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A Imitação de Cristo - Tomás de Kempis - paroquiasaobraz.com.br

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1. Bom é passarmos algumas vezes por aflições e contrarieda<strong>de</strong>s,<<strong>br</strong> />

porque freqüentemente fazem o homem refletir, lem<strong>br</strong>ando-lhe<<strong>br</strong> />

que vive no <strong>de</strong>sterro e, portanto, não <strong>de</strong>ve pôr sua esperança<<strong>br</strong> />

em coisas alguma do mundo. Bom é econtrarmos às vezes<<strong>br</strong> />

contradições, e que <strong>de</strong> nós façam conceito mau ou pouco<<strong>br</strong> />

favorável, ainda quando nossas o<strong>br</strong>as e intenções sejam boas.<<strong>br</strong> />

Isto ordinariamente nos conduz à humilda<strong>de</strong> e nos preserva da<<strong>br</strong> />

vanglória. Porque, então, mais <strong>de</strong>pressa recorremos ao<<strong>br</strong> />

testemunho interior <strong>de</strong> Deus, quando <strong>de</strong> fora somos<<strong>br</strong> />

vilipendiados e <strong>de</strong>sacreditados pelos homens.<<strong>br</strong> />

2. Por isso, <strong>de</strong>via o homem firmar-se <strong>de</strong> tal modo em Deus, que<<strong>br</strong> />

lhe não fosse mais necessário mendigar consolações às<<strong>br</strong> />

criaturas. Assim que o homem <strong>de</strong> boa vonta<strong>de</strong> está atribulado<<strong>br</strong> />

ou tentado, ou molestado por maus pensamentos, sente logo<<strong>br</strong> />

melhor a necessida<strong>de</strong> que tem <strong>de</strong> Deus, sem o qual não po<strong>de</strong><<strong>br</strong> />

fazer bem algum. Então se entristece, geme e chora pelas<<strong>br</strong> />

misérias que pa<strong>de</strong>ce. Então causa-lhe tédio viver mais tempo,<<strong>br</strong> />

e <strong>de</strong>seja que venha a morte livrá-lo do corpo e unilo a <strong>Cristo</strong>.<<strong>br</strong> />

Então <strong>com</strong>preen<strong>de</strong> também que neste mundo não po<strong>de</strong> haver<<strong>br</strong> />

perfeita segurança nem paz <strong>com</strong>pleta.<<strong>br</strong> />

CAPÍTULO 13<<strong>br</strong> />

Como se há <strong>de</strong> resistir às tentações<<strong>br</strong> />

1. Enquanto vivemos neste mundo, não po<strong>de</strong>mos estar sem<<strong>br</strong> />

trabalhos e tentações. Por isso lemos no livro <strong>de</strong> Jó (7,1): É um<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>bate a vida do homem so<strong>br</strong>e a terra. Cada qual, pois, <strong>de</strong>ve<<strong>br</strong> />

estar acautelado contra as tentações, mediante a vigilância e a<<strong>br</strong> />

oração, para não dar azo às ilusões do <strong>de</strong>mônio, que nunca<<strong>br</strong> />

dorme, mas anda por toda parte em busca <strong>de</strong> quem possa<<strong>br</strong> />

<strong>de</strong>vorar (1 Pdr 5,8) . Ninguém há tão perfeito e santo, que não<<strong>br</strong> />

tenha, às vezes, tentações, e não po<strong>de</strong>mos ser <strong>de</strong>las totalmente<<strong>br</strong> />

isentos.<<strong>br</strong> />

2. São, todavia, utilíssimas ao homem as tentações, posto que<<strong>br</strong> />

sejam molestas e graves, porque nos humilham, purificam e<<strong>br</strong> />

instruem. Todos os santos passaram por muitas tribulações e<<strong>br</strong> />

tentações, e <strong>com</strong> elas aproveitaram; aqueles, porém, que não<<strong>br</strong> />

as pu<strong>de</strong>ram suportar foram reprovados e pereceram. Não há<<strong>br</strong> />

Or<strong>de</strong>m tão santa nem lugar tão retirado, em que não haja<<strong>br</strong> />

tentações e adversida<strong>de</strong>s.<<strong>br</strong> />

3. Nenhum homem está totalmente livre das tentações, enquanto<<strong>br</strong> />

vive, porque em nós mesmos está a causa don<strong>de</strong> proce<strong>de</strong>m: a<<strong>br</strong> />

concupiscência em que nascemos. Mal acaba uma tentação ou

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