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Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal

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Capítulo I Área do Euro I.2. Evolução Económica na Área do EuroCaixa I.2.1. DIFERENCIAIS DE INFLAÇÃO NA ÁREA DO EUROGráfico 1PAÍSES DA ÁREA DO EURO – DISPERSÃODA TAXA DE VARIAÇÃO HOMÓLOGA DO IHPCDurante a década <strong>de</strong> noventa, a dispersão dastaxas <strong>de</strong> inflação dos países da área do euro registouuma diminuição assinalável, num contexto<strong>de</strong> processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sinflação acentuada em algunspaíses. No entanto, nos anos mais recentes a dispersãoapresentou algum aumento face aos níveisatingidos no período que antece<strong>de</strong>u o inícioda União Monetária. Em particular, o <strong>de</strong>sviopadrãopon<strong>de</strong>rado das taxas <strong>de</strong> variação médiasdo IHPC dos países pertencentes à área do euroaumentou <strong>de</strong> 0.6 p.p. em 1998 para 0.9 p.p. em<strong>2002</strong>. Consi<strong>de</strong>rando o <strong>de</strong>svio-padrão não pon<strong>de</strong>rado,o aumento neste período foi um pouco maisacentuado, <strong>de</strong> 0.6 para 1.1 p.p. (Gráfico 1), reflectindonomeadamente o facto <strong>de</strong> alguns países<strong>de</strong> menor dimensão apresentarem <strong>de</strong>svios significativosface à média da área do euro. Refira-seque os níveis <strong>de</strong> dispersão observados na área doeuro nos últimos anos são, contudo, próximosdos registados nos EUA (1) .O aumento da dispersão das taxas <strong>de</strong> inflaçãonacionais (avaliada pelo <strong>de</strong>svio-padrão pon<strong>de</strong>rado), entre 1998 e <strong>2002</strong>, foi visível nos principaisagregados do IHPC (Gráfico 2). A dispersão situou-se a níveis particularmente elevados nas componentes<strong>de</strong> bens alimentares não transformados e energéticos, o que po<strong>de</strong>rá reflectir graus diferenciados<strong>de</strong> transmissão dos choques ocorridos sobre o preço do petróleo e <strong>de</strong> alguns bens alimentares, bem comofactores específicos por país (como sejam medidas fiscais ou condições meteorológicas). No entanto, adispersão do IHPC excluindo estas duas componentes tem apresentado uma trajectória idêntica à do total,embora tendo registado diferenças <strong>de</strong> alguma magnitu<strong>de</strong> em diversos momentos do tempo.Analisando com mais <strong>de</strong>talhe as diferenças em termos nacionais, é <strong>de</strong> salientar que vários países têmapresentado diferenciais <strong>de</strong> inflação persistentes face à média da área do euro <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início da UniãoMonetária. Em particular, na Irlanda, em <strong>Portugal</strong> e na Espanha a variação homóloga do IHPC tem-semantido significativamente acima da média da área (cerca <strong>de</strong> 2 p.p. no caso da Irlanda e <strong>de</strong> 1 p.p. nosrestantes), bem como nos Países Baixos nos dois últimos anos (em torno <strong>de</strong> 2 p.p.). A Grécia, que a<strong>de</strong>riuà área do euro em Janeiro <strong>de</strong> 2001, tem igualmente apresentado um diferencial positivo apreciável (cerca<strong>de</strong> 1.5 p.p.). Pelo contrário, na Alemanha e em França o diferencial tem sido persistentemente negativo(da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> -0.5 p.p.), tendo-se acentuado no caso da economia alemã em <strong>2002</strong>. No período em análise,a variância (pon<strong>de</strong>rada) da inflação na área do euro ficou a <strong>de</strong>ver-se em gran<strong>de</strong> medida ao comportamentodos preços na Alemanha, Espanha e Países Baixos, não obstante os diferenciais significativosregistados em alguns países <strong>de</strong> menor dimensão (Gráfico 3). Em termos dos principais agregados doIHPC, o diferencial positivo observado na Irlanda, em <strong>Portugal</strong> e, em menor grau, na Espanha, no período1999-<strong>2002</strong>, foi particularmente notório ao nível dos serviços. Nos casos da Grécia e dos PaísesBaixos, a generalida<strong>de</strong> das componentes apresentou nos dois últimos anos um crescimento superior aoDesvio-padrão2.01.81.61.41.21.00.80.60.40.2Desvio-padrão nãopon<strong>de</strong>radoDesvio-padrãopon<strong>de</strong>rado0.0Jan.96 Jan.97 Jan.98 Jan.99 Jan.00 Jan.01 Jan.02Fontes: Eurostat e cálculos do <strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>.(1) Ver Boletim Mensal do <strong>Banco</strong> Central Europeu, Abril 2003.66 <strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> / Relatório <strong>Anual</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong>

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