RelatÃ³rio Anual - 2002 - Banco de Portugal

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Capítulo I Área do Euro I.1. Enquadramento Externo da Área do EuroMil milhões de dólaresGráfico 4FLUXOS LÍQUIDOS DE CAPITAIS PRIVADOSPARA AS ECONOMIASDE MERCADO EMERGENTE (a)140120100806040200-20-40-60ÁfricaÁsiaMédio Oriente e TurquiaAmérica LatinaPaíses em transição1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002Fonte: Fundo Monetário Internacional.Nota:(a) Os agregados regionais correspondem às definiçõesutilizadas pelo FMI no World EconomicOutlook.Gráfico 5DIFERENCIAL ENTRE AS TAXASDE RENDIBILIDADE DE TÍTULOS DE DÍVIDASOBERANA EM DÓLARES E OBRIGAÇÕESDO TESOURO DOS EUA E DÍVIDA EXTERNAEM PERCENTAGEM DAS EXPORTAÇÕESEM 2001Diferencial entre as taxas de rendibilidade detítulos de dívida soberana em dólares eobrigações do Tesouro dos EUA(pontos base)18001600140012001000800VenRúsEquTurBraArgPer600Fil ColMéx400EgiA. SulCroUru200Mal Cor PolTai ChlChn0Hun0 100 200 300 400 500Dívida externa em percentagem das exportaçõesFontes: Bloomberg e Fundo Monetário Internacional.rácios da dívida claramente superiores aos das restantes economias consideradas (Quadro 3). A evidênciaempírica sugere que países com maiores rácios da dívida em percentagem das exportações tendem aenfrentar condições de financiamento mais desfavoráveis (Gráfico 5). A relação positiva entre as duasvariáveis é também justificável do ponto de vista do comportamento estratégico. Países com maior nívelde dívida externa e menor grau de abertura ao comércio têm associada uma maior probabilidade de incumprimentodo serviço da dívida, uma vez que o benefício que resulta do não pagamento é relativa-Quadro 3DÍVIDA EM PERCENTAGEM DAS EXPORTAÇÕESDívida Externa / ExportaçõesDívida Pública / Exportações1998 1999 2000 2001 1998 1999 2000 2001Argentina ..... 454.6 521.4 468.9 451.3 361.0 437.5 411.0 462.3Brasil ......... 410.1 441.5 370.4 335.1 741.7 605.7 628.9 556.7Chile ......... 149.6 164.9 161.1 171.9 n.d. n.d. 46.0 43.2México........ 123.8 112.9 87.9 92.5 178.9 165.0 158.1 177.2Indonésia ..... 275.7 270.4 204.0 215.9 179.9 255.3 192.7 216.7Malásia ....... 50.9 43.6 37.2 42.3 53.9 52.9 49.4 60.8Filipinas....... 130.5 135.9 122.1 152.2 138.2 153.6 144.9 167.1Tailândia ...... 159.2 135.5 97.5 88.4 74.7 92.7 85.7 87.0Fontes: Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e Deutsche Bank.46 Banco de Portugal / Relatório Anual de 2002
Capítulo I Área do Euro I.1. Enquadramento Externo da Área do Euromente elevado em comparação com a eventual penalização que estaria associada a um menor acesso amercados externos.Uma outra forma de avaliar a capacidade de assegurar o serviço da dívida externa é através da análisedo nível de reservas internacionais de um país. Duas medidas frequentemente utilizadas com estepropósito são o rácio de dívida externa de curto prazo para as reservas e as reservas em meses de importações.Para o rácio da dívida externa de curto prazo relativamente às reservas, a unidade é frequentementetomada como valor de referência, porque indica que o montante de reservas de que o país dispõe ésuficiente para fazer face aos pagamentos durante um ano. No entanto, o valor apropriado para aquelequociente deverá ser inferior nos países em que o nível de reservas esteja condicionado por factores comoo défice da balança corrente, um regime de câmbios fixos, ou um acesso limitado ao mercado de capitaisinternacionais, ou poderá ser superior caso se verifique o contrário. Neste contexto, os valores daqueleindicador sugerem que a Argentina e o Brasil se encontram numa posição menos favorável do que osrestantes países (Quadro 4). Também no que diz respeito às reservas medidas em meses de importações,a Argentina e o Brasil apresentam os valores menos favoráveis, sobretudo por comparação com as economiasasiáticas de mercado emergente.Para além dos recursos disponíveis para o pagamento da dívida, a estrutura e os mecanismos de indexaçãoda própria dívida constituem também factores determinantes para avaliar a sustentabilidade.As economias de mercado emergente enfrentam dificuldades significativas na obtenção de financiamentoem moeda nacional junto do exterior, assim como na obtenção de financiamento em moeda nacionala longo-prazo, tanto no exterior, como a nível interno (4) . Este fenómeno, embora comum a um lequemais alargado de países, com excepção dos países emissores das principais moedas aceites internacionalmente,tende a ser mais acentuado e mais generalizado a todos os sectores da economia nos países demercado emergente, resultando em situações de fragilidade financeira, na medida em que gera desencontrosde moeda e de maturidades nos balanços de diversos sectores. O problema surge agravado empaíses que apresentam um baixo grau de abertura ao comércio, uma vez que o efeito positivo que a depreciaçãopoderia ter sobre a balança corrente é mais reduzido.Quadro 4RESERVAS INTERNACIONAIS E CAPACIDADE DE PAGAMENTO DA DÍVIDA1998-2001 – Valores médios anuaisArgentina Brasil Chile México Indonésia Malásia Filipinas TailândiaDívida externa de curto prazo (a) / Reservas . . . 2.0 1.2 0.7 (b) 0.9 0.9 0.3 0.8 0.6Reservas em meses de importações .......... 5.8 4.7 7.2 2.3 18.1 68.6 23.9 37.7Por memória:Balança Corrente em percentagem do PIB. .... -3.5 -4.5 -2.2 -3.2 4.6 11.7 7.6 9.0Exportações em percentagem do PIB ......... 10.7 10.5 29.5 30.0 47.1 119.5 52.8 62.5Fontes: Fundo Monetário Internacional, Banco de Pagamentos Internacionais, OCDE e Banco Mundial.Notas:(a) Dívida cuja maturidade residual é inferior ou igual a 1 ano.(b) Valor médio anual do período 2000-2001.(4) Veja-se Eichengreen, Barry e Ricardo Hausmann (1999), “Exchange Rates and Financial Fragility”, NBER, Working Papern.º 7418.Banco de Portugal / Relatório Anual de 2002 47
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Delegações RegionaisDelegação R
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