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Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal

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Capítulo II Economia Portuguesa II.1. Condições Monetárias da Economia PortuguesaEm percentagem do rendimento disponívelEm percentagem do PIB1412101412108642086420Gráfico II.1.11ENDIVIDAMENTO E JUROS PAGOSPELOS PARTICULARES38465568839297103Endividamento (esc.dir)Juros1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 <strong>2002</strong>Gráfico II.1.12ENDIVIDAMENTO E JUROS PAGOSPELAS SOCIEDADES NÃO FINANCEIRAS55555765Juros72808992Endividamento (esc.dir.)1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 <strong>2002</strong>100806040200Em percentagem do rendimento disponível100806040200Em percentagem do PIBprosseguida em <strong>2002</strong>, o crédito ao sector privadonão financeiro continuou a registar taxas <strong>de</strong>crescimento substancialmente superiores às dorendimento disponível e do PIB nominal.Como consequência, em <strong>2002</strong> observou-se umnovo agravamento dos rácios <strong>de</strong> endividamentodo sector privado não financeiro. O aumentodo endividamento foi particularmente significativopara os particulares, essencialmente <strong>de</strong>vidoà persistência <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> crescimento relativamenteelevadas do crédito à habitação.Deste modo, no final <strong>de</strong> <strong>2002</strong>, o endividamentodos particulares representava cerca <strong>de</strong> 103 porcento do rendimento disponível, o que comparacom 97 por cento em 2001 e com 92 por em2000 (Gráfico II.1.11). Contudo, o aumento doendividamento não resultou numa evoluçãosemelhante do grau <strong>de</strong> esforço dos particulares(13) , que se manteve em níveis próximos dosobservados no ano anterior. A diminuição daparcela <strong>de</strong> encargos com juros, resultante daredução das taxas <strong>de</strong> juro ao longo dos últimosdois anos, terá sido compensada por um aumentodas amortizações em capital, avaliadasem percentagem do rendimento disponível.Por sua vez, o endividamento das socieda<strong>de</strong>snão financeiras também aumentou face a 2001,apesar <strong>de</strong> se ter verificado uma redução do seuritmo <strong>de</strong> crescimento face ao observado emanos anteriores. No final <strong>de</strong> <strong>2002</strong>, o endividamentodas empresas não financeiras representava92 por cento do PIB, o que representa umaumento <strong>de</strong> 3 p.p. face ao ano anterior (GráficoII.1.12).II.1.5. Evolução da Síntese Monetária (14)A evolução registada pelo crédito e pelos<strong>de</strong>pósitos do sector privado não financeiro aolongo dos últimos anos tem vindo a originar alteraçõessignificativas na estrutura da SínteseMonetária (15) .Em <strong>2002</strong>, o fluxo <strong>de</strong> crédito interno diminuiu<strong>de</strong> forma expressiva face aos valores observadosem anos anteriores (Quadro II.1.3). Aúnica excepção terá sido o crédito concedido aparticulares, que registou um fluxo líquido ligeiramentesuperior ao observado em 2001,mas ainda assim bastante inferior ao observadodois anos antes. Contudo, a redução dos fluxoslíquidos dos <strong>de</strong>pósitos foi ainda mais significativa,diminuindo <strong>de</strong> +3111 milhões <strong>de</strong> eurosem 2001 para -569 milhões <strong>de</strong> euros no final<strong>de</strong> <strong>2002</strong>. Como consequência da manutenção(13)O grau <strong>de</strong> esforço dos particulares representa o serviço <strong>de</strong>dívida global num dado período, incluindo juros pagos eamortizações <strong>de</strong> capital, em percentagem do rendimentodisponível.(14)Os agregados <strong>de</strong> crédito consi<strong>de</strong>rados nesta secção nãoforam ajustados <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> titularização e não foramcorrigidos <strong>de</strong> reclassificações e <strong>de</strong> abatimentos ao activo.(15)Ver secção II.8. Sistema Bancário.<strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> / Relatório <strong>Anual</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong> 85

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