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Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal

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Capítulo II Economia Portuguesa II.2. Política Orçamentalsobre produtos petrolíferos (ISP), do sucessodo programa <strong>de</strong> regularização extraordinária<strong>de</strong> dívidas fiscais e do aumento muito significativodas outras receitas correntes.Em percentagemdo PIB, as receitas correntes aumentaram1.1 p.p., enquanto as receitas correntesajustadas <strong>de</strong> efeitos cíclicos tiveram um acréscimo<strong>de</strong> 1.4 p.p., dos quais 0.9 p.p. <strong>de</strong>correramda regularização extraordinária <strong>de</strong> dívidas fiscais.Asreceitas fiscais, excluindo a regularizaçãoextraordinária <strong>de</strong> dívidas no final do ano,registaram um crescimento <strong>de</strong> 5.1 por cento, ligeiramenteacima do observado em 2001 (4.9por cento).Os impostos sobre o rendimento das famíliase das empresas, excluindo as receitas <strong>de</strong>correntesdo programa <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> dívidas,registaram, em <strong>2002</strong>, taxas <strong>de</strong> variação <strong>de</strong>-0.3 e -2.4 por cento, respectivamente (6.1 e -7.4por cento, em 2001).No que respeita aos impostossobre o rendimento das famílias, estaevolução está em linha com a <strong>de</strong>saceleraçãotanto da activida<strong>de</strong> económica, com reflexonum menor crescimento dos rendimentos dotrabalho do sector privado, como da massa salarialdas administrações públicas.De notar,adicionalmente, que a receita <strong>de</strong> IRS, em <strong>2002</strong>,foi prejudicada pela actualização insuficientedas tabelas <strong>de</strong> retenção na fonte para rendimentosdo trabalho <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e pensões em2001.Esta actualização, ao não reflectir completamenteas medidas <strong>de</strong> redução da carga fiscalincluídas no OE2001, implicou um aumentodos reembolsos em <strong>2002</strong>.Por fim, a actualizaçãodas tabelas em <strong>2002</strong>, muito acima da inflaçãoesperada, implicou a diminuição das retençõesna fonte ao longo do ano (tendo como contrapartidaum efeito positivo na receita <strong>de</strong>2003, via redução <strong>de</strong> reembolsos).Em relaçãoaos impostos sobre o rendimento das empresas,excluindo o efeito do programa <strong>de</strong> regularizaçãoextraordinária <strong>de</strong> dívidas fiscais, a quedada receita registada em <strong>2002</strong> reflecte a <strong>de</strong>saceleraçãogradual da activida<strong>de</strong> económica em2001 e <strong>2002</strong> (7) .As contribuições sociais registaram uma ligeira<strong>de</strong>saceleração em <strong>2002</strong>, tendo crescido 7.6por cento, o que compara com um crescimento<strong>de</strong> 7.7 por cento, em 2001. Excluindo os efeitosEm percentagem do PIB1.00.50.0-0.5-1.0Gráfico II.2.2ALTERAÇÃO DA ESTRUTURADAS RECEITAS CORRENTES DASADMINISTRAÇÕES PÚBLICASExcluindo os efeitos <strong>de</strong> medidasextraordinárias em <strong>2002</strong>Impostos sobre o rendimento e patrimónioContribuições sociaisImpostos sobre a produção eaimportaçãoOutras receitas correntes2000-1999 2001-2000 <strong>2002</strong>-2001da recuperação extraordinária <strong>de</strong> dívidas, a <strong>de</strong>saceleraçãoface a 2001 é mais acentuada, observando-seum crescimento das contribuiçõessociais, em <strong>2002</strong>, <strong>de</strong> 6.6 por cento. Ao contráriodo sucedido no ano anterior, as contribuiçõessociais efectivas do regime dos funcionáriospúblicos cresceram, em <strong>2002</strong>, a uma taxa superioràs do regime geral (11.6 e 6.4 por cento, respectivamente).Estefacto <strong>de</strong>ve-se, essencialmente,ao acentuado crescimento da <strong>de</strong>spesacom pensões e ao efeito <strong>de</strong> base do valor pontualmentebaixo do subsídio do Estado para aCaixa Geral <strong>de</strong> Aposentações (CGA) (8) em2001, resultante <strong>de</strong> importantes regularizações<strong>de</strong> dívidas à CGA por parte <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s nãopertencentes às administrações públicas.Aevolução do subsídio do Estado para a CGAem <strong>2002</strong>, que aumentou 17.6 por cento, <strong>de</strong>correunão só dos factores acima referidos mastambém <strong>de</strong> um crescimento das quotizações(7) De notar que a taxa <strong>de</strong> crescimento dos impostos sobre orendimento das empresas em 2001 foi afectada pela reduçãoda taxa do IRC <strong>de</strong> 34 para 32 por cento.(8) O subsídio do Estado para a CGA <strong>de</strong>stina-se a assegurar oequilíbrio financeiro do sistema, sendo, em geral, aproximadamenteigual à diferença entre as <strong>de</strong>spesas com prestações(essencialmente pensões) e as quotizações (dosfuncionários e outras).92 <strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> / Relatório <strong>Anual</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong>

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