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Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal

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Relatório e Contasprincipal impacte uma perda substancial <strong>de</strong>importância da lista 2 no total <strong>de</strong> colateraldisponível, cujo peso no total <strong>de</strong> colateral passou<strong>de</strong> 4,9% para 1,3%.No entanto, este <strong>de</strong>créscimo na lista 2 não teveimplicações sobre o colateral utilizado, uma vezque as contrapartes portuguesas mobilizaramexclusivamente activos elegíveis da lista 1 comogarantia <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> crédito do Eurosistema(operações <strong>de</strong> política monetária e <strong>de</strong> créditointradiário). Assim, as obrigações emitidas pelosGovernos Central e Regionais (51%) e os títulos<strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito do <strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> (44%)repartiram entre si a quase totalida<strong>de</strong> do colateralentregue, tendo ainda sido utilizados títulos <strong>de</strong>dívida <strong>de</strong> empresas portuguesas. Restringindoa análise apenas às operações <strong>de</strong> políticamonetária, o peso dos títulos do Estado foi <strong>de</strong>85%.Em termos da utilização <strong>de</strong> activos <strong>de</strong>positadosem Centrais <strong>de</strong> Valores em <strong>Portugal</strong>,observa-se uma redução <strong>de</strong> 46% (explicada pelamenor participação das contrapartes portuguesasnas operações <strong>de</strong> cedência do Eurosistema),enquanto que a utilização <strong>de</strong> títulos<strong>de</strong>positados noutras centrais <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósito da áreado Euro se mantém reduzida (2% do total). Noque se refere à utilização transfronteira <strong>de</strong>colateral, o <strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> permanece naposição <strong>de</strong> banco central correspon<strong>de</strong>nte, ouseja, limitando-se essencialmente à prestação <strong>de</strong>serviços <strong>de</strong> custódia aos outros <strong>Banco</strong>s Centraisdo Eurosistema em relação a títulos portugueses<strong>de</strong>positados na Interbolsa e utilizados porcontrapartes estrangeiras. De salientar o forteaumento (85,9%) no valor médio mensal <strong>de</strong>títulos em custódia no <strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>.O BCE realizou, em Outubro, uma consultapública, dirigida às instituições <strong>de</strong> crédito daárea do euro, associações bancárias e outrasentida<strong>de</strong>s dos mercados financeiros, sobre umconjunto <strong>de</strong> alterações ao quadro operacional <strong>de</strong>política monetária com vista a melhorar a suaeficiência.As medidas postas à consi<strong>de</strong>ração foram asseguintes:coincidir o seu início com o dia <strong>de</strong> liquidaçãoda MRO a seguir à primeira reunião mensaldo Conselho do BCE, on<strong>de</strong> possamnormalmente ser <strong>de</strong>cididas alterações dastaxas <strong>de</strong> juro. Paralelamente, a entrada emvigor <strong>de</strong> eventuais alterações nas taxas <strong>de</strong>juro das facilida<strong>de</strong>s permanentes <strong>de</strong>verácoincidir com o início do novo período <strong>de</strong>manutenção;• Redução do prazo da MRO <strong>de</strong> 2 semanaspara 1 semana;• Suspensão das LTRO.Tendo em conta os resultados da consultapública, a <strong>de</strong>cisão do Conselho do BCE sobre oassunto em questão concretizou-se na emissão<strong>de</strong> um comunicado, em 23 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2003, noqual se anunciou a implementação das duasprimeiras medidas, previsivelmente para oprimeiro trimestre <strong>de</strong> 2004. A implementação<strong>de</strong>stas medidas ajudará a eliminar as expectativas<strong>de</strong> alteração <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> juro durante um<strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> manutenção,contribuindo para uma maior estabilida<strong>de</strong> domercado monetário do euro.III.4.2. Gestão das Reservas Externas do BCEAs reservas externas do BCE são geridas <strong>de</strong>forma <strong>de</strong>scentralizada pelos <strong>Banco</strong>s CentraisNacionais, ao abrigo <strong>de</strong> um contrato <strong>de</strong> agênciae no estrito cumprimento das regras <strong>de</strong>finidaspor aquele <strong>Banco</strong>. Consequentemente, o <strong>Banco</strong><strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> assegurou em <strong>2002</strong> a gestão dasreservas externas do BCE, na parte correspon<strong>de</strong>ntea <strong>Portugal</strong> (equivalente a cerca <strong>de</strong> 823milhões <strong>de</strong> euros, excluindo a parcela <strong>de</strong> ouro nomontante <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 191 milhões <strong>de</strong> euros).Em <strong>2002</strong>, o <strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>, no âmbito doBCE, participou ainda na preparação daactualização das Gui<strong>de</strong>lines para a Gestão dasReservas e, na sequência da sua aprovação,reformulou internamente os respectivos Manuais<strong>de</strong> Procedimentos e Código <strong>de</strong> Conduta.• Alteração do calendário do período <strong>de</strong>manutenção <strong>de</strong> reservas, <strong>de</strong> modo a fazer<strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> / Relatório <strong>Anual</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong> 253

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