Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal

Capítulo II Economia Portuguesa II.8. Sistema BancárioEmpercentagemGráfico II.8.13TÍTULOS E IMOBILIZAÇÕES FINANCEIRASDO SISTEMA BANCÁRIO PORTUGUÊSEstrutura – base consolidada10090807060504030201001.723.0 23.9 25.78.81.86.918.2 21.5 21.419.610.4 11.7 14.418.216.7 13.917.614.6cerca de 60 por cento (18.4 por cento em2001) (19) .As imobilizações financeiras diminuíram5.1 por cento em termos líquidos (2.4 por centoem termos brutos), depois de terem aumentadocerca de 1.0 por cento em 2001 (1.4 por centoem termos brutos). Para além do impacto donovo regime de provisionamento (ver secçãoII.8.5. Solvabilidade), esta evolução terá tambémreflectido a reestruturação das participações dealguns grupos bancários, que procederam avendas de activos menos estratégicos para asua actividade principal. Por sua vez, o valorbruto das aplicações em títulos diminuiu 11.1por cento em 2002 (após uma redução de 3.6por cento em 2001). Esta evolução esteve associadaà redução, de 13.2 por cento, no valor dacarteira de títulos de rendimento fixo (cujopeso, no total da carteira de títulos, se situava,no final de 2002, em 87 por cento — GráficoII.8.13). Dada a evolução descendente das taxasde juro durante o ano de 2002, não se deverá terverificado uma erosão da componente preçodo valor dos títulos de rendimento fixo, peloque a redução de valor deverá ter reflectido aalienação de parte da carteira, num contexto favorávelà realização de mais-valias nesta categoriade títulos. Para a redução observada concorreramas variações na carteira de títulos derendimento fixo de outros emitentes nacionais1.68.42000 2001 2002Imobilizações financeirasTítulos de rendimento variável de emitentes não residentesTítulos de rendimento variável de emitentes residentesTítulos de rendimento fixo de emitentes privados não residentesTítulos de rendimento fixo de emitentes privados residentesTítulos dívida pública (ou equiparados) estrangeiraTítulos dívida pública (ou equiparados) portuguesaprivados (a taxa de variação, de -25.9 por cento,deverá reflectir, em grande medida, a reduçãodo papel comercial na carteira dos bancos), detítulos de emitentes públicos (-9.7 por cento) ede títulos de rendimento fixo de emitentes estrangeirosprivados (-9.5 por cento) (20) . Em2002, a carteira de títulos de emitentes públicosportugueses diminuiu 24.6 por cento, sendoque esta evolução só muito parcialmente foicompensada por um acréscimo de 12.7 por centono valor da carteira de títulos de emitentespúblicos estrangeiros (em 2001, as taxas de variaçãodestas carteiras foram de -5.9 e 9.1 porcento, respectivamente).A carteira de títulos de rendimento variável,cujo peso no total da carteira de títulos e imobilizaçõesfinanceiras era de aproximadamente10 por cento no final de 2002, sendo compostamaioritariamente por títulos de emitentes nacionais(84 por cento em Dezembro de 2002),cresceu 7.0 por cento. Esta evolução esteve associadaao aumento do valor da carteira de títulosde rendimento variável de emitentes nacionais(mais 13.1 por cento). A carteira de títulosde emitentes estrangeiros diminuiu 16.0 porcento durante 2002.II.8.3.6. Exposição internacionalNo final de 2002, a exposição agregada dosbancos portugueses com exposições em mercadosemergentes representava cerca de 1.8 porcento do activo total, diminuindo 0.2 p.p. faceao valor registado um ano antes (QuadroII.8.9) (21) . A exposição face ao Brasil, a mais significativade entre as consideradas, diminuiuem igual medida, situando.se, em Dezembrode 2002, em 0.5 por cento do activo total (menos0.2 p.p. do que um ano antes). De acordo comos dados do BIS, a exposição dos bancos portu-(20) Dada a sua importância relativa, os contributos para ataxa de variação da carteira de títulos de rendimento fixoem Dezembro de 2002 foram de -6.2, -4.2 e -3.0 p.p., respectivamentepara os títulos de emitentes nacionais privados,de emitentes públicos e de emitentes estrangeirosprivados.(21) O grupo dos mercados emergentes compreende as seguintesáreas geográficas: Europa de Leste, América Latinae Caraíbas, Ásia e Pacífico e África e Médio Oriente.200 Banco de Portugal / Relatório Anual de 2002