17.07.2015 Views

Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal

Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal

Relatório Anual - 2002 - Banco de Portugal

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Introdução(4) Definidas excluindo as instituições com se<strong>de</strong> e/ou activida<strong>de</strong>predominante no off-shore da Ma<strong>de</strong>ira, assim comoas instituições cujo controlo <strong>de</strong> gestão esteja asseguradopor entida<strong>de</strong>s não resi<strong>de</strong>ntes, quer se tratem <strong>de</strong> instituições<strong>de</strong> direito português, filiais <strong>de</strong> grupos bancários nãoresi<strong>de</strong>ntes (sujeitas à supervisão do <strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>) ou<strong>de</strong> sucursais <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> crédito com se<strong>de</strong> na UniãoEuropeia (não sujeitas a supervisão do <strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong>).O interesse <strong>de</strong> um agregado <strong>de</strong>ste tipo resulta <strong>de</strong> asinstituições excluídas ou não terem relações económicasrelevantes com resi<strong>de</strong>ntes, como no primeiro caso, ou oseu financiamento (dimensão e maturida<strong>de</strong>) <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>remfundamentalmente <strong>de</strong> uma lógica intra-grupo.filiais e sucursais no exterior e <strong>de</strong>pósitos dasadministrações públicas.Em virtu<strong>de</strong> da discrepância entre os fluxosanuais <strong>de</strong> crédito e <strong>de</strong> recursos captados junto<strong>de</strong> clientes, o sistema bancário nacional teve <strong>de</strong>continuar a recorrer a outras fontes <strong>de</strong> financiamento.Uma <strong>de</strong>las foi a venda <strong>de</strong> parte da carteira<strong>de</strong> títulos <strong>de</strong> rendimento fixo <strong>de</strong> que dispunham.Alguns grupos recorreram também atitularizações <strong>de</strong> crédito. Mas a fonte <strong>de</strong> financiamentomais relevante voltou a ser, a exemplo<strong>de</strong> 2001, a emissão <strong>de</strong> dívida <strong>de</strong> mercado noexterior (com ou sem cláusula <strong>de</strong> subordinação).Saliente-se, a propósito, que os fluxos financeirosassociados às OIFM na balança financeira,referidos mais acima, reflectem, emparte, emissões <strong>de</strong> títulos <strong>de</strong> dívida <strong>de</strong> médio elongo prazo por filiais no exterior <strong>de</strong> bancosportugueses, maioritariamente em euros, que<strong>de</strong>pois canalizam para <strong>Portugal</strong> os fundos correspon<strong>de</strong>ntesatravés <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitoou empréstimo, classificadas nas estatísticas dabalança <strong>de</strong> pagamentos como operações <strong>de</strong>“outro investimento” <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s não resi<strong>de</strong>ntesjunto das OIFM resi<strong>de</strong>ntes. Importa assinalarque estas emissões <strong>de</strong> títulos <strong>de</strong> dívidapor filiais no exterior têm contribuído <strong>de</strong> formasubstancial para uma diminuição da importânciada componente <strong>de</strong> financiamento interbancáriono conjunto da dívida <strong>de</strong> mercado face aoexterior dos bancos, e para o correspon<strong>de</strong>nteaumento do peso <strong>de</strong> dívida titulada <strong>de</strong> médio elongo prazo. Em <strong>2002</strong>, tal ocorreu apesar <strong>de</strong> nosegundo semestre se ter verificado um agravamentodas condições <strong>de</strong> financiamento nosmercados internacionais <strong>de</strong> dívida privada,que levou à redução das emissões programadaspelos grupos bancários portugueses. No final<strong>de</strong> <strong>2002</strong>, consi<strong>de</strong>rando o conjunto das instituiçõesbancárias domésticas (4) , em base consolidada,o financiamento interbancário líquidoreduziu-se a cerca <strong>de</strong> um terço do total <strong>de</strong> financiamento<strong>de</strong> mercado no exterior (5) , face a40 por cento um ano antes e a mais <strong>de</strong> 50 porcento em Dezembro <strong>de</strong> 2000.Os indicadores <strong>de</strong> rendibilida<strong>de</strong> do sistemabancário diminuíram <strong>de</strong> forma significativa,em <strong>2002</strong>, em linha com o que aconteceu com ageneralida<strong>de</strong> dos países. Para tal contribuírama evolução da margem financeira, condicionadapelo estreitamento do diferencial entre taxasactivas e passivas (particularmente visível noscasos das taxas <strong>de</strong> juro dos <strong>de</strong>pósitos e do créditoà habitação), e um reforço do provisionamentopara crédito <strong>de</strong> cobrança duvidosa e créditovencido. A evolução da conjuntura influencioua qualida<strong>de</strong> da carteira <strong>de</strong> crédito, o quese traduziu num aumento dos rácios <strong>de</strong> incumprimento.Ainda assim, estes rácios mantiveram-seem níveis historicamente reduzidos.Em base consolidada e antes <strong>de</strong> interesses minoritários,o resultado líquido do exercíciopara o conjunto do sistema diminuiu 18.4 porcento, após ter aumentado 3.4 por cento em2001. A rendibilida<strong>de</strong> líquida dos capitais próprios(ROE) baixou <strong>de</strong> 14.9 para 11.7 por cento,enquanto a rendibilida<strong>de</strong> líquida do activo(ROA) diminuiu 20 pontos base, para 0.65 porcento. Apesar <strong>de</strong>sta redução, que é expressivaface aos valores acima <strong>de</strong> 0.90 por cento no período<strong>de</strong> 1997 a 2000, o ROA do exercício <strong>de</strong><strong>2002</strong> é ainda superior ao registado em 1994,1995 e 1996 e continua a comparar favoravelmentecom a generalida<strong>de</strong> dos sistemas bancáriosda área do euro.Refira-se, ainda, que o rácio <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quaçãoglobal dos fundos próprios do sistema bancário,em base consolidada, se situava em 9.5 porcento no final <strong>de</strong> <strong>2002</strong>, um nível semelhante ao(5) O financiamento <strong>de</strong> mercado no exterior aqui consi<strong>de</strong>radocompreen<strong>de</strong>, para além da dívida interbancária, a dívidatitulada, com ou sem cláusula <strong>de</strong> subordinação, erepresentava 21 por cento do activo total no final <strong>de</strong> <strong>2002</strong>(20.5 e 18.3 por cento, respectivamente um e dois anosantes).<strong>Banco</strong> <strong>de</strong> <strong>Portugal</strong> / Relatório <strong>Anual</strong> <strong>de</strong> <strong>2002</strong> 11

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!