Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal
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Capítulo I Área do Euro I.1. Enquadramento Externo da Área do EuroQuadro I.1.3ÍNDICES ACCIONISTAS GLOBAIS E POR SECTORESNa própria moedaVariação (em percentagem)Área do euroEUADow JonesEuro Stoxxdo qual: Nasdaq do qual:TecnológicoTele-Seguradorcomunica-çõesComputadoresTelecomunicaçõesDados diários2000Final período ...................... -6 -3 -43 21 -39 -44 -542001Final período ................... -20 -37 -28 -28 -21 -24 -49<strong>2002</strong>Final período ................... -35 -52 -36 -52 -32 -37 -54Final período (<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os máximosobservados em 2000) ........... -56 -79 -82 -66 -74 -79 -91Fonte: Bloomberg.(Quadro I.1.2). Num quadro <strong>de</strong> relativa estabilida<strong>de</strong>das taxas <strong>de</strong> juro <strong>de</strong> curto prazo, estaevolução traduziu-se numa redução da inclinaçãoda curva <strong>de</strong> rendimentos nas principaiseconomias, consistente com a <strong>de</strong>terioração dasperspectivas <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> médio e <strong>de</strong> longoprazo. No mercado <strong>de</strong> dívida privada assistiu-sea um alargamento dos diferenciais <strong>de</strong>rendibilida<strong>de</strong> face à dívida pública, <strong>de</strong>signadamentenas empresas com notações <strong>de</strong> rating inferiores(ver “Caixa I.1.1. O aumento da incertezaem <strong>2002</strong>“), o que, associado ao substancial aumento<strong>de</strong> alterações <strong>de</strong>sfavoráveis <strong>de</strong> rating(Gráfico I.1.7), <strong>de</strong>terminou um agravamentodas condições <strong>de</strong> financiamento <strong>de</strong>stas empresas.Neste contexto, assistiu-se quer nos EUA,quer na área do euro, a uma redução do volume<strong>de</strong> emissões neste mercado, parte da qual<strong>de</strong>verá ter reflectido igualmente menores necessida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> financiamento num quadro <strong>de</strong>crescimento económico mo<strong>de</strong>rado e <strong>de</strong> elevadaincerteza relativamente às perspectivas económicasfuturas. Tanto nos EUA como na área doeuro, o montante <strong>de</strong> emissões das obrigaçõesdo sector não financeiro diminuiu cerca <strong>de</strong> 50por cento face ao ano anterior, tendo esta reduçãosido mais acentuada na segunda meta<strong>de</strong> doano (Gráfico I.1.8). O aumento do grau <strong>de</strong> aversãoao risco por parte dos investidores reflectiu-setambém num aumento dos diferenciais<strong>de</strong> juro das obrigações <strong>de</strong> dívida pública emitidaspor economias <strong>de</strong> mercado emergente facea títulos do Tesouro norte-americano, tendosido relativamente mais penalizados os paísesmais fortemente endividados, ou que enfrentaramdificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> natureza política (ver“Caixa I.1.2. Condições <strong>de</strong> financiamento e vulnerabilida<strong>de</strong>sda dívida na América Latina”).O dólar inverteu em <strong>2002</strong> a tendência <strong>de</strong>apreciação observada nos últimos anos, tendo<strong>de</strong>preciado em termos nominais efectivos 6.5por cento, em valores <strong>de</strong> final <strong>de</strong> ano, e 1.1 porcento, em termos <strong>de</strong> média anual (Quadro I.1.2e Gráfico I.1.9). A <strong>de</strong>preciação do dólar foi particularmentesignificativa face ao euro, com ataxa <strong>de</strong> câmbio a situar-se, em final <strong>de</strong> Dezembro<strong>de</strong> <strong>2002</strong>, cerca <strong>de</strong> 19 por cento abaixo do valordo final do ano anterior. Numa perspectiva<strong>de</strong> curto prazo esta evolução po<strong>de</strong> parecer algosurpreen<strong>de</strong>nte dado que as revisões das perspectivas<strong>de</strong> crescimento económico a curto prazoforam relativamente mais favoráveis para osEUA do que para a área do euro e que a generalida<strong>de</strong>das previsões apontava para taxas <strong>de</strong>crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superioresnos EUA, tanto em <strong>2002</strong> como em2003. O movimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação do dólarpo<strong>de</strong>rá, assim, ter traduzido um reforço daspreocupações dos agentes económicos face àsperspectivas <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> médio prazo<strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> / Relatório <strong>Anual</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong> 23