Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal
Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal
Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Capítulo I Área do Euro I.2. Evolução Económica na Área do EuroGráfico 2PAÍSES DA ÁREA DO EURO – DISPERSÃODA TAXA DE VARIAÇÃO HOMÓLOGA DO IHPCE DOS PRINCIPAIS AGREGADOSTotal e total excluindo bens alimentarese energéticosDesvio-padrão pon<strong>de</strong>radoDesvio-padrão pon<strong>de</strong>radoDesvio-padrão pon<strong>de</strong>rado2.01.81.61.41.21.00.80.60.40.2IHPC exc. bens alimentares nãotransformados e energéticosIHPC0.0Jan.96 Jan.97 Jan.98 Jan.99 Jan.00 Jan.01 Jan.025.04.54.03.53.02.52.01.51.00.5Bens alimentares não transformadose energéticosEnergéticosAlimentaresnão transformados0.0Jan.96 Jan.97 Jan.98 Jan.99 Jan.00 Jan.01 Jan.02Bens alimentares transformados, industriaisnão energéticos e serviços3.02.52.01.51.00.5ServiçosAlimentarestransformadosIndustriais nãoenergéticos0.0Jan.96 Jan.97 Jan.98 Jan.99 Jan.00 Jan.01 Jan.02Fontes: Eurostat e cálculos do <strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>.da média da área. Os diferenciais <strong>de</strong> inflação negativosregistados na Alemanha e na França foramigualmente extensivos à maioria dos agregadosdo IHPC (2) .A política monetária tem por objectivo a manutençãoda estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preços no conjuntoda área do euro, não <strong>de</strong>vendo ser orientada para acorrecção <strong>de</strong> diferenciais <strong>de</strong> inflação entre países.Por outro lado, a dispersão das taxas <strong>de</strong> inflaçãonacionais numa união monetária constitui ummecanismo <strong>de</strong> correcção <strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilíbrios, dada aimpossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se efectuarem ajustamentosatravés da política monetária e cambial (3) .Emcada momento vários factores po<strong>de</strong>rão afectar aevolução dos preços nas diversas economias eoriginar diferenciais <strong>de</strong> inflação <strong>de</strong> naturezamais ou menos persistente.No caso específico da área do euro, uma partedos diferenciais observados po<strong>de</strong> reflectir razõespuramente estatísticas, uma vez que no cálculodos IHPC nacionais são utilizados cabazes diferentes,que preten<strong>de</strong>m traduzir os respectivospadrões <strong>de</strong> consumo (4) . Contudo, a magnitu<strong>de</strong><strong>de</strong>ste efeito <strong>de</strong> composição sobre o diferencial <strong>de</strong>cada país face à média da área será em geral reduzidae nem sempre no mesmo sentido (5) . De entreos factores que po<strong>de</strong>m conduzir a diferenciais <strong>de</strong>inflação <strong>de</strong> natureza transitória refira-se a ocorrência<strong>de</strong> choques idiossincráticos ou <strong>de</strong> choquescomuns com efeitos assimétricos, <strong>de</strong>vido a diferentesestruturas nacionais (6) , ou ainda o facto <strong>de</strong>as economias não se encontrarem em posições cí-(2) Uma excepção a referir é o caso dos preços dos bens energéticosna Alemanha, cujo crescimento acima da média daárea do euro terá estado em parte relacionado com aumentos<strong>de</strong> impostos indirectos.(3) Não obstante, no curto prazo estes diferenciais po<strong>de</strong>m terum efeito pró-cíclico, via taxas <strong>de</strong> juro reais, e portantoten<strong>de</strong>r a se ampliar.(4) Adicionalmente, e apesar do esforço <strong>de</strong> harmonização,subsistem algumas diferenças <strong>de</strong> procedimentos estatísticos,como sejam a periodicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> actualização dos cabazesnacionais e os métodos <strong>de</strong> ajustamento <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>,que po<strong>de</strong>rão induzir diferenças entre as taxas <strong>de</strong> variaçãodos IHPC nacionais.(5) Para uma análise do caso Português ver “Caixa II.5.1.Estrutura <strong>de</strong> consumo e inflação em <strong>Portugal</strong>”.(6) Por exemplo, diferenças ao nível dos graus <strong>de</strong> abertura, daespecialização comercial ou <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> produção einstitucionais.<strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> / Relatório <strong>Anual</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong> 67