RelatÃ³rio Anual - 2002 - Banco de Portugal

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Capítulo II Economia Portuguesa II.5. PreçosGráfico II.5.4ÍNDICE HARMONIZADO DE PREÇOS NO CONSUMIDOR – TOTAL E AGREGADOSTaxas de variação homóloga e diferenciaisTotalTotal sem energéticosTotal sem energéticos e semalimentares não transformados6.06.06.05.04.03.02.0PortugalEuro5.04.03.02.0PortugalEuro5.04.03.02.0PortugalEuro1.01.01.00.0Diferencial-1.0I/99 I/00 I/01 I/020.0Diferencial-1.0I/99 I/00 I/01 I/020.0Diferencial-1.0I/99 I/00 I/01 I/02Bens Alimentares não transformados Alimentares transformados6.05.0Portugal4.0Euro3.02.01.00.0-1.0Diferencial-2.0I/99 I/00 I/01 I/0214.012.0Portugal10.08.06.0Euro4.02.00.0Diferencial-2.0-4.0-6.0I/99 I/00 I/01 I/024.54.0Portugal3.53.02.5Euro2.01.51.00.50.0Diferencial-0.5I/99 I/00 I/01 I/02Industriais energéticos Industriais não energéticos Serviços20.015.0Euro10.0Portugal5.00.0-5.0-10.0 Diferencial-15.0I/99 I/00 I/01 I/024.03.0Portugal2.0EuroDiferencial1.00.0I/99 I/00 I/01 I/027.06.05.0Portugal4.0Euro3.0Diferencial2.01.00.0I/99 I/00 I/01 I/02Fonte: Eurostat.152 Banco de Portugal / Relatório Anual de 2002
Capítulo II Economia Portuguesa II.5. Preçossemelhantes aos observados no ano anteriorsugere que a conversão em euros de preços emescudos não determinou uma diferença significativaentre Portugal e o conjunto da área. Oaumento do diferencial nos outros trimestresdo ano estará, em parte, associado à subida dataxa normal do IVA, mas não parece esgotar-seneste factor.1210Gráfico II.5.5IPC – SERVIÇOSTaxas de variação homólogaManutençõese reparaçõesII.5.4. Preços dos bens e serviçosEm 2002, os preços da componente de serviçosregistaram uma forte aceleração para 6.0por cento (4.8 por cento em 2001), o que indiciaum aumento mais pronunciado do que aqueleque seria naturalmente atribuível a factorescomo o processo de conversão em euros dospreços em escudos e o aumento da taxa normaldo IVA. Em termos intra-anuais, observou-seuma aceleração de 2.0 p.p., entre os últimos trimestresde 2001 e 2002, situando-se a taxa devariação homóloga do quarto trimestre de 2002em 6.8 por cento.De acordo com o IHPC, o diferencial de inflaçãodos serviços entre Portugal e a área doeuro continuou a apresentar valores muito significativos,tendo aumentado para 2.8 p.p. em2002 (2.3 p.p. em 2001). Ao longo do ano, apóster passado de 2.1 p.p. no quarto trimestre de2001 para 2.0 p.p. no primeiro trimestre de2002, o diferencial da componente serviços aumentoude forma acentuada para 2.5 p.p. no segundotrimestre e para 3.1 e 3.5 p.p. no terceiroe quarto trimestres do ano, respectivamente(Gráfico II.5.4). A aceleração dos preços no casodos serviços foi extensível à generalidade dasrubricas elementares que compõem o agregado(Quadro II.5.2). Em alguns casos, como referidomais acima, esta aceleração é claramente superiorà que se poderia atribuir a factores comoo processo de conversão em euros de preçosem escudos e a subida da taxa normal do IVA.Refira-se, por exemplo, a evolução do preçodas rubricas “restaurantes e cafés”, que nãoestá sujeita à taxa normal de IVA e que aceleroude 4.0 para 7.0 por cento entre Dezembro de2001 e Dezembro de 2002. Saliente-se também arubrica “manutenção e reparações”, cuja taxade variação homóloga atingia 11.3 por cento no86420Serviços2000 2001 2002Fontes: INE e Banco de Portugal.Restaurantese cafésfinal de 2002 (7.2 por cento em Dezembro de2001). Em conjunto, estas duas rubricas contribuíramcom quase 50 por cento da aceleraçãoobservada nos preços dos serviços (GráficoII.5.5 e Quadro II.5.2). Deste modo, a evoluçãodos preços dos serviços, por um lado, revela ofacto de, embora em desaceleração, o crescimentodos custos salariais em Portugal continuara manter-se acima do observado na áreado euro e por outro, indicia a existência de umaestrutura de mercado pouco competitiva, emalguns sectores, que tem facilitado o alargamentodas margens de lucro não obstante ocontexto de menor dinamismo da actividadeeconómica.O comportamento dos preços dos serviçoscontrasta com o dos preços dos bens (QuadroII.5.1 e Gráfico II.5.6), que desaceleraram de 4.2para 2.4 por cento, em média anual (medindoquer pelo IPC, quer pelo IHPC). Tal constituiuuma desaceleração dos preços desta componentesignificativamente superior à verificadana média dos países da área do euro. Destemodo, registou-se uma redução do diferencialde inflação deste agregado entre Portugal e aárea do euro em 2002 (de 1.9 para 0.7 p.p.).Estes valores reflectiram essencialmente ocomportamento diferenciado dos preços dosbens alimentares não transformados, uma vezque o contributo para a variação do diferencialBanco de Portugal / Relatório Anual de 2002 153
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