strong> parte, as medidas pontuais tomadas nofinal do ano, nomeadamente a venda da re<strong>de</strong>fixa <strong>de</strong> telecomunicações à PT e a venda <strong>de</strong> algunsedifícios públicos (em ambos os casoscontabilizadas como <strong>de</strong>sinvestimentos). É <strong>de</strong>referir que, excluindo estas medidas, a FBCFdas administrações públicas, em <strong>2002</strong>, correspon<strong>de</strong>ua 4.1 por cento do PIB, valor que é idênticoao registado no ano anterior. A contribuiçãosignificativa para a redução da FBCF dadapelo corte nos investimentos não comparticipadospela UE terá sido compensada pelo acréscimodo investimento da administração regionale local. De referir ainda que a venda líquida <strong>de</strong>activos não financeiros não produzidos contribuiupara a redução da necessida<strong>de</strong> líquida <strong>de</strong>financiamento do sector em resultado da vendado direito à reintrodução <strong>de</strong> portagens naCREL e da venda <strong>de</strong> terrenos.No que respeita às operações financeirasdas administrações públicas, <strong>de</strong>staca-se o valorpositivo do fluxo <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos, que contrastacom os valores negativos dos dois anos anteriores(Quadro II.9.4). Para esta evolução <strong>de</strong>veráter contribuído a regularização extraordináriadas dívidas fiscais no final do ano, que terá sidomais expressiva do que o esperado. Deverá reflectir,por outro lado, as operações realizadasno processo <strong>de</strong> empresarialização <strong>de</strong> um conjunto<strong>de</strong> hospitais. Este processo resultounuma dotação <strong>de</strong> capital, cujo montante ascen<strong>de</strong>ua 897.6 milhões registado na rubrica “acçõese outras participações” do lado dos activosdas administrações públicas. A aquisição dasacções foi financiada através da emissão <strong>de</strong> dívidapública, contabilizada na rubrica “títulosexcluindo acções”. No entanto dado que até aofinal <strong>de</strong> <strong>2002</strong> não tinha sido efectuado o respectivopagamento, os <strong>de</strong>pósitos e as outras operações(on<strong>de</strong> se contabilizam outras dívidas a pagar)foram também acrescidos do mesmo montante.Na estrutura <strong>de</strong> financiamento do sectorpúblico voltou a <strong>de</strong>stacar-se a emissão <strong>de</strong> obrigações(sobretudo emitidas no mercado externo)(Gráfico II.9.17). O diferencial <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong>juro da dívida pública portuguesa face à alemãestreitou-se significativamente <strong>de</strong> Dezembro<strong>de</strong> 2001 para Dezembro <strong>de</strong> <strong>2002</strong>. No entanto,em meados do ano, as dúvidas quanto à verda<strong>de</strong>irasituação das finanças públicas portuguesaslevaram a um aumento dos spreads que retomarama tendência <strong>de</strong> queda com as medidasanunciadas para conter o défice, não tendo havidoqualquer alteração do rating da dívida pública(11) . Por sua vez, o valor do fluxo líquido <strong>de</strong>certificados <strong>de</strong> aforro, medido em percentagemdo PIB, foi ligeiramente inferior ao do anoanterior.II.9.2.4. Sector financeiroCertificados <strong>de</strong> aforroCrédito tituladoCrédito não tituladoReceitas <strong>de</strong> privatizações1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 <strong>2002</strong>Fontes: Euronext, INE, Ministério das Finanças e<strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>.Em <strong>2002</strong>, a variação líquida <strong>de</strong> activos financeirose a variação líquida <strong>de</strong> passivos financeirosdo sector financeiro reduziram-se significativamente,quer em termos absolutos, quer empercentagem do PIB (Quadro II.9.5). Os valores<strong>de</strong> 18.7 por cento e 17.6 por cento do PIB, respectivamentedo lado dos activos e dos passivos,são os mais baixos registados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1995.A poupança financeira do conjunto do sector(11)Ver secção II.7. Mercados Financeiros.<strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> / Relatório <strong>Anual</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong> 231

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